Política

Tribunal Eleitoral forma maioria para anular operação que atingiu prefeito Furlan e seu irmão

Autorizada pelo juiz Orlando Vasconcelos, a operação foi deflagrada dois anos depois da eleição do prefeito


 

Paulo Silva
Editoria de Política     

 

Em sessão realizada na terça-feira (31), o Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP) formou maioria (5×0) para anular a operação que atingiu o prefeito de Macapá, Antônio Furlan (Podemos), e o irmão dele, o promotor de Justiça João Paulo Furlan, integrante do Ministério Público do Amapá (MP-AP). Na sessão, o juiz Orlando Vasconcelos, que autorizou a operação, não pôde votar por estar sob suspeição, e o desembargador Carmo Antônio pediu vista.

 

No final de julho do ano passado, cumprindo determinação do juiz Orlando Vasconcelos, em inquérito que apurava um esquema de compra de votos na edição municipal de 2020, quando Furlan foi eleito prefeito de Macapá, a Polícia Federal cumpriu onze mandados de busca e apreensão, e entre os alvos da busca estavam o prefeito e seu irmão João Paulo Furlan. Também foi alvo da operação o cabo eleitoral Gleisson Fonseca, que no dia da votação foi flagrado pela PF com material de campanha e teve o telefone celular apreendido.  Durante coletiva de imprensa, em julho do ano passado, o prefeito confirmou a realização da operação em sua residência e na Prefeitura de Macapá.

 

Durante seu pronunciamento, Furlan disse que a operação tinha motivação política e informou que existia no TRE um conflito de competência, se caberia ao MPE ou à Procuradoria Regional Eleitoral as investigações relacionadas à possível compra de votos. Ele também admitiu ter recebido pedido de propina de uma pessoa ligada ao juiz eleitoral Orlando Vasconcelos.

 

No mesmo dia, 29 de julho de 2022, o Tribunal Regional Eleitoral promoveu coletiva de imprensa sobre o pronunciamento feito pelo prefeito de Macapá após a operação deflagrada pela Polícia Federal, informando que tudo seria apurado.

 

O julgamento do pedido de busca e apreensão criminal ocorre sob segredo de justiça, mas as informações foram colhidas por fonte segura do Diário do Amapá.

 


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