Rayssa Furlan abre rodada de entrevistas com candidatos ao Senado
A candidata do MDB/AP é estreante na política, mas garante estar preparada para assumir o cargo de senadora.
Railana Pantoja
Editora-chefe
O Sistema Diário de Comunicação iniciou nesta quarta-feira (17) rodada de entrevistas com os candidatos ao Senado Federal.
A primeira entrevistada foi Rayssa Cadena Furlan (MDB/AP), que é atual primeira-dama de Macapá, casada com o prefeito Dr. Furlan, e estreia na política em 2022.
Além de ser mãe de 4 filhos, Rayssa é formada em Medicina pela Universidade Ceuma (MA) e dedicou-se ao atendimento de crianças de Macapá e Santana por 9 anos. Também atuou na área de clínica geral, consultando a população de Mazagão.
Rayssa exerceu o cargo de titular da Secretaria de Mobilização e Participação Popular de Macapá (Semopp), onde desenvolveu trabalho de assistência à população. É ativista da luta pelo direito das mulheres e das pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Diário- Muitos questionam o seu preparo para assumir o mandato de Senadora. O que falar para essas pessoas que duvidam da sua capacidade?
Rayssa- Dizer que uma mulher não tem experiência pra entrar na política, é uma forma de violência política e de gênero, é machista. Sempre andei lado a lado com meu esposo nesses anos de gestão, então eu entendo de muita coisa e participei de algumas decisões. Quem diz que eu não tenho capacidade, também é o mesmo grupo que falava a mesma coisa sobre o Dr. Furlan, e hoje vocês podem ver o trabalho dele.
Precisamos acabar com essa crença de que novas pessoas não podem assumir cargos públicos; nós precisamos mudar e por isso estou à disposição.
Diário- Você levanta a bandeira da inclusão social. No Senado, caso seja eleita, pretende buscar políticas públicas que efetivamente sejam inclusivas?
Rayssa- A inclusão social envolve muita coisa. 13% da nossa população tem algum tipo de deficiência, seja física, intelectual ou visual. Eu tenho uma causa pessoal, pois meu filho mais velho, Alejandro, é autista. Eu sei da dificuldade que é trazer profissionais para isso, então imagine na rede pública de saúde? Eu sei dessa realidade, atendi crianças por mais de 8 anos na rede pública. Se a gente consegue governar para a maioria, vamos nos atentar às minorias também. Precisamos de políticas públicas efetivas, que realmente olhem para as pessoas que precisam de inclusão.
Diário- Você começou sua campanha, oficialmente, há uns 20 dias, e por Macapá, logicamente. Mas, e os interiores, você já conhece? Como está a sua relação com as comunidades dos interioranas, estado adentro?
Rayssa- Em relação ao interior de Macapá, eu já percorri todos os distritos, e muitas comunidades. Em relação aos outros municípios, já cheguei a ir a Serra do Navio. Os outros municípios vou percorrer agora, no decorrer desses 45 dias; mas vou visitar o interior todo, sim.
Diário- Aliás, você esteve com Jaime Nunes (PSD) em Serra do Navio, né? As figurinhas trocadas tinham a ver com possível candidatura à vice dele?
Rayssa- Nós estávamos conversando. Foi um convite dele e era uma possibilidade. Mas a política é algo muito dinâmico, todo dia muda alguma coisa.
Diário- A saúde é um grande gargalo. O que fazer para melhorar?
Rayssa- Precisamos fortalecer a saúde básica, nos municípios, e dar estrutura e tecnologia para que os servidores trabalhem, e de forma preventiva a gente consegue ir resolvendo o problema.
De candidato para candidato: Davi pergunta para Rayssa.
Davi (UB) pergunta para Rayssa (MDB)
Davi- Como senador eu consegui emendas para realizar o Mais Visão, entregar 23 arenas de gramado sintético e quase 80 Km de pavimentação para Macapá. O que você tem a dizer sobre isso?
Rayssa- O Mais Visão era um programa que já existia, criado com outro nome por outro senador, era chamado Visão para Todos. É uma boa iniciativa, mas precisamos pensar no pós-operatório dessas pessoas que são atendidas em mutirão. Como elas vão conseguir um retorno de acompanhamento, se os médicos do programa vão embora e no HCAL não conseguem agendar? Precisamos pensar no todo. O senador poderia ter deixado seu legado preparando os hospitais daqui para isso.
O mesmo vale para as arenas, foi entregue o gramado, mas ao redor das arenas a prefeitura precisou intervir colocando iluminação, organizando as praças e arcar com a manutenção, através de parcerias público-privadas, ou sozinha mesmo.
Em relação ao asfalto, 80 Km é pouco, senador. Isso dá 10 km a cada ano de seu mandato, sendo que temos em Macapá mais de 600 km de malha viária sem pavimentação ainda. Precisamos, sim, dessas ações, mas precisamos pensar no todo e ver políticas públicas que por mais simples que sejam, a população possa perceber no dia a dia.
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