Treze empresas têm concessões para explorar petróleo na Margem Equatorial
Levantamento do especialista CNN em energia, Adriano Pires, identifica relação de companhias que atuam na região.
Petrobras quer ser a primeira empresa a iniciar a exploração em águas profundas na Margem.
Por Caio Junqueira
Levantamento feito pelo especialista CNN em energia, Adriano Pires, aponta a existência de 13 empresas com concessões para explorar petróleo ao longo da Margem Equatorial.
Veja abaixo a lista:
• Petrobras
A companhia quer ser a primeira a iniciar a exploração em águas profundas na região. O plano de negócios 2023-2027, atualmente em revisão, prevê a perfuração de 16 poços, com investimentos estimados em quase US$ 3 bilhões em cinco anos na Margem Equatorial.
Os trabalhos começariam justamente com a perfuração do poço na costa do Amapá, cujo licenciamento foi barrado pelo Ibama em 17 de maio. A petrolífera brasileira acredita que os ativos podem ajudar a repor as reservas de petróleo que estão sendo consumidas nas Bacias de Campos e Santos.
Ao todo, a Petrobras opera:
– cinco blocos na Bacia Potiguar;
– três na Bacia do Pará-Maranhão;
– seis na Bacia da Foz do Amazonas;
– e três na Bacia de Barreirinhas, onde também tem participações minoritárias em outras quatro áreas.
Na Bacia Potiguar, a Petrobras já tem uma descoberta, conhecida como Pitu. A companhia indicou que pode perfurar um novo poço nas proximidades dessa descoberta.
• Shell
A empresa opera dez blocos na Bacia de Barreirinhas e um na Bacia Potiguar, onde também tem participações minoritárias em outros dois ativos.
A companhia já indicou que tem interesse na região, a depender de avaliações econômico-financeiras.
Publicamente, o presidente da Shell, Cristiano Pinto da Costa, tem classificado as decisões sobre a liberação para perfurações na Margem Equatorial como “estratégicas”.
• TotalEnergies
A empresa tem apenas uma participação minoritária remanescente em um bloco na Bacia de Barreirinhas.
Em 2018, a companhia teve um pedido para perfurar na Foz do Amazonas negado pelo Ibama, que alegou que a empresa não apresentou soluções logísticas adequadas para eventuais cenários de emergência.
Desde então, a TotalEnergies reduziu a presença que tinha na região e fechou um acordo com a Petrobras para que a brasileira assumisse a participação da francesa em cinco blocos na Bacia da Foz do Amazonas.
• BP
A empresa opera um bloco em Barreirinhas, além de ter outras duas participações minoritárias em concessões na mesma bacia.
Em 2017, a companhia chegou a anunciar que estava preparando a logística para perfurar em um bloco na costa do Pará, mas não seguiu adiante.
De modo similar à TotalEnergies, a BP também optou por se desfazer de seis ativos que tinha em parceria com a Petrobras na Foz do Amazonas e cedeu suas participações no consórcio à estatal brasileira em 2021.
• Galp
A empresa tem participações minoritárias, de 10%, em quatro blocos na Bacia de Barreirinhas. A companhia é sócia da Petrobras em todas as áreas.
O presidente da Galp no Brasil, Daniel Elias, afirmou que a empresa optou por manter os ativos no portfólio por acreditar no potencial desses blocos.
• Enauta
A empresa opera dois blocos na Bacia do Pará-Maranhão e um na Bacia de Foz do Amazonas. Há a previsão da perfuração de um poço exploratório no bloco PAMA-M-337.
Segundo a companhia, as atividades já realizadas nessas áreas, incluindo estudos sísmicos, indicam a presença de óleo leve.
A Enauta chegou a abrir processos de venda para atrair parceiros para as concessões, mas as discussões não seguiram adiante.
• PRIO
A empresa opera dois blocos na Bacia da Foz do Amazonas, ativos que foram herdados na compra da Brasoil, em 2017. O bloco FZA-M-539 tem uma descoberta de gás natural em águas rasas, conhecida como Pirapema.
A área tem dois poços perfurados e estimativa de um potencial de reservas de até 28 milhões de metros cúbicos de gás.
Já o bloco FZA-M-254 é um ativo de óleo e, segundo a empresa, está em fase de estudos para avaliação de potencial e programação de perfurações.
• Murphy
A empresa é operadora de três blocos na Bacia Potiguar. As áreas foram arrematadas na 15ª Rodada, em 2017, em parceria com a Wintershall DEA, mas a Murphy assumiu 100% das concessões por meio de um acordo, assinado em 2019.
A Murphy avalia a perfuração de um poço exploratório na região. A empresa aposta na proximidade das áreas com a descoberta de Pitu, realizada pela Petrobras na Bacia Potiguar.
• 3R Petroleum
A companhia opera um bloco na Bacia de Barreirinhas, herdado na fusão com a Ouro Preto Óleo e Gás. De acordo com a empresa, a maior parte do programa exploratório mínimo da área já foi cumprido.
• Chariot
A empresa opera três blocos na Bacia de Barreirinhas. Em 2017, a companhia indicou a intenção de perfurar na região, mas informou que as atividades prosseguiriam apenas depois da busca de sócios para dividir os investimentos.
Até hoje, a Chariot segue com 100% das concessões que detém na região.
• Sinopec
A companhia tem participações minoritárias, de 20%, em dois blocos na Bacia do Pará-Maranhão, onde é parceira da Petrobras.
• Mitsui E&P
A empresa tem participação minoritária, de 10%, em quatro blocos na Bacia de Barreirinhas, onde é sócia da Shell e da Aquamarine.
• Aquamarine Exploração
A companhia tem participação minoritária, de 25%, em quatro blocos na Bacia de Barreirinhas. O consórcio detentor das áreas é formado ainda pela Shell e pela Mitsui E&P.
Fonte: CNN Brasil
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