Política

Para ter dignidade na Amazônia é necessário desenvolvimento, diz governador do Amapá à CNN

Clécio Luis argumenta que desenvolvimento é necessário para garantir dignidade na região, criticando visão ‘protecionista’ do Ministério do Meio Ambiente


 

Da Redação

 

O governador do Amapá, Clécio Luís (Solidariedade), defendeu a exploração de petróleo na Bacia da Foz do Rio Amazonas em entrevista ao Bastidores CNN. Luís argumentou que o desenvolvimento da região é crucial para garantir a dignidade da população amazônica.

 

Segundo o governador, a Amazônia, especificamente o Amapá, possui os melhores indicadores ambientais do Brasil, mas enfrenta os piores índices sociais e econômicos. “Não adianta ficar falando de sustentabilidade numa realidade completamente insustentável, chega a ser mentirosa”, afirmou.

 

Críticas à visão “protecionista”

Luís criticou o que considera uma visão excessivamente protecionista do Ministério do Meio Ambiente. “Se acostumou a colocar meio ambiente em contradição ao desenvolvimento”, disse o governador, argumentando que as políticas de desenvolvimento da Amazônia devem ser capitaneadas pelo setor ambiental.

 

O chefe do executivo amapaense ressaltou que cerca de 50% da população do estado está inscrita no Cadastro Único para programas sociais, situação que considera “insustentável”. Ele defende que os indicadores ambientais positivos da região devem impulsionar melhorias nos índices sociais e econômicos.

 

Simulação de acidente negada

Luís também revelou que foi negado à Petrobras o direito de realizar uma simulação de acidente antes da perfuração. A empresa pretendia soltar um produto à base de milho a 2.800 metros de profundidade para simular um derramamento de petróleo e estudar seu comportamento nas correntes marítimas.

“Nós tínhamos sido agredidos com isso, sem ter um direito básico de pesquisar se temos ou não petróleo, para depois, no outro patamar, um patamar estratégico, o governo brasileiro tomar a decisão”, argumentou o governador.

 

O governador do Amapá concluiu defendendo que a contradição entre preservação ambiental e desenvolvimento é falsa e não interessa ao estado. Ele propõe um programa de desenvolvimento que inclua bioeconomia, agricultura sustentável e exploração segura de petróleo como meios de melhorar as condições de vida na Amazônia.

 

 


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