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Ruy Smith confirma pré-candidatura pelo PSB à Prefeitura de Macapá

Ex-deputado estadual revela que inicia negociações para formar um grande arco de alianças


“Fui duas vezes deputado estadual, trabalhei seis anos como funcionário da Prefeitura de Macapá no departamento de estradas, dirigi o antigo DER (Departamento Estadual de Estradas de Rodagem) e o Detrap (Departamento de Transportes do Estado), e presidente da Caesa (Companhia de Água e Saneamento do Amapá). Tenho, portanto, experiência política e administrativa para pleitear o cargo de prefeito, experiência essa que me foi possibilitada pelo PSB. Por isso, sou pré-candidato, sim, a prefeito de Macapá”.
 
A declaração foi feita na manhã desta sexta-feira, 22, no programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90.9) pelo ex-deputado estadual Ruy Smith. Segundo ele, o anúncio oficial de sua pré-candidatura vai ser feito às 18h desta sexta, na sede do partido, no bairro do Laguinho. “Eu sou das fileiras do partido há muito tempo; essa militância de muito anos no partido permitiu a formação de muitos quadros, inclusive eu, que sou das fileiras do partido há muito tempo; teremos essa agenda na sede do partido as 18h de hoje, com a presença de todas as nossas lideranças, como o Capí (senador João Capiberibe), a Janete (deputada federal), o Camilo (ex-governador), a Cristina (deputada estadual) e os vereadores Neusinha, Alan e Washington, quando acontecerá a nossa primeira grande plenária de 2016, que vai ser o ponto inicial pra gente marchar em direção às eleições municipais, com um amplo debate com a militância’.
 
Questionado pela bancada do programa se a sua pré-candidatura não seria um ‘balão de ensaio’ considerando o surgimento de vários outros pretensos candidatos no partido, Ruy Smith disparou: “Minha pré-candidatura está confirmada; não é ‘balão de ensaio’; o PSB já teve oportunidade de mostrar outras pessoas; a deputada Cristina já foi candidata, qualquer pessoa formada no partido pode tentar candidatura; ‘balão de ensaio’ poderia acontecer 22 anos atrás quando iniciei no partido, mas a experiência, a militância politica não pode ser considerada balão de ensaio; os que acham isso vão se surpreender enfrentando um partido, um candidato com grandes chances de vencer, por terem menosprezado, diminuído o protagonismo do PSB”.
Ao analisar o quadro político atual com foco em eventuais alianças, Ruy Smith afirmou que o momento é de atrair partidos e lideranças: “Os partidos de esquerda estão bem distantes hoje, isso é um fato, é a realidade; tem um grupo que faz parte do PDT (partido do governador Waldez Góes), mas há outros grupos que estão aguardando o momento político oportuno para se decidir. O que a gente tem percebido ao longo desses anos de eleições municipais e estaduais é que há uma aglutinação natural em torno daqueles que detém o poder, como agora, com o Clécio (prefeito de Macapá) e o Waldez; mas à medida que se aproxima a eleição, automaticamente passa a ocorrer movimentação e articulação para fazer coligação. Esses partidos que estão hoje ao redor do poder estadual e municipal vão perceber as chances de sucesso e definir por qual candidato optar para poder se empoderar. A gente não fica preocupado se vai sair sozinho ou não; este é o momento de iniciar as conversas com foco em coligação, vislumbrando não apenas a eleição do prefeito, mas também na de vereadores”.
 
Dificuldades para governar
Sobre o seu projeto caso se consolide a pré-candidatura, Ruy Smith previu muitas dificuldades para Macapá: “O prefeito atual pediu 100 dias para resolver todos os problemas de Macapá, e não conseguiu concretizar esse objetivo; eu digo que na situação que Macapá está não tem essa varinha de condão, mágica, para solucionar tantos problemas que o município enfrenta; a primeira medida a tomar é avaliar os gastos da prefeitura, que tem uma receita relativamente pequena pras suas necessidades; tem custos fixos que poderiam ser reduzidos para fazer investimentos. O primeiro momento é de planejamento e avaliação pra poder agir, porque, afinal, ninguém pode confiar, acreditar que algum prefeito dará as soluções que Macapá precisa de imediato, principalmente nas áreas de infraestrutura, aparelhos públicos, ruas, asfalto, baixadas, praças, no transito, no transporte publico; esses problemas não vão ser resolvidos em curto prazo”.
 
A receita, na opinião de Smith, é focar, prioritariamente, no controle de gastos: “No primeiro momento o gestor tem que ver principalmente as suas despesas e receitas, buscar reduzir o custo fixo pra poder desenvolver alguma coisa. Quando o Clecio saiu do PSOL para buscar outro partido, por exemplo, dizendo que ao sair do PSOL estava optando por Macapá, levando em conta que Macapá é totalmente dependente do governo federal, ele cometeu um grave erro; não podemos eleger um prefeito que declara que é inteiramente dependente do governo federal, porque a cidade é, na realidade, muito, fortemente dependente do prefeito”.
 
Quanto à mudança de discurso, considerando que ele é conhecido por suas posições firmes e duros no parlamento estadual, Ruy Smith explicou: “A experiência me diz que o trabalho político não se dá pela veemência dos ataques, mas, sim, pelas convicções das ideias. Eu percebo que quem ganha governa; quem perde fiscaliza. Como o meu partido perdeu naquelas duas ocasiões eu tive que agir; nunca ataquei pessoas, sempre defendi ideias. Quem quer unir, e tudo depende da unidade de toda a sociedade, dos empresários e da classe politica – e o PSB gosta dos empresários; eu particularmente adoro os empresários porque eles gera, riquezas para o município, para o estado; todos são importantes no contexto; e eu não sou palmatoria do mundo pra ficar atirando nos outros, tanto que eu nunca construí arestas com pessoas pra me terem como inimigo; por isso nossa bandeira maior é discutir ideias e soluções para Macapá”.

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