“Política feita de forma primitiva”, diz especialista acerca dos ataques de 8 de janeiro
Invadidos e vandalizados, os prédios das sedes dos três poderes na capital federal em 2023 foram ocupados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro
Wallace Fonseca
Estagiário
No dia 8 de janeiro de 2023, apoiadores do ex-presidente da república derrotado na disputa pela reeleição, Jair Bolsonaro, trajando camisa da seleção de futebol e bandeiras do Brasil, invadiram as sedes dos três poderes.
A invasão promoveu atos de vandalismo. Entre os prejuízos, destruição de bens nacionais e artefatos históricos, como relógio dado pela corte do rei Luís XIV, da França.
Ato parecido foi realizado nos Estados Unidos, em 2021, quando apoiadores do ex-presidente americano Donald Trump, também derrotado em eleição, invadiram o centro legislativo do Estado americano, o Capitólio.
A invasão brasileira, que completou um ano nesta segunda feira, 8, pontua como o “momento mais sensível da democracia brasileira”, segundo o historiador Daniel Chaves que, durante sua fala no programa ‘LuizMeloEntrevista’ (Diário FM 90,9), aproveitou para relembrar outros momentos do democratismo nacional, como o golpe que deu origem à República, a ditadura varguista e impeachments. “A democracia no Brasil já apanhou muito”, disse Daniel.
Para o historiador, o ato de 8 de janeiro de 2023 foi “uma invasão e tentativa de ocupação prática”. Sobre o papel das Forças Armadas, Daniel destacou que não houve apoio total dos militares, mas que alguns membros do Exército Brasileiro participaram. “Pessoas dentro dos quartéis”, salientou.
Segundo Daniel, o ocorrido foi uma “ação política”, uma vez que há evidências de planejamento e possibilidade de financiamento. “Política feita de forma primitiva. O Brasil não precisa disso. Quem quer o Brasil dando certo não quer balbúrdia”, concluiu o historiador.
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