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Dalva cobra garantia das conquistas e respeito à diversidade

No Dia Internacional da Mulher, ex-deputada afirma que o futuro das próximas gerações passa por uma boa educação


A atual Secretária Municipal de Educação, Dalva Figueiredo (PT), afirmou na manhã desta terça-feira, 08, no programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90.9), que o futuro das próximas gerações passa por uma boa educação, e reclamou das diferenças ainda existentes no tratamento profissional das mulheres. No Dia Internacional da Mulher, comemorado hoje, a ex-deputada federal cobrou políticas públicas eficazes para garantir as conquistas das mulheres em todos os setores e pediu respeito à diversidade.

“Este é um dia muito especial, porque mostra a importância e a contribuição da mulher para a sociedade; mais ainda: lembra uma das mais importantes conquistas da mulher, no final do Século 19 e início do Século 20, que foi o direito do voto, quando as mulheres começaram a ir às ruas pelo direito ao voto, pelas melhorias das condições de trabalho e igualdade de gênero”, ressaltou Dalva, para completar: “Até os dias atuais mudou muita coisa; a mulher vota, conquistou espaço no mercado de trabalho, deixou de ser uma mera recebedora de ordem masculina e desempenha funções e ocupa cargos antes exclusivos dos homens, mas ainda há muita coisa a ser feita, como, por exemplo, a igualdade dos salários entre homens e mulheres, que infelizmente ainda são muito desiguais”.

Dalva, que exerceu dois mandatos de deputada federal, um de vice-governador e nove meses como governadora do Amapá, destacou que, mais do que buscar mais espaços, o importante é lutar pelas conquistas já garantidas: “Os espaços conquistados são significativos, e com a liberdade de organizar e de buscar o direito de votar e ser votada, o direito de participar, porque a mulher tem capacidade de ocupar seus espaços; temos que lutar pela garantia das conquistas, por conta do retrocesso e do conservadorismo explícito que existe; entretanto, isso exige que uma parcela maior da sociedade compreenda que nós, mulheres, temos os mesmos direitos dos homens e que podemos ocupar espaço na sociedade; além de compartilhar nosso útero gerando vidas, também compartilhamos em casa, no trabalho, na política, enfim, em todos os segmentos, seja a mulher publica ou anônima, fazendo discursos ou atuando em casa; temos um espaço enorme na sociedade; nosso compromisso maior não sé só o presente, mas sim com futuro das nossas gerações, ficando cada vez mais autônoma, para que possamos viver sem discriminação e sem preconceito, participando ativamente da sociedade.

Diversidade
Questionada pelo apresentador do programa, o jornalista Luiz Melo, sobre pesquisas dando conta do percentual significativo de jovens que dizem já ter se relacionado com pessoas do mesmo sexo, Dalva foi didática: “Eu entendo que a sociedade ainda sofre com o preconceito, com a discriminação; mulheres e homens têm que fazer suas escolhas, e nós temos que aprender a conviver com diferenças, pela liberdade de escolhas; se (a pessoa) escolheu namorar com alguém do mesmo sexo, temos que aceitar; e é importante dizer que a escola tem um papel fundamental para isso, porque o assunto tem que ser discutido abertamente, sempre mostrando que a sociedade pode conviver com as escolhas, sejam elas religiosas, políticas ou relacionadas a gênero”.

Para Dalva Figueiredo, uma das muitas distorções ainda existentes é a diferença de salários entre homens e mulheres. Para reverter o problema, ela pediu maior empenho da classe política, em especial com a votação de um projeto de lei que tramita no Congresso Nacional que determina isonomia entre salários de homens e mulheres que exercem as mesmas funções: “A diferença de salários ainda é muito grande, mas o problema pode ser facilmente resolvido a partir da boa vontade política, através da união de esforços no Congresso para a aprovação desse projeto de lei que obriga patrões a pagarem salários iguais aos seus funcionários, independentemente de gênero, porque nesse quesito há uma falha muito grande da classe política, que precisa valer esse direito”, conclamou.


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