Política

Nova Presidente quer aprimorar o Juizado Itinerante Fluvial

Atendimento aos ribeirinhos



No programa LuizMeloEntrevista (Dário 90,9FM), na manhã dessa quinta-feira, a desembargador, que diz preferir viver ‘um dia de cada vez’ e sem muitos planos, assegurou que ao contrário dessa filosofia, fará uma gestão altamente planejada, e não apenas seus dois anos de mandato.

“Estamos planejando um judiciário para no mínimo 5 anos. Estamos com uma consultoria dentro do Tjap para elaborar esse planejamento estratégico. Além disso, temos que encaminhar um relatório circunstanciado até o dia 31 de março ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Então, planejar o futuro no judiciário é imprescindível”, destaca.

O mote de sua gestão frente ao Tjap será a aplicação da desjudicialização. Para isso, será criado o Comitê Estadual Interinstitucional da Desjudicialização. Diante da dificuldade do Judiciário em atender com presteza às demandas judiciais que a sociedade produz, assim como a necessidade de encontrar soluções eficazes, a desjudicialização tornou-se uma realidade no Brasil, com a edição de leis que favorecem a composição amigável de situações sociais por meio dos serviços extrajudiciais, buscando desta forma propiciar o desafogo do Poder Judiciário.

“Essa é uma ferramenta que chamo de a 6ª onda. Vamos tomar como exemplo o Governo do Estado. Imagine que existem entre 8 mil a 10 mil processos de servidores públicos que cobram na Justiça o pagamento do reajuste de 2.84% que foi concedido há algum tempo, mas que não foi efetivado. Com isso, cada um dos servidores ingressou com ações individuais no Juizado da Fazenda. Com a desjudicialização, isso não chegaria ao judiciário. Seria resolvido em uma Câmara de Conciliação Fazendária dentro da Procuradoria Geral do Estado”, disse.

Sueli Pini afirmou, ainda, que a disputa travada para chegar ao desembargo do Tribunal de Justiça do Amapá foi árdua, mas que ela jamais perdeu uma noite de sono por isso. “Na verdade eu não perdi nem 5 minutos de sono sequer. Vejo as coisas seguindo um curso natural. Há 24 anos ajudei na construção desse judiciário e essa decisão final que me concedeu o título de desembargadora é o reconhecimento desse trabalho”, afirmou.

A nova Presidente promete uma gestão empenhada e compartilhada, porém, sem deixar escapar as rédeas na condução do judiciário amapaense, tido como um dos mais eficazes do país.


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