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Desbarrancamentos continuam no Bailique e deixam o Arquipélago isolado

Defesa Civil garante que o Governo do Estado está adotando providências para ajudar os moradores

 


Ao longo da semana, o programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90.9) e o jornal Diário do Amapá vêm notificando a situação de caos vivenciada pela comunidade do Arquipélago do Bailique, em Macapá. Sem energia elétrica e sem água tratada há quase um mês, os moradores denunciam o descaso do Poder Público. Cerca de 13 mil pessoas estão isoladas, sem telefone e sem internet; sem estrutura para funcionar, as escolas estão fechadas, o que pode comprometer o ano letivo de milhares de crianças. O arquipélago possui 48 comunidades divididas em oito ilhas.
 
Na manhã desta sexta-feira, 22, o coordenador da Defesa Civil do Estado, tenente-coronel Medeiros foi entrevistado pela repórter Janete Carvalho. Ao vivo, ele explicou que todos os anos se repete na região um fenômeno chamado ‘Terras Caídas’. “Em 2015, cerca de 40 casas foram atingidas, segundo a Defesa Civil. Temos informações dando conta de que este ano, antecipando a ocorrência do fenômeno, está havendo desbarrancamentos constantes no local, que inclusive já derrubaram postes de concreto, provocando a interrupção no fornecimento de energia elétrica; por isso, nós já estamos mobilizados, planejando ações, estratégias, para agirmos no sentido de ajudar aquelas comunidades”.
 
De acordo com o coordenador da Defesa Civil, com a parceria de várias instituições, inclusive da área científica e tecnológica, o Governo do Estado vem agindo com muito empenho no sentido de estudar o fenômeno para buscar soluções: “Temos um Grupo de Trabalho que está muito empenhado no estudo desse fenômeno e buscando soluções; quanto à questão energética, queima de transformador não tem intervenção direta, mas faz parte da discussão do Grupo; quero deixar claro que na Defesa Civil estamos conseguindo aparato para agir preventivamente antes das chuvas”.
 
Medeiros explica que o fenômeno é de difícil compreensão, mas está sendo monitorado periodicamente: “Vamos voltar ao Bailique ainda na primeira semana de fevereiro. O Grupo de Trabalho tem a participação de todas as secretarias e órgãos do estado, coordenado pela defesa civil, além dos órgãos da área científica; estamos trabalhando, inicialmente, no sentido de compreender esse fenômeno, para então agirmos no sentido de fazer a sua contenção. Nós o enfrentamos de forma súbita no ano passado e atuamos nos bastidores durante o verão, sob os pontos de vista administrativo e legal, para podermos atuar agora”, ponderou.


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