Política

Movimento quer estimular participação de advogadas nas polític

Objetivo é estimular as mulheres a ocuparem mais espaços na gestão da Ordem dos Advogados


A Comissão da Mulher da Ordem dos Advogados do Brasil no Amapá (OAB/AP) lança nesta quarta-feira, 01, o movimento “Mais Mulheres”, com o objetivo de estimular as mulheres a ocuparem mais espaços na gestão da OAB. Entrevistadas nesta segunda-feira, 29, no programa LuizMeloEntrevista (Diário 90.9FM), as coordenadoras do movimento, advogadas Kênya Monassa (presidente da Comissão da Mulher) e Elaine Góes (diretora do departamento de pesquisa na educação da instituição)  reclamaram dos poucos espaços ocupados pelas mulheres na direção da OAB, apesar do expressivo quantitativo de mulheres inscritas na Secional do Amapá.

“O movimento Mais Mulheres começou em Roraima e foi ganhando força em todo o País, tanto que o presidente nacional abraçou o movimento e fez o lançamento nacional do programa. Na quarta-feira estaremos reunidas no auditório da OAB para bater um papo de igual para igual com todas as mulheres advogadas, incentivando-as para que participem de forma direta na gestão da Ordem dos Advogados no Amapá”, conclamou Eliane Góes.

Kênia Monassa lembrou que a Seccional do Amapá da OAB só teve uma mulher na presidência, a advogada Sulamir Monassa, que é desembargadora do Trabalho da 8ª Região, com sede em Belém: “Antes e após Sulamir a OAB do Amapá só teve homens na Presidência. Precisamos mudar essa quadro e acompanhar a necessidade de igualdade de gêneros. Essa tendência tem sido mostrada em quase todas as instituições, como atualmente o Tribunal de Justiça (Tjap), o Tribunal de Contas do Estado (TCE-AP), ambos ocupados por mulheres, exemplo também seguido pelo Ministério Público (MP-AP), que recentemente também teve como uma mulher como Procuradora Geral. Sem esquecer que o Brasil também elegeu e reelegeu recentemente a primeira mulher para o cargo de Presidente da República”.

Para Eliane Góes, a mulher precisa ter participação mais ativa em todos os setores: “Se formos pensar historicamente, a mulher só conseguiu alguns direitos porque conseguiu fazer valer a sua voz, vencendo preconceitos. Nós sabemos que a sociedade é historicamente patriarcal, é o homem que comanda, e nós, mulheres, acabamos reproduzindo isso na criação dos filhos, dizendo menino não pode brincar com tal brinquedo porque é coisa de mulher e, enquanto educadoras, temos o hábito de usar  o termo ‘um juiz julgou tal caso’; porque não dizer ‘uma juíza julgou o caso?’. Como nos posicionarmos e como avançar mais, tudo isso nós vamos discutir com todas as mulheres advogadas, que com certeza vão lotar o auditório da OAB nesta quarta-feira”, concluiu.


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