Ministério da Saúde confirma casos de microcefalia no Amapá
Em todo o Brasil, 4.046 casos suspeitos de microcefalia estão em investigação, de acordo com o novo boletim divulgado na terça-feira (5/4) pelo Ministério da Saúde (MS).
Boletim do Ministério da Saúde, atualizado até o dia 2 de abril deste ano, aponta que o Amapá está com dois casos de microcefalia em investigação e três casos confirmados.
Em todo o Brasil, 4.046 casos suspeitos de microcefalia estão em investigação, de acordo com o novo boletim divulgado na terça-feira (5/4) pelo Ministério da Saúde (MS). Desde o início das investigações, em outubro de 2015, até 2 de abril – foram 6.906 notificações em 1.307 municípios de todas as unidades da federação. Dos casos já concluídos, 1.814 já foram descartados e 1.046 foram confirmados para microcefalia e outras alterações do sistema nervoso, sugestivos de infecção congênita.
Destes, 170 já tiveram confirmação laboratorial para o vírus Zika. Nestes casos, foi realizado exame laboratorial específico para o vírus Zika. No entanto, o Ministério da Saúde ressalta que esse dado não representa, adequadamente, a totalidade do número de casos relacionados ao vírus. Ou seja, a pasta considera que houve infecção pelo Zika na maior parte das mães que tiveram bebês com diagnóstico final de microcefalia.
Até o dia 2 de abril, foram registrados 227 óbitos (fetal ou neonatal) suspeitos de microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central após o parto ou durante a gestação (abortamento ou natimorto). Destes, 51 foram confirmados para microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central. Outros 148 continuam em investigação e 28 foram descartados.
O Ministério da Saúde afirma que está investigando todos os casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso central, informados pelos estados, e a possível relação com o vírus Zika e outras infecções congênitas. A microcefalia pode ter como causa, diversos agentes infecciosos além do Zika, como Sífilis, Toxoplasmose, Outros Agentes Infecciosos, Rubéola, Citomegalovírus e Herpes Viral.
O ministério orienta as gestantes adotarem medidas que possam reduzir a presença do mosquito Aedes aegypti, com a eliminação de criadouros, e proteger-se da exposição de mosquitos, como manter portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes permitidos para gestantes.
Outro estudo realizado por um grupo de pesquisa sobre a epidemia de Zika (MERG) apontou que, de 100 mães de crianças com microcefalia entrevistas no Estado de Pernambuco, 59 notaram a presença de exantema (erupção cutânea) durante a gravidez, sintoma comum em pessoas infectadas pelo vírus Zika. A pesquisa foi publicada em uma revista científica do Centro de Controle e Prevenção de Doenças Transmissíveis (CDC), dos Estados Unidos.
Distribuição dos casos notificados de microcefalia por UF, até 2 de abril de 2016
Regiões e Unidades Federadas |
Casos de Microcefalia e/ou malformações, sugestivos de infecção congênita |
Total acumulado1 de casos notificados de 2015 a 2016 |
||
Em investigação |
Confirmados2,3 |
Descartados4 |
||
Brasil |
4.046 |
1.046 |
1.814 |
6.906 |
Acre |
30 |
1 |
2 |
33 |
Amapá |
2 |
3 |
0 |
5 |
Amazonas |
11 |
1 |
1 |
13 |
Pará |
23 |
1 |
0 |
24 |
Rondônia |
5 |
3 |
4 |
12 |
Roraima*6 |
16 |
0 |
0 |
16 |
Tocantins |
116 |
0 |
17 |
133 |
Região Norte |
203 |
9 |
24 |
236 |
Fonte: Secretarias de Saúde dos Estados e Distrito Federal (dados atualizados até 2/04/2016).
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