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Assoreamento compromete navegação na orla de Macapá

Embarcações maiores não conseguem atracar no píer Santa Inês por causa do assoreamento


O assoreamento dos canais de Macapá, como Pedrinhas, Jandiá e Igarapé das Mulheres, é uma realidade que tem mudado a geografia dessas regiões, e, principalmente, a rotina dos embarcadiços e ribeirinhos que utilizam esses canais para embarque e desembarque de mercadorias como açaí, pescado e madeira.

Se a situação já é complicada para a atração de pequenas e médias embarcações nos portos ao longo desses canais, imaginem o que enfrentam os comandantes dos barcos de grande porte que atracam no píer Santa Inês, na orla de Macapá.

Segundo o empresário Newton Salomão, que tem uma empresa de navegação com embarcações que fazem viagens regulares para o município de Afuá (PA), o assoreamento tem impedido que os barcos maiores atraquem na rampa, principalmente, nesse período em que a tábua da maré é muito baixa.

“A alternativa encontrada nesse caso é fazer o transbordo de passageiros, ou seja, colocamos as pessoas em barcos menores para levá-las ou desembarcá-las das embarcações maiores e que precisam ficar ancoradas lá fora. Mas, esse é um processo que dá muito trabalho e tem seu grau de perigo”, disse.

A área em frente ao píer tem uma espécie de canal por onde essas embarcações navegam. Porém, esse canal desapareceu em razão do assoreamento. O correto seria fazer uma dragagem na área para melhorar a navegação, mas há anos isso nem sequer é tratado pelo governo.
Outra alternativa encontrada pelas empresas de navegação é fazer as viagens a partir dos portos do Igarapé da Fortaleza ou de Santana. “Mas acaba se tornando inviável para muitas pessoas. No mínimo o cidadão terá que pagar uma corrida de R$ 50,00 de táxi para chegar até esses portos. Essas dificuldades apontadas são o reflexo da baixa procura por passagens”, complementou o empresário.

Nesta terça-feira, 8, os afuaenses celebram a festa de Nossa Senhora da Conceição, padroeira do município. “Em outros anos, nesse período, o volume de pessoas viajando para Afuá era gigantesco. Agora, além dessa crise instalada no Amapá, e no Brasil como um todo, ainda tem esse problema do assoreamento”, concluiu Newton dizendo esperar que as autoridades possam se manifestar sobre soluções para o problema.


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