Randolfe critica MP da Eletrobras e acusa o governo de sucatear setor elétrico
De acordo com o senador, o governo mente ao afirmar que, se a Eletrobras não for vendida, o Brasil sofrerá apagão e aumento nas tarifas de energia elétrica.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) criticou duramente em Plenário o avanço da medida provisória (MPV) 814/2017, que permite a privatização da Eletrobras. Aprovada nesta quarta-feira (9) pela comissão mista encarregada de examiná-la, a medida segue para os plenários da Câmara e do Senado. De quatro artigos, o texto passa para quase 30, na forma do projeto de lei de conversão do deputado Júlio Lopes (PP-RJ).
Randolfe também acusou o presidente da República, Michel Temer, de nomear Moreira Franco como ministro de Minas e Energia para livrá-lo da prisão, por meio do foro privilegiado. Além disso, afirmou Randolfe, Moreira atende a interesses privados, e não aos do país.
De acordo com o senador, o governo mente ao afirmar que, se a Eletrobras não for vendida, o Brasil sofrerá apagão e aumento nas tarifas de energia elétrica. Randolfe afirmou que isso já acontece devido ao sucateamento do setor elétrico do país.
Na opinião do senador, o Executivo quer diminuir a proteção social dos brasileiros e enriquecer algumas poucas pessoas beneficiadas com este negócio. Para ele, apesar de repetir que a privatização trará melhorias, como redução da conta de luz ou aumento de empregos, não existe nenhum dado concreto que comprove os argumentos do governo.
— Não se trata de nenhum dogma, mas se trata que neste caso o interesse que leva à privatização da Eletrobras. E [são] somente os interesses ilegítimos de ‘legitimarem’ negócios. Negócios capitaneados pelo presidente da República, negócios capitaneados pelo senhor ministro de Minas e Energia — afirmou.
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