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Randolfe afirma que o fim da corrupção só é possível com novas leis

Escolhido pelo Ministério Público Federal para defender projetos de iniciativa popular, senador amapaense diz que a legislação brasileira atual incentiva a corrupção


Ao comentar sua escolha para defender no Senado as chamadas ’10 medidas contra a corrupção’ do Ministério Público Federal (MPF), com um conjunto de 20 projetos de lei contra a corrupção, o senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP) afirmou na manhã desta sexta-feira, 11, no programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90.9), que a única maneira de estagnar o que chamou de ‘sangria nos cofres públicos’ é a criação de novas leis porque, segundo ele, a atual legislação em vez de combater acaba por incentivar a prática da corrupção.
 
“Estou muito honrado por ter sido escolhido pelo Ministério Público Federal para protocolizar esses 20 projetos de lei que receberam mais de 1 milhão e 600 mil assinaturas da população. Trata-se de ferramentas oportunas para o combate a esse mal que atinge de forma impactante o país e tanto mal causa ao povo brasileiro; é importante frisar que não basta apenas a aguerrida ação dos promotores, dos policiais federais, dos juízes, que de uma certa forma está passando a limpo; é preciso termos uma legislação forte, suficientemente capaz de dar suporte a esse brilhante trabalho que está sendo feito pelo MPF, porque essas ações, sem uma legislação focada no combate ao problema, de forma isolada, não terão o resultado que o Brasil tanto precisa”, pregou.
 
O senador adiantou que no próximo dia 29 de março os 20 projetos, já protocolizados no Senado, serão entregues oficialmente ao presidente do Congresso, Renan Calheiros. “Teremos um ato conjunto com a Frente Mista de Combate à Corrupção no dia 29 deste mês, quando faremos a entrega ao presidente do Senado as 10 medidas propostas pelo Ministério Público Federal com o aval de mais de 1 milhão e 600 mil brasileiros; na realidade, essas 10 medidas estão contextualizadas em 20 projetos de lei; a partir daí, mobilizaremos toda a população para pressionar o Congresso no sentido de dar celeridade à tramitação, coisa, aliás, que não é nada fácil por falta de vontade política, tanto que várias dessas propostas já foram apresentadas há 10, 15, 20 anos tanto na Câmara como no Senado e a maioria sequer tem relator escolhido, como duas propostas de minha autoria, uma delas com o atual governador Pedro Taques (do xxx).
 
Para Randolfe, é preciso que a população se mobilize para que esses projetos sejam aprovados: “Esses projetos foram encampados pela sociedade brasileiro, por isso são projetos de iniciativa popular; em se tratando de projetos propostos pela população, a população tem que cobrar, tem que acompanhar a sua tramitação, porque quando se trata de proposta de combate à corrupção esses projetos não andam no Congresso por falta de vontade política; é preciso que todas se conscientizem que esses projetos não são de autoria de um parlamentar ou de uma instituição, e sim da sociedade, e são ferramentas vitais para se combater a apropriação da coisa publica por alguns; mas esses projetos só poderão avançar se houver colaboração da sociedade”, pediu.


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