Entrevistado desta semana nas páginas amarelas da Revista Veja, o senador Randolfe Rodrigues fez uma análise ampla e profunda da realidade política brasileira. Para o Brasil, ele defendeu a democracia sem horizontalidade, sem reis ou caciques, que garanta o pluralismo e a cultura de paz como meio de solução de conflitos, e que lute, sempre, pela eliminação da pobreza e da miséria.
Sobre o ex-presidente Lula, ele condenou duramente a relação estabelecida com o alto empresariado, com ênfase em contratos de consultoria e palestras para empresas que se beneficiam de contratos com o governo federal.
O senador deixou bem claro que não vê elementos de convicção, pelo menos por enquanto, para justificar um processo de impeachment contra a presidente Dilma Roussef. Na outra ponta do iceberg, entretanto, ele vê provas contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e é favorável ao impeachment.
Ao falar sobre a corrupção que se alastra no país, com fortes e gigantescos tentáculos no Congresso Nacional, Randolfe Rodrigues disse temer que a sociedade seja contaminada, afirmando que o Senado vive, hoje, uma das piores legislaturas de toda a sua história, porque é protagonista desse quadro,através do toma-lá-dá-cá, trocando votos por favores do governo, através de chantagens políticas.
Randolfe lamentou, ainda, que a crise financeira esteja fazendo com que os mais pobres percam o que ganharam, e a democracia estás ameaçada pela apropriação da coisa pública. Para o Senador, a crise tende a piorar, porque, no entendimento dele, a política econômica do governo é equivocada.
Um perfil dramático, é certo, mas verdadeiro, inteligente e irretocável do país contemporâneo feito por um Senador da República que representa este pedaço do chão brasileiro encravado na floresta amazônica, que muito orgulha a população amapaense.
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