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Comissão vai avaliar gastos de escolas de samba

Em entrevista n Rádio Diário 90,9FM, na manhã desta sexta-feira, 11, o secretário de Estado da Cultura, Disney Silva, reafirmou o cancelamento do desfile das escolas de samba, em 2016, e se manifestou sobre os investimentos feitos pelas agremiações carnavalescas. Ao programa LuizMeloEntrevista, Disney disse que uma comissão composta por membros da Liga Independente das Escolas de Samba do Amapá (Liesap) e do governo do estado será criada para avaliar o que pode ser feito no sentido de compensar os valores já investidos.


Nos barracões da Cidade do Samba as alegorias e fantasias já estavam sendo confeccionadas. Algumas escolas chegaram a anunciar que estavam com 80% dos trabalhos concluídos. “Certamente o cancelamento do carnaval acarreta em uma série de problemas, mas teremos o carnaval em 2017. Já ficou acordado que os enredos serão mantidos e que os projetos serão os mesmos já apresentados. Agora, existem compromissos que precisam ser quitados. Vamos estudar uma fórmula econômica para ver de que forma isso pode ser resolvido financeiramente”, disse o secretário.

A dependência pelo repasse financeiro do governo do estado para a realização do desfile das escolas no Sambódromo ficou evidente com o cancelamento do evento em 2016. Sobre isso o presidente da Liesap, Luis Mota, o ‘Geléia’, justificou que um projeto foi encaminhado ao Ministério da Cultura, com base na Lei Houanet, para que houvesse o aporte de R$ 1 milhão, mas por não haver a contrapartida de R$ 20 mil por parte da iniciativa privada o projeto foi cancelado.

A justificativa do presidente Geléia foi vazia no entender de alguns diretores de escolas. É a terceira vez – em cinco anos – que o desfile das escolas de samba deixa de acontecer por falta de repasses do estado. As escolas não conseguem realizar eventos anualmente para fazer caixa, e, com isso, sair da dependência exclusiva do governo. Os empresários locais têm medo de fazer investimentos por causa de uma série de fatores ocorridos nos últimos anos, e que deixaram a Liesap em xeque, como a não prestação de contas e detalhamento da destinação de recursos.


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