Política

‘Rombo’ na Federação das Indústrias ultrapassa R$ 7 milhões

Segundo o novo presidente da Fieap, prejuízos foram deixados pela gestão anterior


O presidente da Federação das Indústrias do Amapá (Fieap), Felipe Monteiro, revelou nesta segunda-feira, 03, em entrevista exclusiva concedida ao Diário do Amapá, no Hospital São Camilo, onde se encontra em tratamento de malária, que o ‘rombo’ deixado pela gestão anterior da instituição ultrapassa R$ 7 milhões. “Encontrei a Fieap com apenas 29 centavos em caixa, 42 processos judiciais, sendo a metade em ações trabalhistas e o restante na área cível, que representam, juntos, mais de R$ 1 milhão, além de dívidas de mais de R$ 6 milhões já auditadas pelo TCU (Tribunal de Contas da União) e CGU (Controladoria Geral da União”, lamentou.

Segundo Felipe Monteiro soma-se a isso os danos patrimoniais causados por uma administração, de acordo com ele “irresponsável e incompetente” que “sangrou de forma criminosa” a instituição: “Ao assumirmos a presidência, nos deparamos com uma situação inusitada, isto é, a Fiep com apenas um veículo, que pertence ao IEL (Instituto Euvaldo Lodi), sendo que os outros dois veículos simplesmente estão desaparecidos. Encontramos uma instituição completamente arrasada, mergulhada no caos, e que precisa de ações fortes e competentes para tirá-la da míngua à qual foi irresponsavelmente atirada”.

Além disso, de acordo com Felipe Monteiro, a gestão anterior se notabilizou pelo nepotismo: “Como se não bastasse a falta de credibilidade de uma instituição tão forte e de importância vital para o desenvolvimento do Amapá, a folha de pagamento da Federação das Indústrias do Amapá até parece um álbum de família, nela constando como funcionários a mãe, o pai, um irmão, uma irmã e um cunhado da ex-presidente”, denunciou.

Outro problema apontado pelo atual presidente é o envolvimento da gestão anterior com a política partidária: “A Fieap não pode se transformar num nicho de política partidária como vinha acontecendo, tanto que acabou mergulhada nessa crise sem precedentes em sua história. Nosso trabalho vai ser voltado para o lado técnico, mantendo gestões políticas apenas no sentido de viabilizar a parte técnica, que tem como pano de fundo a viabilização do setor industrial no Amapá. Na nossa gestão não vai haver envolvimento político-partidário e tampouco nepotismo”, garantiu Felipe Monteiro.


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