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Plano de fusão de secretarias gera revolta no governo

Inviabilizaria estrutura que vem sendo montada para a execução da cultura no estado.


 

O plano do governo do estado do Amapá de fundir as secretarias de cultura e de esporte e lazer, e de nesse processo incluir as secretarias extraordinárias da mulher, afrodescendentes, povos indígenas e da juventude, teve ontem o primeiro sinal de que a formalização da junção não deverá ser aceita passivamente.

Uma reunião no Conselho Estadual de Cultura, no fim da tarde, deu o tom da resistência que deverá acontecer ao plano governamental com a finalidade de conter despesas, tendo a crise como pano de fundo.

De acordo com o que já está escrito na administração estadual, a Secretaria de Desporto e Lazer e a Secretaria de Cultura serão fundidas em novo orgão, a Secretaria de Estado de Cultura, Desporto e Lazer. No processo de fusão, também será criada a Secretaria de Direitos Humanos, absorvendo as atividades das secretarias extraordinárias da juventude, afrodescendentes, povos indígenas e da mulher.

Da reunião no Conselho Estadual de Cultura, ontem, participaram o secretário estadual de cultura, Disney Silva; o secretário estadual de desporto e lazer, Adinoelson Trindade; secretária extraordinária de políticas afrodescendentes, Núbia Souza; representantes de segmentos de vários setores culturais, desportivos e de lazer; e a deputada estadual Roseli Matos.

O conselho Estadual de Cultura, na pessoa do presidente João Porfírio Popó, bateu o martelo, manifestando-se frontalmente contra a medida, entre outros motivos, por dilacerar toda estrutura do setor que vem sendo montada, como por exemplo o ‘Plano de gestão estratégica do ano 2016’, recentemente lançado pelo secretário Disney Silva. O plano é inédito na história da cultura oficial do Amapá.

O secretário Disney lamentou a intenção do governo, bem como o titular da Secretaria de Estado do Desporto e Lazer, Adinoelson Trindade. Ambos confirmaram o plano de fusão no primeiro escalão do governo do estado, assim como a secretária extraordinária de políticas afrodescendentes, Núbia Souza.

O presidente do Conselho, João Porfírio, também invocou o Projeto de Lei Nº 119, elaborado pela deputada Roseli Matos, que cria o Sistema Cultural do Estado do Amapá. Popó alertou que a extinção da Secretaria de Cultura inviabilizaria o Sistema Cultural em processo de tramitação na Assembleia Legislativa.

Roseli se comprometeu em agilizar a discussão do projeto de sua autoria, com o propósito de logo entrar na pauta para votação plenária. A parlamentar prometeu que já nesta quinta-feira, 7, levantará o assunto no Poder Legislativo.


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