Presidente do Senado elogia projeto de Randolfe e admite repat
Renan diz que governo “tem que cortar a própria carne”
Como alternativa para o enfrentamento da crise, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), defende cortes profundos na máquina administrativa do governo federal e a repatriação de divisas como alternativa para fazer frente à crise.
“Nós estamos preocupados com essa combinação na economia. Inflação alta e desemprego alto. Esta é a pior combinação que podemos ter. Não dá mais para aumentar impostos. O sacrifício dos trabalhadores já chegou ao limite e o Congresso Nacional aceita que haja qualquer coisa nova, inclusive essa repatriação de capitais. Desde que se tenha regras claras, critérios de transparência, segurança e honestidade”, analisou Renan.
O quadro caótico traçado pelo economista Jurandil Juarez é compartilhado por Renan Calheiros: “A economia vive um momento dramático. Não há como relativizar a crise. E a sociedade está no limite, não tem mais jeito, o Governo vai ter que cortar na própria carne, reduzir ministérios, cargos em comissão, cortar despesas, é isso que o Senado novamente sugere”. Para o presidente do Senado, é necessário criar alternativas de buscar dinheiro novo e a primeira delas, na opinião dele, é repatriar capitais, referindo-se ao Projeto de Lei (PLS nº 126 de 2015, de autoria do senador Randolfe Rodrigues (Psol-AP), que é um dos integrantes da CPI do SwissLeaks.
A votação estava prevista para ocorrer nesta terça-feira, 14, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), mas foi retirado de pauta, o que levou o senador Randolfe Rodrigues a requerer regime de urgência para análise do projeto. Para o presidente do Senado, o dinheiro repatriado será um aporte para criar o fundo de compensação aos estados que tiverem perdas com a unificação das alíquotas do Imposto sobre Comercialização de Mercadorias e Serviços (ICMS).
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