PGJ Paulo Celso garante apoio do MP-AP para revisão de aumento da tarifa de energia
Manifestação do titular do Ministério Público do Amapá foi feita a deputados estaduais que compõem comissão da Assembleia Legislativa que trata do assunto
A proposta de reajuste na tarifa de energia elétrica para consumidores do Amapá foi a pauta de reunião do procurador-geral do Ministério Público do Amapá (MP-AP), Paulo Celso Ramos, com os deputados estaduais Rodolfo Vale e Lorran Barreto, membros da Comissão Especial Parlamentar para Acompanhamento e Fiscalização das Concessões de Serviços Públicos, da Assembleia Legislativa do Amapá (Alap). O encontro ocorreu sexta-feira, 27, na sala de reuniões da PGJ.
Em setembro deste ano, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou a realização de consulta pública para discutir a revisão tarifária extraordinária da distribuidora Equatorial Energia no Amapá. A proposta inicial é que o reajuste médio seja de 44,41%. Mais de 221 mil unidades consumidoras são atendidas pela empresa. A previsão é que o aumento passe a valer a partir de 13 de dezembro.
Os parlamentares esclareceram que muitos esforços são feitos para que a proposta seja revisada, com diálogo com a Bancada Federal, Poder Executivo e Ministério das Minas e Energia. Agora, pedem que o MP-AP considere a importância da causa para a população e atue com o mesmo objetivo. O deputado Rodolfo citou que este problema está impactando em toda região Norte, que corre o risco de entrar em colapso.
“A Comissão Especial Parlamentar está dialogando com todos que podem contribuir com o debate para resolver este, que é um problema sistêmico. O reajuste é permitido pela legislação, mas não levam em consideração que o Amapá é gerador da energia distribuída, tem o menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país e o povo não tem condições de pagar a tarifa mensal”, disse Rodolfo.
Os parlamentares falaram ainda sobre o problema na relação da Equatorial Energia com os consumidores amapaenses, que, de acordo com os deputados, sentem-se prejudicados com danos financeiros e emocionais. “Temos que reconhecer que a empresa se esforça para prestar um bom serviço. Porém, isso não justifica as medidas adotadas com a população, que procura a Alap para fazer reclamações e denúncias. A empresa tem que fornecer produto de qualidade e manter uma relação de respeito com a sociedade”.
O PGJ Paulo Celso afirmou que o MP-AP está disponível para atuar através das Promotorias de Justiça com atribuição nesta área, como do Consumidor, Cidadania e Urbanismo. Propôs ainda buscar articulação regional via Grupo Nacional de Direitos Humanos (GNDH), do Conselho Nacional de Procuradores Gerais do Ministério Público dos Estados e da União (CNPG).
“Vamos reunir com os promotores destas áreas para discutirmos a atuação do MP-AP e podermos subsidiar os trabalhos da Comissão de parlamentares. Como se trata de uma causa regional, outra medida que proponho é uma articulação junto ao GNDH, que tem como presidente, Alberto Rodrigues do Nascimento, procurador-geral de Justiça do Ministério Público do Amazonas, um dos estados afetados com o aumento da tarifa de energia elétrica. Este assunto é de interesse de toda a Região Norte”, falou o procurador-geral.
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