Eleição da OAB Amapá passa a ser investigada pela PF
Após embates na Justiça Federal, no Conselho Federal e no voto, a eleição para a presidência da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional do Amapá, passa a ser alvo de investigação da Polícia Federal (PF).
Na última sexta-feira (11), enquanto a Comissão Eleitoral (CE) dava conhecimento da anulação dos votos obtidos pelo atual presidente Paulo Campelo, reeleito no dia l6 do mês passado, e declarava o advogado Ulisses Trasel, da Chapa 1, como eleito, Campelo estava na Superintendência da Polícia Federal tratando da abertura de um inquérito para apurar o desaparecimento de autos do processo eleitoral que estariam “guardados” no escritório da advogada Cleide Rocha da Costa, integrante da comissão.
Campelo afirma que a comissão eleitoral não tem mais atribuição para decidir sobre a eleição na Ordem, conforme decisão de Jorge Borba, conselheiro federal da OAB, com data de 9 de dezembro, que deferiu requerimento liminar ordenando a suspensão dos trabalhos da CE até a conclusão de inquérito policial que tramita na Polícia Federal.
Já a Comissão Eleitoral afirma que a decisão de Jorge Borba foi derrubada pela Terceira Câmara da Ordem, em defesa feita pelo advogado Ricardo Oliveira, integrante da chapa de Ulisses Trasel.
Paulo Campelo, que venceu a eleição de novembro com 633 votos, informou que ingressou junto ao Conselho Federal da OAB com um pedido de declaração de nulidade do ato da comissão eleitoral que anulou seus votos e declarou Ulisses Trasel vencedor da eleição com 607 votos. A ata da reunião de trabalho, com data de 7 de dezembro, é assinada pelos advogados Eide Figueira (presidente, que não votou), Cleide Rocha da Costa, Flávio Augusto Teixeira Dias e Sandro de Souza Garcia.
Para o atual presidente da OAB Amapá a medida tomada pela comissão eleitoral é ilegal. “Eles não deram publicidade da reunião e realizaram a mesma em local secreto, pois nada ocorreu na sede da Ordem, onde sequer estão os autos do processo eleitoral. Não passa de tramóia”, acusou Campelo.
Segundo Paulo Campelo, a partir desta segunda-feira (14) a Polícia Federal começa a ouvir integrantes da comissão eleitoral sobre o sumiço de autos do processo de eleição do escritório da advogada Cleide Rocha, de onde não teriam levado mais nada além de tais documentos.
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