Sarney comemora retomada das obras do aeroporto
Ex presidente da República e senador relembra que a seu pedido, foi a primeira obra do governo Lula no país
O ex presidente da República e senador José Sarney chegou cedo na manhã desta sexta-feira, 11, ao Aeroporto Internacional de Macapá. No local, uma grande multidão o aguardava. Ao lado de Sarney, a esposa, dona Marly, o governador Waldez Góes (PDT), diretores da Empresa de Infra-estrutura Aeroportuária (Infraero), o presidente da Assembleia Legislativa (AL) Moisés Souza, deputados federais e estaduais, prefeitos e vereadores de vários municípios. Sarney, muito aplaudido, fez um emocionado discurso antes da assinatura da ordem de serviço para a conclusão das obras do aeroporto.
“O Amapá é um pedaço significativo da minha vida, e vim aqui para matar saudades. Quando vim para cá, o estado era extremamente carente em todos os setores, e, logo na chegada, ao pisar em solo amapaense, contemplei o aeroporto, que em vez de ser um cartão de visita era, na realidade, um cartão de saída, e vislumbrei a possibilidade de viabilizar a construção de uma estrutura imponente, à altura do futuro grandioso que se já se projetava no futuro. Fui ao Presidente Lula, relatei o que vi e falei a ele que a população amapaense precisava de um aeroporto novo; ele não pensou duas vezes, e no mesmo instante telefonou para o presidente da Infraero, o Carlos Nilson, e o autorizou a fazer imediatamente a obra, avisando-o que eu iria procurá-lo, como de fato ocorreu. Ao me receber, o Carlos me disse: vamos falar logo essa obra. A partir daí não faltaram esforços, o Carlos Nilson, que Deus o tenha (já é falecido), teve extrema dedicação e tocou o obra em todo vapor, fez a licitação, e a ordem de serviço foi assinada em meio a uma grande festa no Teatro das Bacabeiras”, lembrou Sarney.
Entretanto, conforme explicou José Sarney, as dificuldades foram muitas, apesar da celeridade com que a obra ganhou: “Todas as vezes que eu chegava a Macapá ficava orgulhoso com o andamento da obras, mas chegou num ponto que, infelizmente, começamos a enfrentar dificuldades, inicialmente porque uma das firmas do consórcio responsável pela construção passou a dar problemas na Bahia, e com isso o consorcio se dissolveu; a obra foi repassada para outra firma, que também deu problema, resultando na determinação do TCU (Tribunal de Contas da União) para que os serviços fossem paralisados até resolver os problemas; essa paralisação, porém, demorou muito tempo, fazendo com que o sentimento de orgulho, de felicidade que eu tinha ao chegar em Macapá se transformasse em tristeza, pois toda vez que eu passava aqui e via aquele esqueleto de concreto, eu sentia uma dor no coração”.
Retomada
De acordo com José Sarney, foram muitas as gestões que ele manteve com o ministro Padilha e a diretoria da Infraero para que os serviços fossem reiniciados: “O Ministro Padilha foi muito sensível ao determinar que os problemas legais fossem superados junto ao TCU e, imediatamente depois, o lançamento da licitação. Mesmo em meio a todas as dificuldades que o país atravessa a Presidente Dilma não hesitou e liberou os recursos para a retomada das obras, que hoje se concretiza. Dentro de muito pouco tempo, se Deus quiser, e eu creio nisso, estarei aqui, dessa vez para inaugurar o Aeroporto de Macapá, um dos mais bonitos e imponentes do Brasil, totalmente equipado e com infra-estrutura suficiente para suportar a demanda de 5 milhões de passageiros por ano, conforme já se projeta”.
Reportagem: Ramon Palhares
Foto: Marcones Brito
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