‘O povo encheu a vila pra ver a beleza que é a festa dos filhos de Mazagão Velho’, descreve governador Clécio Luís
Ponto alto da Festa de São Tiago contou com missa, procissão e encenação da batalha entre mouros e cristãos, nesta terça-feira, 25.
O governador do Amapá, Clécio Luís, participou, ao lado de familiares e da equipe de Governo, do Círio de São Tiago, na vila de Mazagão Velho, nesta terça-feira, 25. A programação se estendeu ao longo do dia com a encenação da batalha entre mouros e cristãos, organizada pelos próprios moradores.
Para reforçar a importância da celebração, o Governo do Amapá mantém a sede administrativa no Palácio Rio Mutuacá, na vila histórica, até 25 de julho. Clécio, que desde sábado morou e trabalhou no distrito temporariamente, foi acolhido pela população e acompanhou os preparativos para o ponto alto da festa.
“Muitos dizem, e eu acredito, que aqui é o berço da nossa cultura é parte importante da nossa história. Esse ano Mazagão Velho está lotada. O povo encheu a vila pela tradição, para ver a beleza que é a festa e a encenação dos filhos de Mazagão Velho. Para nós, tem sido muito importante vivenciar os preparativos, o fazer da festa de São Tiago”, comentou o governador.
Entre os devotos de São Tiago, o casal Eliane Oliveira, de 41 anos, e Aluísio Mungumba, 68 anos, se emocionou ao longo de toda a procissão. Filhos de famílias tradicionais de Mazagão Velho, para eles, participar da festividade é também manter a memória viva.
“A gente não vem só pela procissão, mas para perpetuar a história e agradecer as bênçãos alcançadas. Temos um filho chamado Tiago, de 17 anos, que nasceu no dia 26 de julho, durante a Festa de São Tiago, e foi uma graça alcançada por nós. Também meu marido passou por cirurgia de câncer de próstata há 50 dias, e hoje ele está aqui, de pé, conosco. Nossa fé é maior que tudo, então a gente carrega a imagem do santo por felicidade”, descreveu Eliane.
Um marco da festividade em 2023 foi a presença do embaixador de Portugal no Brasil, Luís Faro Ramos, na programação na vila histórica. A fundação de Mazagão no Brasil, no século 18, tem relação com disputas realizadas pelo país europeu contra Marrocos. A vila é considerada uma cidade transplantada pelo Oceano Atlântico, permanecendo, inclusive, o mesmo nome da cidade de origem.
“É uma festa muito bonita, é religião, é cultura, é história. Como representante do meu país, agradeço a oportunidade de estar aqui hoje”, disse o embaixador.
Em 2023, o Governo do Amapá apoia a realização da festa com o aporte de R$ 1,2 milhão como forma de valorizar a cultura, a história e a devoção do povo mazaganense. Pela primeira vez, os recursos serão utilizados para fomentar o São Tiago das Crianças, criado para incentivar os pequenos a seguirem com uma das tradições mais ricas do Amapá.
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