Política

Senador diz que Waldez se recusa a dialogar com a bancada

Isolamento é criticado


O senador Davi Alcolumbre criticou o governador Waldez Góes não buscar – e tampouco aceitar – o apoio dos senadores: “Eu já tomei várias iniciativas de me aproximar do governo para oferecer ajuda no enfrentamento da crise, reuniu com várias secretarias, colocando-me a disposição para a destinação de emendas parlamentares, mas o silêncio, infelizmente, vem imperando, com o governo dando sinais claros de que não precisa do nosso apoio, tanto que não nos procura”.

Questionado sobre a falta de iniciativa dos senadores para viabilizar encontro com o governador no Palácio do Setentrião, Davi Alcolumbre contra-atacou: “Com certeza não. Já foram feitas várias tentativas, inicialmente, repito, através de gestos de pacificação, ao me reunir com titulares de várias secretarias, o que restou infrutífero; os senadores Randolfe e Capiberiberi também tentaram, inclusive o Capí oficializou pedido de audiência com o governador, e decorridos mais de três meses não obteve qualquer resposta, apesar da relevância do assunto a ser discutido, que é a liberação de recursos de uma emenda parlamentar dele no montante de R$ 15 milhões destinados a urbanização do Igarapé da Fortaleza. Infelizmente o governo tem optado, inexplicavelmente, por esse isolamento”.

Apesar disso, segundo o senador, os três senadores permanecem abertos ao diálogo: “Independentemente da vontade ou não do governador, nós estamos trabalhando muito para ajudar o governo a superar a crise, através da captação de recursos. E permanecemos abertos ao diálogo porque o que está em jogo é a população amapaense, e não apenas a atual gestão. Nem eu e tampouco Randolfe e Capiberibe queremos cargos, muito pelo contrário, jamais tivemos e não temos a pretensão de participar do governo. Estamos trabalhando e vamos continuar trabalhando pelo povo do Amapá, quer queira ou não queira o governo”.

“O que o governo tem que se conscientizar é que nós, parlamentares, senadores e deputados, temos a prerrogativa de direcionar recursos para o estado através de emendas parlamentares e de bancada, mas essa destinação só pode ser feita através de projetos; e quem tem o planejamento e as prioridades é o governo, que tem que nos dizer onde pretende aplicar esses recursos. Sem essa harmonia a coisa fica complicada. Tem que haver entendimento. De nossa parte (senadores) o canal está aberto; resta ao governo completar esse canal de diálogo”, ponderou Alcolumbre. (Ramon Palhares)


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