Política

Randolfe Rodrigues deixa PSOL e vai para a Rede Sustentabilidade

Assinatura da ficha de filiação, avalizada por Marina Silva, aconteceu na tarde desta segunda-feira, 28, em Brasília


O Senador Randolfe Rodrigues confirmou na manhã desta segunda-feira, 28, por telefone, ao programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90.9) a sua desfiliação do PSOL. A saída dele do partido foi anunciada no dia anterior, através de nota, divulgada à imprensa. Conforme revelou no programa, Randolfe teve encontro às tarde com Marina Silva, presidente nacional do partido. Na ocasião, ela avalizou a ficha de filiação do Senador, que foi anunciado por ela como líder da Sustentabilidade no Senado.

“A partir de hoje deixo de ser um filiado e passo a ser um amigo do partido. Tenho orgulho de ter feito parte da construção do PSOL. Um partido de lutas justas e de resistência contra os ataques aos direitos individuais e coletivos. Um partido irrepreensível do ponto de vista ético, de prática parlamentar irretocável e onde guardo uma multidão de companheiros”, elogiou o Senador.

Quanto ao encontro que teve com Marina Silva em Brasília, Randolfe explicou que foi o fechamento de uma série de tratativas iniciadas a alguns dias: “Tenho o maior respeito pelo partido, que surge com uma constituição expressiva, que tem tudo para ser um dos mais fortes partidos políticos do país. A minha saído do PSOL era a única certeza que eu tinha até então, mas eu vinha conversando com outros partidos, com foco no cenário político do estado. E foi isso que eu fiz, buscando uma alternativa viável de oposição responsável, para que possamos contribuir ainda mais para o desenvolvimento do estado e proporcionar melhores condições de vida para a população amapaense”.

Para Randolfe, o ambiente político exige uma maior capacidade de articulação política: “O ambiente exige amplitude, exige multiplicidade de relações, para que se construam organizações políticas capazes de atrair jovens, intelectuais, artistas, membros do movimento social, ativistas, militantes das redes sociais e todos aqueles que possam abraçar uma agenda comum em defesa do desenvolvimento soberano e sustentável e da superação das desigualdades econômicas e sociais. Este é um movimento que ocorre em todo o planeta e sinto que tenho um papel a cumprir neste novo cenário. Faço isso pensando no Brasil, no meu querido Estado do Amapá e em última instância na melhoria da qualidade de vida do povo brasileiro”.

Sobre a sua relação com o PSOL após a filiação, Randolfe garantiu que haverá sempre ‘harmonia e respeito’: “Continuarei mantendo as boas relações políticas com os companheiros do PSOL, onde, tenho certeza, honrei minha presença como militante, como construtor do partido e como senador. Saio para fortalecer minhas convicções e não para abandoná-las. Estou convicto que se a vida só pode ser compreendida olhando-se para trás, também só pode ser vivida, olhando-se para frente”.

Questionado sobre o futuro político do prefeito de Macapá, que também já anunciou sua desfiliação do PSOL, Randolfe Rodrigues garantiu que até a próxima sexta-feira Clécio Luís deverá definir a futura sigla partidária, considerando que ele próprio já afirmou que também pretende deixar o Partido da Solidariedade: “Ele ainda não me confirmou o partido para o qual pretende migrar, mas estarei ao lado dele nas próximas eleições seja qual for a sigla partidária que ele escolher. Tudo indica, entretanto, que ele deverá assinar com o PCdoB, por conta dos avanços das tratativas nesse sentido, mas não posso assegurar que já se trata de uma posição definida”.


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