CLEBER BARBOSA
EDITOR DE TURISMO
Os visitantes que chegam a Macapá – e os moradores da cidade também – passaram a ter uma nova fonte de informações sobre o turismo da capital do Amapá, com o Centro de Atendimento ao Turismo (CAT), que está completando dois meses desde sua inauguração. A frequência de quem passa por lá só aumenta e é bem dividida entre turistas de fora e também do próprio estado. E da cidade, valorizando o que se chama tecnicamente de turismo interno.
Financiado por meio do Programa de Orçamento Participativo (POP) da Fecomércio-AP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Amapá), que viabiliza recursos para os Sindicatos Patronais investirem em seus segmentos, o projeto é do Sindicato das Empresas de Turismo do Estado do Amapá (SINDETUR), que entregou o novo espaço em abril deste ano, estrategicamente localizado na Praça Beira Rio, bem em frente ao Trapiche Eliezer Levy.
O idealizador da iniciativa é o empresário Edyr Pacheco, que é o presidente do SINDETUR. Com a instalação de contêineres reformados em praças da cidade e em pontos estratégicos, a iniciativa tem como objetivo dar suporte ao trade turístico no Estado do Amapá. Ele destaca as parcerias que também viabilizaram concretizar o projeto, já denominado de “Contêiner na Praça”. São eles a Prefeitura de Macapá, o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a Associação Brasileira das Agências de Viagem (ABAV) e a Fecomércio.
Point
Com orçamento inicial de R$ 44 mil, o primeiro contêiner já está instalado no orla de Macapá, em frente ao Rio Amazonas, um dos locais mais visitados por turistas na cidade. No CAT os visitantes podem buscar informações sobre: hotéis, restaurantes, pontos turísticos, transportes, entre outros. No local também está funcionando uma pequena loja para a venda de lembranças do Estado, tudo com a ajuda de atendentes fluentes em idiomas como inglês, francês e espanhol.
Falando ao Diário, Edyr Pacheco diz que a avaliação é positiva, apesar do fato de3 que muita gente ainda desconhece o valor e o papel que o CAT já exerce. “Na medida da curiosidade do povo é que a gente vai tendo uma relação com o nosso cliente, que são todos os visitantes da cidade, que são todos, até aqueles que moram aqui e que sequer sabem ou já visitaram outros pontos turísticos, sequer o horário de funcionamento deles, aqui encontram de tudo, até o mapa da cidade e o guia turístico”, diz Pacheco.
Ações itinerantes podem levar CAT ao público
Segundo o Sindicato das Empresas e Agências de Turismo do Amapá (Sindetur-AP), a proposta do CAT é facilitar aos visitantes a informações tureísticas e serviços turísticos, como o acesso a hotéis, restaurantes, balneários, entre outros espaços e atrativos turísticos. O contêiner deve poderá ser levado para locais onde ocorrem programações culturais, como o Macapá Verão, a Expofeira e também a outros pontos turísticos da cidade. A central itinerante está atualmente, em frente ao Trapiche Eliezer Levy, na orla da capital, próximo a outro ponto turístico, a Fortaleza de São José de Macapá, a maior fortificação do Brasil.
De acordo com o presidente do Sindetur-AP, Edyr Pacheco, especialistas e guias de turismo, assim como turismólogos, poderão dar plantões em horário comercial para os atendimentos. No local também há espaço para comercialização de produtos personalizados como as famosas lembrancinhas do estado: camisas com frases típicas do Amapá, canecas, chaveiros e bonés. “O serviço prestado é para ajudar os turistas que visitam o Amapá, sejam eles do interior do Pará, outro estado, ou até do exterior. Esse trabalho do Centro de Atendimento ao Turismo já acontece no país todo”, explicou.
Macapá possui características que a diferenciam das demais capitais
Cortada pela linha do Equador, Macapá é a cidade mais próxima da foz do Rio Amazonas. Não há acesso de carro para quem vem de outros estados: as opções, a partir de Belém, são avião (uma hora de viagem) e barco (24 horas). Dois hemisférios numa mesma cidade, Macapá é a única capital brasileira no caminho da linha do equador. O fato é celebrado no Complexo do Marco Zero, com um monumento e um relógio de sol e em construções como o Estádio Zerão, em que a linha do equador coincide com a linha do meio de campo. Mas há bem mais a fazer por lá além de ficar pulando de um hemisfério para o outro.
Localização
Macapá oferece um roteiro que mistura natureza, história e aventura. Às margens do rio Amazonas a Fortaleza de São João de Macapá, construída no século XVIII, é o maior símbolo da presença portuguesa na região. Mas o outro lado da história está bem mais vivo em Macapá como no museu Sacaca, voltado para as comunidades ribeirinhas e etnias indígenas, ou na comunidade de Curiaú, de descendentes de quilombolas. Na lanc-patuá, dialeto falado por lá que mistura português, francês com línguas indígenas e africanas também apresenta a história viva.
Personalidade
Macapá não é ligada diretamente por estradas com nenhuma outra capital. Mas há voos regulares para lá, normalmente com escala em Belém. Macapá é tudo isso. Bela por natureza. E cheia de personalidade. A cultura e a boa comida atraem turistas a Macapá o ano inteiro.
* Colaborou: MacapaTur
CURIOSIDADES
– O projeto se chama Contêiner na Praça
– Os turistas vão poder ter acesso a informações básicas de onde ficar, onde ir e o que fazer no Amapá através do Centro de Atendimento ao Turismo (CAT).
– A iniciativa funciona em um contêiner reciclado que poderá ainda ser deslocado para vários pontos da cidade, em ações itinerantes.
40 pés
Os containers de 40 pés (12 metros), high cube (HC) são os mais utilizados no mundo.
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