Waldez nega acusação de compra de votos na eleição de 2014
A Procuradoria Regional Eleitoral no Amapá (PRE-AP) ajuizou, em 18 dezembro de 2014, três ações contra o governador Waldez Góes (PDT).
A Procuradoria Regional Eleitoral no Amapá (PRE-AP) ajuizou, em 18 dezembro de 2014, três ações contra o governador Waldez Góes (PDT). Segundo a Procuradoria, o governador usou, na campanha eleitoral, o artifício de compra de votos e fez uso de abuso de poder.
A publicação da denúncia foi feita nessa segunda-feira, 12, na página da PRE. Também respondem por alguns desses ilícitos o deputado federal Vinícius Gurgel; as deputadas estaduais Marília Góes e Edna Auzier; o vereador de Laranjal do Jari, José Maria Bezerra, conhecido como Zezão; e Ana Luzia Gibson de Souza, correligionária da campanha.
No início da tarde dessa terça-feira, 13, a Assessoria de Imprensa do Palácio do Setentrião emitiu nota, rebatendo as acusações, e dizendo estranhar que “o Ministério Público Federal tenha dado publicidade a uma ação que tem caráter sigiloso para evitar exposição desnecessária das partes, isso por força do artigo 14, parágrafo 11° da Constituição Federal”, conforme um dos trechos do documento.
Na ação, segundo a PRE-AP, Ana Luzia esteve em residências no bairro da Fazendinha prometendo que os moradores seriam incluídos no programa social Renda para Viver Melhor, desde que votassem em Waldez e Marília Góes.
Em resposta à acusação, a assessoria respondeu: “Quanto à acusação de cadastro de beneficiários para eventuais programas sociais, é totalmente sem nexo e descabida. Waldez Góes e sua esposa, Marilia Góes, foram motivadores e entusiastas desses projetos sociais e tiveram o cuidado, em sua criação, de estabelecer critérios rígidos para que a população realmente necessitada fosse alcançada”, alega a defesa do gestor.
Em outro trecho, o Ministério Público Federal afirma que em Laranjal do Jari eleitores também denunciaram a prática de compra de votos em favor do então candidato ao governo do Amapá, Waldez Góes, e dos deputados eleitos Vinícius Gurgel e Edna Auzier. Segundo relatos, o vereador do município, José Maria Bezerra, reuniu-se com moradores e pagou R$ 100 para que votassem nos candidatos por ele indicados.Em diligência na casa do vereador de Laranjal do Jari, foram apreendidos materiais que indicavam compra de votos.
No local, havia lista com o nome de diversas pessoas ligadas à Associação dos Mototaxistas, indicando as seções eleitorais em que elas votavam. Sobre essas acusações, a defesa de Waldez e do vice governador, Papaléo Paes, afirma não ter conhecimento oficial, e que ao ser comunicada “…tomará as medidas cabíveis para identificar e punir quem está por trás dessa farsa”, como descreve outro trecho da nota.As outras partes citadas pela PRE-AP não foram localizadas para comentar as denúncias.
Deixe seu comentário
Publicidade