Política

Vereador Rinaldo diz que não há justificativa para aumento da tarifa de ônibus

O vereador aproveitou para convidar os usuários do transporte público para debater junto à Câmara de Vereadores para que a “luta” seja de todos. “O reajuste não pode ser decidido judicialmente, e a câmara terá um papel fundamental nesse debate”.


Em meio à crise econômica que o Brasil atravessa, com aproximadamente 12 milhões de desempregados, o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do Amapá (Setap) reivindicou no fim de janeiro o aumento da tarifa de ônibus em Macapá, passando de R$ 2,75 para R$ 3,40. Um reajuste de 16%.

O vereador Rinaldo, em entrevista ao programa Café com Notícia desta terça-feira, 7, afirmou que é contrário ao aumento da tarifa e que, com a estagnação dos ganhos salariais e dos investimentos públicos, não vê justificativa para o reajuste pleiteado pelo sindicato. Disse ainda que quem sai penalizado com o reajuste proposto são os trabalhadores e os estudantes.

“Não se pode discutir aumento de tarifa isoladamente. O Governo Federal aprovou a PEC, que congela os investimentos em diversos setores, num claro ataque aos direitos constitucionais dos trabalhadores. Por conta das medidas de austeridade tomadas pelo prefeito Clécio Luís para conter a crise, a prefeitura ficou impossibilitada de conceder reajustes justos para os servidores municipais. O Governo do Amapá, por sua vez, além de não reajustar, parcela os salários. Diante desse cenário, não tem como falar de reajuste da tarifa de ônibus”, acrescentou Rinaldo.

 

Limitação do passe estudantil

Além do pedido de reajuste tarifário, o Setap limitou o uso do passe estudantil. Antes os usuários podiam se locomover pela cidade sem restrições. Agora os estudantes podem utilizar apenas quatro passagens por dia. Em alguns casos, o sistema das empresas só libera três passes. “O estudante não vai apenas para a escola, para o estágio ou fazer pesquisa escolar, ele também vai à praça, ao cinema, à igreja. Limitar o passe estudantil é limitar a vida social do aluno”, ressaltou Rinaldo.


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