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Defesa de Moisés reafirma que decisão da Alap será anulada pelo STF

Advogado Inocêncio Mártires garante nas redes sociais que prova da inocência do presidente deposto da Assembleia Legislativa já está com o presidente do Supremo tribunal Federal



Em reação à decisão do Plenário da Assembleia Legislativa (Alap), na sessão desta terça-feira, 29, que destituiu o deputado Moisés Souza (PSC) do cargo de presidente da Casa, o advogado Inocêncio Mártires usou as redes sociais para fazer publicamente a defesa do parlamentar: “A decisão de destituir o Deputado Moises Souza da presidência da ALAP não causa apreensão ao mandatário, porque, além as inúmeras impropriedades do procedimento, alvo de ações em curso no TJAP (Tribunal de Justiça do Amapá), o mérito é amplamente favorável ao parlamentar”, ressaltou.

Na mesma postagem, Mártires disparou: “A prova da inocência do mandatário está nas mãos do Ministro Presidente do STF e quem enviou esse acervo à Suprema Corte foi o PGJAP (Procurador Geral de Justiça do Amapá), fonte acima de qualquer suspeita”, complementando em seguida: “PROVA: Trata-se de relatório de auditoria do TCEAP (Tribunal de Contas do Estado do Amapá) afirmando que a controvertida “antecipação do duodécimo” ocorrida em 2015 foi CONTRA A LEI”.

Ainda na postagem, o advogado arremata: “Ou seja, não houve repasse da quota do duodécimo devido à AL AP meses de outubro, novembro e dezembro de 2015. Deus está vigilante”, para em seguida aditar, citando Francis Bacon, filósofo e político inglês: “A verdade é filha do tempo, não da autoridade”.

Desde que foi afastado cautelarmente da presidência da Alap, Moisés Souza tem se mantido arredio com a imprensa, mas tem se manifestado, pessoalmente e através de assessores, pelas redes sociais. Além de reafirmar inocência, o deputado vem fazendo graves acusações contra membros dos Executivo, Judiciário e Legislativo, como na tarde desta terça-feira, 29, em que Moisés Souza promete divulgar documentos que, segundo ele, provam “as falcatruas da facção Capiberibe e góes em  em conjunto com a Assembleia Legislativa, Tribunal de Contas do Estado, Ministério Público e alguns magistrados”.
 

Nota Oficial’
Na nota, emitida pelo gabinete do deputado, sob o título: ‘A espúria aliança Góes & Capiberibe’, Moisés se apresenta como vítima de uma grande articulação para tirá-lo do cenário político, em virtude da coragem que teve de enfrentar, enquanto fiscalizador do poder público, o governo de Camilo Capiberibe, e agora o de Waldez Góes. Ele também se apresenta, no documento, como fiscalizador do Tribunal de Contas e do Ministério Público Estadual.

O parlamentar chega a dizer que o governador Waldez afirmou para aliados ter influência no Judiciário do Amapá. “Recebi o áudio dessa revelação! No momento apropriado levarei ao conhecimento das autoridades competentes e principalmente da população’, diz a Nota Oficial.

Moisés Souza, de forma contundente, dispara: “por combater as ilegalidades dos administradores consegui a façanha de unir os governadores Waldez Góes e Capiberibe. Para viabilizar minha deposição, os grupos Capiberibe & Góes são um só corpo, a mesma alma, o mesmo propósito. Os ‘escândalos’ na Assembleia são usados para tapear o eleitor. Tirar o foco!”.
Ao finalizar a nota, o deputado faz uma série de indagações sobre a atual situação do estado, dirigindo as perguntas no sentido delas desembocarem na constatação dita por ele próprio de que nada melhorou no Amapá durante os 115 dias em que está afastado da presidência da Assembleia Legislativa.

“O motivo desse desastre administrativo é que Waldez Góes não é fiscalizado. O Tribunal de Contas não julga contas de nenhum administrador. Na Assembleia está tudo dominado pela base governista. O Ministério Público emprega toda sua energia para me incriminar de delitos que não pratiquei. Contra o atual governador o MPAP nada faz, da mesma forma como nada fez contra a administração de Camilo Capiberibe”, diz o parlamentar na Nota Oficial, para concluir: “Manterei firme a missão que Deus me confiou e continuarei lutando para salvar nosso estado dos saqueadores do erário. Não esqueçamos: ‘Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu. (Eclesiastes 3,1). O tempo do livramento está próximo! Em breve, toda a verdade se revelará!”.

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