Novo presidente da Agência Amapá defende incentivo do governo à iniciativa privada
Jurandil Juarez entende que gigantismo do poder público não pode atrapalhar a economia
Douglas Lima
Editor
O economista Jurandil Juarez entende que o Amapá alcançou um estágio em que o poder público se vê na condição de incentivar a iniciativa privada, que hoje é forte no estado, ao contrário do passado, quando o governo tinha que atuar diretamente na economia.
Jurandil manifestou o entendimento no começo da noite desta terça-feira, 24, em entrevista no programa ‘Ponto de Encontro’ (Diário 90,9), na qualidade de novo diretor-presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico do Amapá, a popular Agência Amapá.
O diretor-presidente demonstrou que antes o principal motor da economia amapaense, o governo do estado movimentava o comércio e outros setores com o pagamento do servidor público. Hoje, ele vê que a chamada economia do contracheque ainda vigora, porém não mais absolutamente, uma vez que a iniciativa privada já faz muito bem a circulação de riquezas.
“Os agentes econômicos do setor primário e terciário atuam muito bem. O nosso trabalho informal no Amapá é muito forte, de maneira que o poder público ainda tem muita influência, porém não mais ultrapassa os 50% como era antes”, ilustrou o entrevistado.
Jurandil também disse que o caminho é o Hemisfério Norte, ainda mais agora com a globalização. Lembrou que o Amapá tem 80 anos de unidade federada, mas não ficou maduro, não soube fazer a transição de território para estado, e que hoje se vive um novo ciclo da história e da economia.
O diretor-presidente da Agência Amapá ainda observou que pela primeira vez o amapaense na vê o deslocamento do poder político de uma situação para uma oposição. “Hoje temos uma implementação de diretriz própria, uma continuidade, daí podermos dirimir questões como liberação de terras, não deixar que o gigantismo do poder público atrapalhe a economia, mas fazer uma iniciativa privada forte, sem impedir grandes investimentos”, prefigurou.
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