CLEBER BARBOSA
EDITOR DE TURISMO
Não é de hoje que o jet ski exerce uma enorme paixão sobre quem gosta de andar pelos rios da região. Viraram verdadeiro sonho de consumo, afinal se parecem com uma moto, são velozes e capazes de superar obstáculos como ondas e maresias garantindo adrenalina e diversão. Mas os veranistas amapaenses estão mais ousados e o grande barato desta temporada de férias são os passeios para mais longe, como fizeram aventureiros de Macapá que foram em grupo para o Festival do Camarão, em Afuá, no Pará.
Segundo Alex Gemaque, do Clube Náutico do Amapá (CNA), a ideia surgiu em 2008, quando um grupo de amigos proprietários de jet ski’s decidiu sair da rotina e viajar até mais longe. Começaram a ir a balneários e cidades pequenas nas ilhas do Pará que circunvizinham a cidade de Macapá até decidirem ir a Santarém. “A gente passou a se informar e equipar melhor nossas embarcações, especialmente com maior capacidade de artmazenamento de combustível, para aumentar a autonomia do jet ski.
Luciana Melo, outra aventureira de carteirinha, relata detalhes da nova “incursão” por municípios paraenses. Desta vez foi Afuá (PA), palco do Festival do Camarão, uma das mais tradicionais festas da temporada de férias escolares. “Foi maravilhoso. A viagem que de barco dura cinco horas foi feita em apenas uma hora e esse contato com a natureza, com os ribeirinhos, enfim, é uma experiência única e inesquecível”, derrete-se ela. O grupo era formado por 9 jet ski’s. O roteiro iniciou na sexta-feira às 14h30 e o retorno se deu no domingo passado, por volta das 10 horas da manhã. Alex Gemaque diz que todos os objetivos foram alcançados. “Nós queríamos divulgar o turismo esportivo e os atrativos naturais da nossa região, que é belíssima”, explica. Entre os pontos já visitados pelo grupo do CNA, está a Cachoeira do Rio Vila Nova. No próximo mês de setembro, os aventureiros do Amapá seguem em suas possantes embarcações para Alter do Chão, em Santarém (PA).
O dirigente do CNA lembra que a entidade funciona regularmente e todos os seus integrantes possuem habilitação legal, documentação dos jet ski’s e registro junto às autoridades da Marinha. “A Capitania dos Portos já nos identifica pelos uniformes que usamos. Eles sabem que realizamos todos os treinamentos necessários e difundimos a prática segura deste esporte, que pode conviver perfeitamente com banhistas e proprietários de outros tipos de embarcações, sem estresse, sem acidentes e garantindo um colorido especial ao nosso verão equatorial”, encerra Gemaque.
Vantagens comparativas do jet-ski para a lancha
Uma das dúvidas mais comuns dos ingressantes no mundo náutico é se vale mais a pena comprar uma lancha ou um jet ski/moto aquática. O uso de uma lancha é muito parecido com o de um carro, em comparação ao uso de jet ski, muito similar à uma moto. Ou seja, qual veículo vai proporcionar mais satisfação a você e sua família? Assim como uma moto, um jet ski oferece um lazer mais radical, para uma ou 2 pessoas, voltado à velocidade e agilidade: Jet skis geralmente são mais rápidos que barcos, por serem mais leves; Jet skis são menores, portanto mais baratos que a maioria dos barcos; Devido ao motor “jet drive”, sem hélice, o jet ski permite navegar em águas mais rasas; É mais fácil rebocar um jet ski em seu carro.
O barco, assim como um carro neste comparativo, oferece mais opções de lazer para mais pessoas: casais e famílias. Uma lancha de entrada (como a FS180, por exemplo) oferece espaço para 7 pessoas; Uma lancha possui autonomia maior do que um jet ski. Ou seja, vai mais longe; Oferece espaço para praticar pesca, e guardar equipamentos de mergulho, por exemplo; Existem opções de lanchas de pequeno porte com banheiro e até mesmo cabines, oferecendo mais conforto.
Seguidas algumas regras de segurança não há porque temer problemas
Segundo os especialistas ouvidos pelo Diário do Amapá, para realizar manobras radicais, algumas regras básicas devem ser observadas pelo condutor do jet-ski. Se não estiver devidamente treinado e se não conhecer o equipamento em seus detalhes, não realize manobras arriscadas, pois ao cessar a aceleração, o jet não mais obedecerá aos movimentos de comando e direção, podendo ocasionar acidentes graves. Mesmo não sendo um “expert” em manobras, mas se desejar fazê-lo, certifique-se que está numa área onde não colocará em risco a segurança de outras pessoas, especialmente, banhistas, a sua própria segurança e de outras embarcações.
Se tiver consumido bebida alcoólica, deixe a manobra para outra ocasião, pois a bebida diminui os reflexos, aumentando as chances de ocorrer acidentes. Além disso, o álcool costuma deixar muita gente mais apressada.
Resumo das normas para utilização do jet-ski:
1. Ser habilitado e portar documentos da embarcação, do condutor e seguro DPEM.
2. Utilizar colete salva-vidas e chave de segurança atada ao pulso, colete ou qualquer parte da roupa.
3. Não realizar reboque, a não ser em caso de salvamento.
4. Reduzir a velocidade em área de apoio, rampas, marinas, flutuantes, etc.
5. Respeitar áreas de banhistas.
6. Não fazer manobras arriscadas.
7. Manter distância mínima de 200m da praia.
8. Ao dirigir-se a praia, fazê-lo no sentido perpendicular, com velocidade máxima de 3 nós e dar preferência aos locais demarcados pela Prefeitura para saída e entrada de embarcações.
CURIOSIDADES
– O Jet sentado é mais confortável e fácil de andar, mais indicado para percursos longos, enquanto o tipo “em pé” é mais esportivo e exige mais habilidade para sua condução e algum preparo físico. Quanto aos sentados, existem modelos de 2, 3 e até 4 lugares. A motorização pode ser de 2 ou 4 tempos, e os jets podem ser básicos, intermediários ou “top”de linha.
– Quantos aos modelos disponíveis no mercado nacional, os mais populares são Yamaha, Kawasaki e Sea Doo.
150Km/h
Velocidade máxima registrada em um jet-ski.
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