Sílvia Waiãpi reage à abertura de inquérito pela Procuradoria Geral da República
Deputada diplomada diz que iniciativa é prematura, e pergunta: “Isso é perseguição por eu ser mulher, indígena e eleita deputada?”
Douglas Lima
Editor
A deputada federal diplomada pelo PL do Amapá, Silvia Waiãpi, reagiu com vídeo e uma nota à imprensa à abertura de inquérito pela Procuradoria Geral da República (PGR) na apuração dos atos violentos de Brasília, dia 8 passado.
A parlamentar diz achar prematura a iniciativa da PGR, mas que não foge às suas responsabilidades e que nem se furtará em responsabilizar “essas pessoas por denúncias caluniosas”.
Sílvia não cita os nomes, mas ao postar a expressão “essas pessoas”, certamente se refere aos deputados federais diplomados pelo PDT-AP, Josenildo Abrantes e Dorinaldo Malafaia, os quais anunciaram que representariam contra ela com o objetivo de impedi-la de tomar posse dia 1º de fevereiro na Câmara Federal.
“Tenho sido falsamente apontada por denunciações caluniosas, onde parlamentares acusam sem provas. Até mesmo um jornal de grande circulação direcionou um vídeo à minha autoria e minha presença em Brasília. Sequer puderam pesquisar ou averiguar que nem em Brasília eu estive”, diz Sílvia Waiãpi na nota e no vídeo.
A parlamentar também diz que não compactua com qualquer tipo de agressão ou violência, seja física, moral, psicológica ou patrimonial. Quiçá contra a autonomia independência e harmonia os Poderes
Sílvia afirma que é a favor de manifestações pacíficas e que jamais se manifestaria positivamente a atos de extremo vandalismo.
“Acompanhei os últimos dias com muita tristeza, pelo clima de tensão que tomou conta da nação. Que justiça é essa que eles querem a mim? Isso é perseguição por eu ser mulher, indígena e eleita deputada?, indaga, para acrescentar: “É preciso mais cautela pelo poder público e pela Justiça em achar os verdadeiros culpados, e separar esse tipo de perseguição política. Não é democrático, não é legítimo e tampouco legal”.
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