Teles Júnior diz que GEA se empenha para garantir a folha de pagamento
Secretário de planejamento descarta parcelamento de salários, como já fazem alguns estados
O titular da Secretaria de Estado de Planejamento (Seplan), Antônio Teles Júnior, admitiu na manhã desta segunda-feira, 1, no programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90.9), que a crise financeira é cada vez mais grave graças à redução dos repasses constitucionais (FPE e FPM) para estados e municípios. Ele garantiu, entretanto, que pelo menos por enquanto está descartada qualquer possibilidade de parcelamento dos salários dos servidores.
“O governo do estado está trabalhando intensamente para que as consequências da crise econômica e financeira não sejam ainda mais impactantes para a população do Amapá; a maior preocupação do governador Waldez Góes e de toda a equipe do governo é evitar que esses problemas atinjam diretamente o funcionalismo, como está acontecendo com a grande maioria dos estados brasileiros, que estão parcelando os salários; o empenho da equipe e a conjuntura política do Amapá estão conseguindo evitar essa medida extrema; várias são as ferramentas que estamos utilizando, como agora, com o escalonamento de pagamentos, que oportunizou o pagamento integral da folha dos efetivos nesse sábado e permitiu que garantíssemos o pagamento de contratos administrativos e comissionados para os próximos dias”, relatou.
Teles Júnior comentou, também, sobre o parlamentarismo, sistema de governo que começa a ser discutido e ganhar força em Brasília: “Discutir parlamentarismo com o sistema multipartidário que temos não é o adequado; isso seria uma colcha de retalhos por ser muito difícil estabelecer maioria em cima desse pluripartidarismo; o debate correto não é esse; o caminho é fortalecer os quadros partidários para que se deixe de pensar como grupos, e sim no coletivo; o que falta atualmente é ideologia; o que tem que se fazer é estabelecer cláusulas de barreiras para conter a proliferação de partidos de aluguel”, receitou.
O quadro de insolvência no Brasil preocupa o Secretário: “Estamos tendo em todos os estados brasileiros uma frustração de receita muito grande; hoje mesmo os governadores de todos os estados estão em Brasília, numa reunião de emergência justamente para discutir os efeitos da crise. É um quadro de insolvência generalizada de todos os estados; uns mais, outros menos; o certo que é que todos dependem de repasses da União. Trata-se de uma crise violenta provocada pela conjuntura do país; não adiante culpar ‘a’ ou ‘b’; e as projeções não são nada animadoras, porque todas as metas estabelecidas para este ano já foram estouradas em janeiro, fazendo com que a expectativa de infração e défict público seja cada vez maior; é um problema grave que está tendo e terá reflexos ainda maiores para toda a sociedade”, diagnosticou.
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