Política

Presidente do Stiuap diz que mudança na gestão da CEA é “irresponsável

Audrey Cardoso afirma que sindicato dos urbanitários está fazendo articulações junto à Eletrobras Eletronorte para barrar indicações políticas de Vinícius Gurgel e Jozi Araújo


O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas do Estado do Amapá (Stiuap) afirmou na manhã desta quinta-feira, 14, no programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90.9), que as tentativas que estão sendo feitas pels deputados Vinícius Gurgel e Jozi Araújo de substituir a atual gestão técnica da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) são “irresponsáveis” e representam retrocesso para o estado. “Sabemos que em meio à crise política que o país enfrenta o governo Dilma está vulnerável e tende a se curvar às indicações feitas por parlamentares em troca de voto, mas no sistema de energia elétrica é diferente, porque os dois nomes indicados pelos deputados não preenchem os requisitos impostos pela agência reguladora (Aneel), porque para ocupar cargos na diretoria da CEA as pessoas têm que ter perfil técnico e no mínimo três anos de experiência no setor elétrico”.

Segundo Audrey, o sindicato está articulando junto à Eletrobras Eletronorte para barrar essas indicações: “Estamos trabalhando muito forte no sentido de manter a atual direção da CEA, porque a volta da gestão política na Companhia será uma verdadeira tragédia, considerando que a empresa esteve a serviços de grupos políticos durante décadas, com vultosos saques e uma situação de sucateamento; tanto que, antes da gestão técnica assumir, milhões de reais vieram para a CEA fazer investimentos na área de distribuição de energia, mas absolutamente nada foi feito e não sabemos para onde foi esse dinheiro todo. Inclusive já alertamos o presidente da Eletrobras que ele incorrerá em crime  de responsabilidade se concordar com essa mudança, porque a gestão técnica foi estabelecida em acordo oficial que, obviamente, não pode ser quebrado”, lembrou.

Conforme explicou Audrey Cardoso, o sindicato dos urbanitários é “totalmente contrário” a qualquer idnciação política para CEA. “A gestão da Eletrobrás-Eletronorte busca recuperar a companhia, e se esse trabalho for interrompido, a empresa corre sério risco de sofrer intervenção da Aneel ou mesmo voltar a sombra da esmo à caducidade da concessão”, pontuou.

O sindicalista ressaltou, ainda, que o protocolo assinado para a administração da Eletrobrás-Eletronorte não permite rompimento, mas, se isso acontecer, o Governo do Amapá é que arcará com o ônus, que prevê o pagamento de uma só vez da dívida de R$ 1,4 bilhão contraída junto à Caixa Econômica Federal (CEF), recursos esses que foram liberados justamente para sanear a empresa.


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