MME defende importância da Margem Equatorial para impedir que Brasil volte a ser importador de petróleo
Ministro de Minas e Energia Substituto, Pietro Mendes, destacou que nova fronteira exploratória pode garantir autossuficiência energética, gerar mais de 300 mil empregos e impulsionar políticas públicas com recursos dos royalties

O Ministério de Minas e Energia (MME) reforçou, nesta quarta-feira (27/03), que a exploração da Margem Equatorial é fundamental para garantir a segurança energética e impulsionar o desenvolvimento econômico do Brasil. Durante evento realizado em Brasília, o ministro de Minas e Energia Substituto, Pietro Mendes, destacou que a região tem potencial para gerar mais de 300 mil empregos e arrecadar bilhões em royalties, recursos que podem fortalecer políticas públicas.
“A Margem Equatorial representa uma nova fronteira para a produção de petróleo e gás no Brasil, e é uma pauta prioritária para o Ministério de Minas e Energia, como sempre destaca o ministro Alexandre Silveira. Além de garantir nossa autossuficiência energética, a exploração da região deve injetar US$ 56 bilhões em investimentos na economia, além de US$ 200 bilhões em arrecadações estatais, permitindo que esses recursos sejam revertidos para educação, saúde e infraestrutura”, afirmou Mendes.
A Margem Equatorial se estende do Amapá ao Rio Grande do Norte e é uma das áreas mais promissoras para novas descobertas de petróleo e gás. Estudos da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) indicam que a região pode conter reservas de até 10 bilhões de barris, o que garantiria a continuidade da produção nacional nas próximas décadas. Os dados da EPE mostram que sem novos investimentos e descobertas, o Brasil pode voltar a depender de importações de petróleo a partir do final da década de 2030.
Durante o evento, Pietro Mendes também destacou os investimentos para garantir a segurança das atividades de exploração na região. “Está sendo disponibilizada para a perfuração de apenas um poço a maior estrutura de resposta do país. Os recursos destinados à Bacia da Foz do Amazonas equivalem ao dobro daqueles empregados tanto na Bacia de Santos quanto na Bacia de Campos para centenas de poços. A Petrobras já investiu cerca de R$ 1 bilhão, e a continuidade desses investimentos depende da emissão das licenças necessárias. Sem novas descobertas, o Brasil deixará de arrecadar R$ 3,9 trilhões até 2055”, alertou.
O primeiro painel do seminário Margem Equatorial e Políticas Públicas contou também com a participação do senador Randolfe Rodrigues, do governador do Amapá, Clécio Luís, e do reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Roberto Medronho.
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