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Trabalhador detido em carvoaria denuncia trabalho escravo e in

Mais de trezentas sacas de carvão produzido clandestinamente foram apreendidas pelo Batalhão Ambiental em propriedades no distrito de Fazendinha



(Foto - Jair Zemberg)

A apreensão de mais de trezentas sacas de carvão vegetal em propriedades particulares no distrito de Fazendinha, distante nove quilômetros de Macapá, revelou um esquema criminoso naquela região, e que depõe contra o meio ambiente e o próprio ser humano, tanto nas questões de saúde, quanto de trabalho escravo.

A apreensão ocorreu nesta quinta-feira, 19, e foi realizada por homens do Batalhão Ambiental da Polícia Militar. Segundo o sargento Rodrigo Monteverde, denúncias anônimas levaram os policiais ao local. “Moradores nas proximidades relataram dificuldades em face do fumaceiro provocado nas caieiras clandestinas. Para nossa surpresa, ao chegarmos nessas áreas, vimos que o problema é bem maior”, disse o sargento.

Assim que a polícia chegou, as pessoas que faziam a queima da madeira fugiram para as áreas de mata. Apenas uma delas aguardou os policiais. O homem – que não teve a identidade revelada – disse que os trabalhadores vivem em regime de semi-escravidão, já que ganham um valor ínfimo pela produção. Segundo a testemunha, cada carvoeiro ganha R$ 0,12 por saco de 3 kg produzido. Ao Diário, o homem revelou que crianças de até seis anos trabalham na linha de produção.

Os trabalhadores também não têm qualquer tipo de equipamentos de segurança. Os policiais do BA constataram, ainda, que nenhuma das propriedades denunciadas tem licença ambiental emitida pelos órgãos competentes, o que é mais um agravante.

O relatório confeccionado pelo Batalhão Ambiental, inclusive com registro fotográfico, deverá ser encaminhado à Delegacia Especializada em Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema). O trabalhador detido foi ouvido em depoimento e liberado. A polícia está trabalhando na identificação dos donos das propriedades.


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