Política

Setor da construção reage à investida do Pará para Petrobras transferir base de Oiapoque

Presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil, engenheiro Glauco Cei, alerta para que o estado não perca o bonde da história.


 

Cleber Barbosa
Da Redação

 

Bastou circular a notícia de que políticos paraenses estão tentando convencer a Petrobras a transferir de Oiapoque para Belém a base operacional do projeto de prospecção de petróleo na chamada Margem Equatorial, para haver reação no Amapá.

 

O presidente do Sindicato da Indústria da Contrução Civil (SINDUSCON), engenheiro Glauco Cei, disse que não é de hoje que decisões importantes sobre o futuro do Amapá são tomadas ao arrepio da vontade de sua gente e cita como exemplo a criação do Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso, em 2002.

 

Ele lembra que apesar de ser favorável à preservação ambiental, a destinação de quase 25% das terras amapaenses para reserva ambiental precisava resultar em compensações. “Nós não temos sequer água tratada nem esgoto condizente, então vamos preservar, sim, sou favorável, mas vamos também cuidar do povo que está aqui, é isso que precisa ser dito”, pondera.

 

Glauco também apela para que seja definida uma regra para o licenciamento de projetos como esse da Petrobras e que isso possa subsidiar combos para atrair investidores para o Amapá. “Se o Amapá está criando dificuldades, o Pará está se aproveitando e oferecendo facilidades, eles não estão errados não”, disse Glauco.

 

Entenda o caso

O senador Jader Barbalho (MDB) solicitou ao ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que Belém seja escolhida como base de operações da Petrobras durante as pesquisas de Perfuração Marítima no Bloco FZA-M-59, em águas profundas.

No pedido encaminhado ao ministro de Minas e Energia – pasta que abriga a Petrobras – o político paraense cita um estudo de viabilidade realizado por uma empresa especializada em parceria com a Universidade Federal do Pará (UFPA) e com a Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) que destaca a capital paraense como local indicado para sediar esses estudos.

 

“Belém reúne toda a infraestrutura de logística necessária para o desenvolvimento dos trabalhos, como o acesso fluvial e marítimo, acesso ao aeroporto internacional, rodovias, hotéis, restaurantes, enfim todo o ciclo e suprimento logístico necessários”, explica o parlamentar.

 

 


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