Turismo

UM ‘NOVO’ TRAPICHE

Eliezer Levy de cara nova a partir do dia 19


CLEBER BARBOSA
EDITOR DE TURISMO

Uma placa com a singela frase “estamos em contagem regressiva” demonstra bem a expectativa da própria empresária que arrendou o Trapiche Eliezer Levy, na orla de Macapá. Trata-se de Mônica Rocha, que também é representante de uma das maiores operadoras de turismo do país, a CVC, no Amapá. Ela confirma para o próximo dia 19 de janeiro a entrega da primeira etapa da revitalização de um dos principais pontos turísticos da capital do estado, conforme licitação promovida pelo estado através da Secretaria Estadual do Turismo (Setur).

Mônica esteve no rádio no fim de semana, concedendo entrevista ao programa Conexão Brasília, da Diário FM. Na entrevista, deu mais detalhes a respeito do projeto, dividido em três etapas distintas. A primeira, deverá ser entregue na sexta-feira e consiste na reabertura da sorveteria, agora repaginada como um “café coworking”, com um mix de opções, inclusive sorvete, terá também um boxe de informações turísticas, onde as pessoa poderão ter acesso a internet e espaço para trabalhar suas produções profissionais, com vistas para o majestoso rio-mar, claro. No espaço gourmet, na segunda fase da obra, os turistas terão a oportunidade de degustar da culinária amapaense e dos saborosos sorvetes, além de artesanato local, e apresentações culturais. “Teremos no espaço da frente um ponto de venda de agenciamento de viagens com venda de pacotes da CVC Viagens, receptivo local, e micro centro histórico cultural com oficinas de artesãos a serem realizadas dentro do bondinho revitalizado para esta finalidade”, diz Mônica.

Cruzeiros
A segunda etapa é a recuperação do restaurante – na outra extremidade do trapiche – só que num conceito maior, multiuso, onde serão comercializados alimentos e lanches, mas também aliado a um espaço cultural, com direito a palco para apresentações de artistas locais. Já a terceira etapa é a mais complexa e depende da chamada parceria público-privada. “Queremos transformar o trapiche Eliezer Levy no maior centro de navios de cruzeiros do país, por sua localização geográfica, na Foz do Amazonas, então estar na Amazônia seria também estar no estado do Amapá, necessariamente”, diz ela, que lembra ainda que tecnicamente os transatlânticos não foram projetados para singrar as águas com a densidade dos rios amazônicos, daí ser importante essa parada em Macapá.

 

Cantora Patrícia Bastos e família estarão na festa

O Pier Rio Amazonas será inaugurado sobre o principal ponto turístico da capital amapaense, o Trapiche Eliezer Levy, onde lá está sendo criado um novo conceito para o turismo amapaense, transformando-o em um verdadeiro Complexo Turístico.

O local irá oferecer um mix de serviços como Agência de Viagens e Receptivo autizado da CVC, Cafeteria, Coworking, Lounge Bar, Música ao vivo, Restaurante e Sorveteria. Terá uma rica agenda cultural com valorização dos artistas locais através de oficinas de artesanato, sarau e exposições diversas. Tudo sendo realizado no espaço do complexo e no interior do bondinho ainda em revitalização.

Segundo a empreendedora do espaço, Mônica Rocha, a regionalidade amapaense com um toque de modernização e tecnologia é o que irá proporcionar qualidade de serviço aos turistas e à sociedade amapaense. “E pra inauguração desse espaço teremos o Show Na Beira do Rio, com Patrícia Bastos, Oneide Bastos, Paulinho Bastos e Alejandro Cadena”, diz a empresária, que confirma o início para às 20 horas de sexta-feira.

 

Uma história rica para se construir uma relação com o maior rio do mundo

A frente de qualquer cidade banhada por um caudaloso rio é sempre uma referência para seus moradores e especialmente para os turistas. Em se tratando portanto do maior rio do mundo, o Amazonas, Macapá não poderia ser diferente, daí ao logo da história ter organizado espaços de contemplação e acesso à nevegação. O Trapiche Eliezer Levy foi construído em 1938, em Macapá, pelo então prefeito Moisés Eliezer Levy, com verbas oriundas do Governo do Estado do Pará, e por ordem do então interventor do Pará, Magalhães Barata. Sua construção inicial foi toda em madeira.

A obra, antes de ser construída foi submetida à Marinha Brasileira, que a inviabilizou em razão da frente de Macapá ser bastante rasa para atracadouro de embarcações que, no período da maré baixa, tinham que ficar a mais de mil metros de distância da orla de Macapá. Desrespeitando a orientação da Marinha Brasileira, o interventor resolveu autorizar a construção do trapiche, que ficou construído em madeira até 1998, quando sua estrutura foi substituída por uma em concreto, com a disposição de um bondinho para transportar turistas do inicio até o fim, onde tem uma estrutura de restaurante.

Com a transformação de porto para um complexo turístico, tendo toda a revitalização em concreto, as embarcações que antes paravam no trapiche passaram a desembarcar em duas rampas situadas na orla do Santa Inês. Situa-se na capital Macapá, na Avenida Beira-Rio, em frente ao tradicional Macapá Hotel.

NÚMEROS

– Bem ao lado do trapiche está a Pedra do Guindaste, outro monumento dentro do Rio Amazonas e que acabou se tra sformando num dos cartões portais de Macapá.
– Trata-se de uma pedra muito grande e sobre ela encontra-se a imagem de São José abençoando a cidade, feita pelo escultor português Antônio Ferreira da Costa.
1958
Ano da inauguração da Pedra do Guindaste.

* Colaborou Edgar Rodrigues.


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