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GEA confirma que perdas na arrecadação impedem reajustes de salários

Apesar de ratificar a Nota Técnica da equipe econômica, Teles Júnior pondera que palavra final será do governador Waldez Góes.

 


O titular da Secretaria de Estado de Planejamento (Seplan) Antônio Teles Júnior, confirmou na manhã desta terça-feira, 22, no programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90.9), que o agravamento da crise com a significada perda de arrecadação do Governo do Estado pode impedir reajustes salariais do funcionalismo, inclusive o reajuste anual da data base. Ele ponderou, entretanto, que essa previsão na Nota Técnica emitida pela equipe econômica, que possui seis páginas com medidas para o enfrentamento da recessão, com o título ‘Ações necessárias para o Enfrentamento da Crise Conjuntural’ não é definitiva, porque sua efetivação depende de avaliação pessoal do governador Waldez Góes.
 
“Estamos em um processo de renegociação da dívida com a União que nos obriga uma série de medidas urgentes de contenção de gastos; não adianta demagogia nesse momento de muitas dificuldades porque o contexto exige que isso seja feito; o governo já perdeu significativos R$ 127 milhões só nos dois primeiros meses deste ano em duas das suas principais fontes de arrecadação. Temos que adotar medidas urgentes, e já começamos a fazer isso, tudo com muita responsabilidade, pensando não apenas na economia, mas seguindo as diretrizes do governo, buscando não comprometer o funcionalismo público e os programas sociais. Quero deixar claro, porém, que as medidas sugeridas na Nota Técnica ainda serão avaliadas pelo governador Waldez Góes, que dará a palavra final”, pontuou.
 
Para Teles Júnior, a crise econômica e financeira só será contida após a solução definitiva da crise política, com a retomada, pelo Congresso Nacional, da votação de projetos que têm o condão de ‘estancar a sangria’ da economia: “Existe um pacote de ajuste fiscal parado no Congresso Nacional; enquanto não se decidir a questão do impeachment esse pacote não entra em pauta, apesar de todos sabemos que vai continuar havendo frustração de receita; hoje, por exemplo, o Nelson Barbosa (Ministro do Planejamento) disse que não desistiu da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras). Na realidade, ninguém desistiu, porque esse imposto iria nos ajudar muito, porque parte da arrecadação cairia nos cofres dos governos estaduais e municipais; mas enquanto congresso não restabelecer pauta para votação vamos ter dificuldades”, previu.


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