Teles afirma que isolamento rodoviário com resto do país não trava economia do Amapá
Vice-governador reforçou importância econômica dos portos do estado para o desenvolvimento industrial e apontou questões tributárias como verdadeiros percalços
Douglas Lima
Editor
Repercute a manchete da revista ‘Sociedade Militar’, que afirma que a falta de ligação rodoviária do Amapá com o resto do Brasil é um percalço para o desenvolvimento econômico do estado. Sobre o assunto, o vice-governador Teles Júnior falou ao programa ‘LuizMeloEntrevista’ (Diário FM 90,9), onde opinou sobre o caso.
Para o vice-governador, embora a revista tenha feito uma análise pertinente, a falta de ligação por vias terrestres não é uma pré-condição de crescimento econômico, salientando a importância do setor portuário do Amapá. “Temos um dos portos mais estratégicos do estado, a produção de grãos do Centro-Oeste e sul do Pará, que sai pelo Amapá, é um importante componente do faturamento do Porto de Santana”, atentou.
Acerca dos desafios da economia do Amapá, Teles apontou que os problemas da indústria amapaense estão mais ligados a questões tributárias do que rodoviárias, afirmando que isso afeta a parte estrutural da economia produtiva do agronegócio e da produção florestal, entre outras.
“Não é um fator determinante que impede o Amapá de se desenvolver. É possível crescer sem uma ligação rodoviária com o resto do Brasil. Nosso desafio maior é gerar volume de produção para nossa indústria de serviços para que a gente possa utilizar de forma mais efetiva e estratégica os portos como canal de escoamento de nossa produção”, falou Teles.
“Discordo do argumento da falta de indústria estar ligada à falta de ligação rodoviária. Temos que nos fortalecer ainda mais no transporte portuário; atualmente estamos com o Porto de Santana e temos outros dois portos de uso privado, e acho que esse é o caminho que temos para gerar desenvolvimento e crescimento econômico para o Amapá”, concluiu Teles.
Petróleo
Acerca da questão da exploração de petróleo na Margem Equatorial, Teles lamentou o quê chamou de “radicalismo ambiental”, e reforçou que o governo federal e o Ibama precisam entender que a área pode ser tornar uma estratégia importante para o Brasil financiar a transição energética, o que irá gerar emprego e renda para todo o país.
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