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CEA volta a enfrentar ‘fantasma’ da privatização

Subsidiárias da Eletrobras poderão vir a ser vendidas.


A agência de notícias Reuters divulgou, hoje, que a situação da estatal de energia Eletrobras, que enfrenta prejuízos bilionários desde 2012, é “insustentável”, e exigirá uma revisão do tamanho e do papel da empresa no país, segundo afirmaçaõ do ministro de minas e energia, Fernando Coelho Filho.

Ele adiantou que o governo prepara um plano de vendas de ativos da companhia que deverá começar com empresas de distribuição e fatias minoritárias em usinas e linhas de energia.

No entender do secretário estadual de planejamento, Antônio Teles Júnior, por enquanto a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) não é afetada pela orientação ministerial, porque ainda está em processo de federalização. Caso o processo venha a ser consolidado, então a estatal amapaense correrá o risco de vir a ser privatizada.

A notícia da Reuter prosseguiu dizendo que o ministro Fernando Coelho Filho negou que existam planos neste momento para vender as maiores subsidiárias da estatal que atuam em geração e transmissão de energia – Furnas, Chesf, Eletronorte e Eletrosul.
“Não vamos fazer uma liquidação da Eletrobras”, disse Coelho Filho a jornalistas após participar de reunião com o vice governador de São Paulo, Márcio França, e empresas de energia no Palácio dos Bandeirantes. “Mas tem sim determinação de redefinir o papel e o tamanho da empresa”, admitiu o ministro

Segundo ele, o governo vai preparar o processo de privatizações com apoio do Ministério do Planejamento, do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e do próprio ministério e seus órgãos técnicos, como a estatal Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

A ideia é iniciar as vendas pela distribuidora de energia Celg-D, que atende o estado de Goiás, cuja privatização já havia começado a ser preparada pelo governo Dilma Rousseff, que chegou a definir um preço mínimo para a empresa e contratar o BNDES para apoiar o processo, mas não chegou a publicar o edital.

“O processo vai começar com a Celg, até porque já está bem encaminhado, mas não vai parar por aí, a ideia é seguir adiante… a Eletrobras tem cerca de 180 SPEs (Sociedades de Propósito Específico), as mais diversas… São ativos importantes, valiosos e não faz sentido na situação que a empresa está manter todas essas SPEs”, disse Coelho Filho.

Ele também deixou claro que a venda de subsidiárias de distribuição da Eletrobras deverá ir adiante após a Celg-D.

“Está muito claro que as distribuidoras não devem ficar sob o guarda chuva da Eletrobras”, disse. As sete distribuidoras da Eletrobras atendem, além de Goiás, estados das regiões Norte e Nordeste, como Acre, Amazonas, Alagoas, Piauí, Rondônia e Roraima. As empresas acumulam prejuízos devido a elevados índices de inadimplência e furtos e perdas de energia em seus mercados.


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