CLEBER BARBOSA
EDITOR DE TURISMO
Um grupo de acadêmicos estrangeiros passou por Macapá essa semana, numa viagem de estudos pelo que definem ser o “ciclo da arquitetura baseado no carbono”, ou seja, o caminho do gás carbônico da natureza até às cidades. E vice-versa. Eles são estudantes do curso de mestrado em Arquitetura da tradicionalíssima Universidade Columbia, de Nova Iorque, são de várias nacionalidades e liderados pelo único brasileiro do grupo, Guilherme Rocha Formick, que é de São Paulo, mas que pelos estudos mora na Ilha de Manhattan também.
Eles passaram antes por Brasília, para ver as obras arquitetônicas famosas no mundo inteiro, assinadas por Oscar Niemeyer, que ousou com o concreto e as ferragens, na década de 1950, com a construção da nova capital do país. “A nossa ideia é entender como o carbono, como elemento natural, está presente na natureza e como ele se integra às obras arquitetônicas”, diz o arquiteto brasileiro, que está fazendo o Mestrado em Planejamento Urbano.
Natureza
Mas foi graças ao potencial turístico do Amapá que o grupo pode fazer um mergulho na natureza amazônica, que grassa no Estado. Através de indicação do próprio hotel, eles contrataram os serviços de uma agência de receptivo, que escalou o guia de turismo Claudomir Fagundes, um dos mais respeitados profissionais em atuação no mercado local. “Nós estão apresentamos a eles os nossos pacotes e eles optaram pela realização de um River Tour, que realizamos em até sete horas, com tudo incluído, ou seja, translado, barco, almoço, trilha ecológica, sobremesa e até soneca de rede”, diz, descontraído, o guia Claudomir.
O roteiro escolhido foi singrar o Rio Amazonas até o município de Santana, indo para a Ilha de Santana. Fizeram a Trilha da Samaúma, por dento das matas, banho de rio e depois se deliciaram com um almoço bem tucuju, com direito a peixe assado na hora – uma pirapitinga –, acompanhada por açaí com farinha e, de quebra sobremesa com creme de cupuaçu.
O local para esse deleite foi uma chácara conhecida como “Refúgio dos Pereira”, uma propriedade rural em plena ilha e que ainda dispõe aos visitantes várias redes, muita sombra, revoada de pássaros e uma infindável diversidade de sucos naturais. O que eles mais gostaram foi o de taperebá.
Rivertour pelo Amazonas e a vida com nativos
O grupo de alunos do curso de Mestrado da Universidade de Columbia, de Nova York, qua viajaram esta semana a Macapá, é formado por turistas de várias nacionalidades, como americanos, chineses, coreanos, um brasileiro, um indiano e um mexicano. num total de 12 pessoas. A decisão de partir para um River Tour pelo Rio Amazonas, segundo os técnicos da agência de receptivo, é um dos mais requisitados por turistas estrangeiros ou nacionais em visita ao Amapá.
Preços
A um custo médio de R$ 190 é formatado no padrão “All Inclusive”, ou seja, tudo incluído, incluindo desde o fretamento da van, da embarcação, guia e todas as refeições, incluindo o almoço. “Mas é bom que se diga isso não se limita apenas aos visitantes de fora do Amapá, nós também trabalhamos com o público interno, gente que mora aqui mesmo em Macapá ou qualquer outro município do Amapá. Eu inclusive recomendo que as pessoas busquem conhecer o próprio Estado e não apenas viajando para fora”, diz o guia Claudomir.
Turismo científico é uma modalidade a ser desenvolvida, diz especialista
Dentre as inúmeras possibilidades para o incremento do turismo no Amapá, existe o chamado turismo científico, atividade que o guia Claudomir Fagundes diz ser até muito comum por aqui. “Existem pessoas que viajam para cá atraídas pela localização geográfica única que temos, na Linha do Equador e ao lado do Amazonas, o nosso rio-mar”, diz o especialista. Ele recorda que em dias do fenômeno natural do Equinócio – em março e setembro – muitos pesquisadores visitam Macapá, seja pela própria observação do fenômeno, seja pelo lado místico, como até um mestre yogi da Índia, pela energia que diz ser emanada durante a passagem do sol pela linha que divide o mundo e que dá origem a duas novas estações climáticas no planeta.
Gratidão
Por falar no Meio do Mundo, o grupo universitário de Nova Iorque também visitou o Monumento do Marco zero do Equador, em Macapá, uma das muitas atrações turísticas visitadas por eles no Amapá. “Nós gostamos muito, ficamos muito gratos a todos que nos receberam no estado do Amapá, um estado muito bonito e espero que vocês possam aumentar o turismo pois são um grande potencial e a gente fica muito feliz mais uma vez pela maneira como fomos recebidos, daí estarmos muito gratos pela hospitalidade de todos”, disse o arquiteto Guilherme Rocha, em mensagem enviada à reportagem do Diário do Amapá ontem, assim que retornou a São Paulo para o voo de volta aos Estados Unidos.
*Agradecimentos: Poroc Turismo (96) 3224-1666 Rua Hildemar Maia, 913D – Santa Rita, Macapá/AP.
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