Plenário da Assembleia Legislativa debate impeachment de Dilma Roussef
Declarando-se favorável ao afastamento da mandatária, Jaime Perez disse que, em razão desse processo, a economia do país está praticamente parada e responsabilizou o PT pela corrupção que está “acabando com o país”.
Usando a tribuna da Assembleia Legislativa do Estado (Alap), durante o Grande Expediente da sessão desta quinta-feira (14), o deputado Jaime Perez (PRB) abriu uma discussão entre seus pares a respeito de um dos assuntos que hoje mais ocupam a opinião pública do país, seja pela imprensa ou pelas redes sociais: o processo de impeachment da presidente Dilma Roussef.
Declarando-se favorável ao afastamento da mandatária, Jaime Perez disse que, em razão desse processo, a economia do país está praticamente parada e responsabilizou o PT pela corrupção que está “acabando com o país”. “Sou a favor do impeachment para que a economia do país volte a funcionar. Sou a favor da legalidade. O rito processual foi definido pelo Supremo Tribunal Federal e está sendo cumprido fielmente. O desemprego está muito grande em todo o país. No Amapá a situação não é diferente. A violência aumentou muito. Empresas estão fechando, aumentando o índice de desemprego. O Partido dos Trabalhadores é o grande responsável pela enorme corrupção que está corroendo nosso país em todos os setores”, acusou.
Em aparte, o deputado Pastor Oliveira (PRB) lembrou a frese presente na bandeira nacional para reivindicar o retorno à normalidade. “Na nossa bandeira está escrito “Ordem e Progresso”. Primeiro a ordem, depois o progresso. O Brasil é um país invejado no mundo, por nossos recursos naturais. Mas, para se configurar o progresso é necessário que haja ordem. E isso, infelizmente, não temos. Estamos vivenciando, seguramente, a pior crise do país. Desemprego, crianças morrendo nos hospitais. Tudo isso nos indigna. O PRB foi um dos primeiros partidos a deixar o governo, tão logo tomou conhecimento das falcatruas praticadas por nossos dirigentes. O povo já está cansado. Basta!”, concluiu.
Outro que se manifestou na ocasião foi o deputado Fabrício Furlan, também favorável ao impeachment, lembrando que o país vem sendo saqueado desde o tempo do império. “A corrupção vem desde a colonização. Precisamos estar atentos para não trocar seis por meia dúzia. É necessária uma investigação mais profunda para responsabilizar todos os que cometeram esse tipo de crime. Este país é muito pacífico e um excelente lugar para se viver. Mas, a corrupção está acabando com a nossa economia. Acredito que o impeachment já está aprovado e isso pode mudar a situação do país”, festejou.
O parecer do relator do processo na Comissão Especial de impeachment da presidente Dilma Roussef foi aprovado, por 38 votos a favor e 27 contra e será submetido ao plenário da Casa de Leis no próximo domingo (17). Se aprovado, seguirá para o Senado onde também haverá julgamento de admissibilidade por maioria simples. Se for aceito, a presidente será afastada de suas funções por até 180 dias. Quem conduz o julgamento no Senado é o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski. Ele é responsável por ler o processo, ouvir testemunhas e elaborar um relatório da denúncia, contendo as provas tanto da defesa quanto da acusação.
Finalmente, será realizada uma nova votação no Senado. Será necessário o apoio de dois terços dos parlamentares (54 senadores) para que o impeachment seja instaurado. Não havendo essa maioria, Dilma é absolvida e retoma o cargo. Por outro lado, em caso de condenação, a presidente perde o mandato definitivamente e fica inelegível por oito anos. O vice, então, assume o cargo em caráter definitivo.
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