O consumidor amapaense está rateando o pagamento da energia elétrica usada em todo o Brasil. A informação foi dada, ontem de manhã, no programa Togas e Becas (Rádio Diário FM 90,9), pelo assessor da presidência da CEA, Edmundo Pinheiro, com a explicação de que a prática vem ocorrendo em todas as unidades federativas do país.
Edmundo esclareceu que o sistema de rateamento no pagamento das contas de luz é a forma encontrada pelo governo federal para cobrir os custos da geração adicional de energia elétrica, através de usinas térmicas, em virtude da baixa hidraulicidade enfrentada em todo o território nacional.
O assessor da CEA garantiu que o procedimento é temporário, só até quando os reservatórios das hidrelétricas voltarem a ter água suficiente para fazerem funcionar, a contento, o Sistema Interligado Nacional (SIN).
Edmundo Pinheiro explicou, também, que foi por causa das baixas hidraulicidades constatadas no país que o governo federal criou o instrumento das bandeiras tarifárias para que todos os consumidores do sistema integrado contribuam para a geração térmica, que é uma geração adicional de energia elétrica para que o setor não entre em colapso nos períodos de pouca água nos reservatórios hidroelétricos.
A bandeiras tarifárias são as seguintes: Verde, Amarela e Vermelha. A Bandeira Verde é levantada quando é alta a hidraulicidade no SIN; a amarela, quando os reservatórios ameaçam baixcar de nível; e a Vermelha, quando a hidraulicidade é baixa.
No momento, em todo o Brasil, os reservatórios estão com os níveis de água muito baixos. Neste caso, com a Bandeira Vermelha levantada, o consumidor passa a ter na sua conta de luz o acréscimo de R$ 4,50 a cada 100 kw de energia elétrica consumida. Esse valor excedente é somado para a complementação do pagamento do consumo do produto no país.
O assessor da CEA, Edmundo Pinheiro, na mesma entrevista no rádio, disse que a grita que vem ocorrendo contra a empresa estatal, por causa de duas contas de luz aparentemente sucessivas, é decorrente da transição do antigo sistema de faturamento de leitura manual para o digital.
No sistema manual, o leiturista tinha que ir à residência do consumidor; fazia a leitura; levava a leitura para digitação manual no sistema; havia uma crítica (verificação se a leitura era feita não muito acima nem muito abaixo do histórico do consumo); depois era elaborada a fatura, o que gerava um lote enviado aos Correios para entrega. Todo esse processo, lembrou o assessor demandava em torno de 20 dias.
Hoje, registra Edmundo, o leitura vai à residência, faz a leitura, há a crítica, a fatura é impressa instantaneamente e entregue em apenas cinco dias.
Edmundo informou que as contas de outubro ainda estão sendo faturadas pela forma antiga, entregues no prazo de 20 dias. Já as de novembro, entregues instantaneamente.
Há também os consumidores que pedem o vencimento das suas contas de luz num determinado dia. A esses as contas são entregues na data certa, independentemente do dia da fatura. O assessor Edmundo alertou que quem não está no sistema de data preestabelecida e queira ser incluído, é só ir à CEA para adotar o procedimento.
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