Última Hora

Ericláudio diz: “cabo de guerra” vem desde operação Créditos Podres

Impeachment de Waldez


“Essa discussão vem de algum tempo, precisamente desde que houve a operação ‘Créditos Podres’, da Polícia Federal, em que foi detectada possível irregularidade em repasse de valores pelo governo do estado para a Assembleia Legislativa. Isso fez com que a própria Polícia Federal, Ministério Público e Tribunal de Contas pedissem informações ao governo, deslanchando aí toda uma discussão”.

A descrição acima foi feita ontem à noite, na Redação do Diário do Amapá, pelo líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Ericláudio Alencar, a propósito da abertura do processo de impeachment contra o governador Waldez Góes e o procurador geral do estado, Narson Galeno, ocorrida ontem no plenário da Casa de Leis.

A investigação realizada pela Polícia Federal no estado do Amapá foi concentrada em um grupo que teria lesado a Receita Federal em mais de R$ 12 milhões, tendo a Assembleia Legislativa como cenário e funcionários desse poder como protagonistas da fraude.

O deputado Ericláudio antecipou, ontem, que a Assembleia Legislativa recebeu antecipações duodecimais ao longo do corrente ano, adiantando que essa prática, sem autorização legislativa, é uma velha praxe no estado do Amapá. “Todos os poderes tiveram adiantamento para fechar no fim do ano com o montante que cabe a cada um”, completou o líder.

Qualificando a questão como um cabo de guerra entre a Assembleia Legislativa e o governo do estado, o deputado Ericláudio Alencar disse que a Casa de Leis invoca que os rapasses feitos pelo governo não atendem à rubrica de antecipações duodecimais, mas parte que cabe àquele poder do superávit do governo do estado em 2014 na ordem de três bilhões de reais.

O governo do estado, por sua vez, disse o líder na Assembleia Legislativa, entende os repasses como antecipações duodecimais de 2015, desde agosto, uma vez que o superávit governamental, na verdade, ressaltou o deputado, foi uma estimativa contábil não convertida em financeiro. “O governo do Camilo deixou o cofre completamente vazio”, revelou Ericláudio.

O líder do governo também revelou que o repasse antecipado do Executivo ao Legislativo, a título de duodécimo, não é de 18 milhões de reais, mas 26 milhões. “O governo do estado tem documentos comprovando isso”, afirmou o deputado Ericláudio Alencar.


Deixe seu comentário


Publicidade