Osmar Júnior

Indiéra

Uma grande tempestade solar um dia atingirá a terra, e tudo terá que recomeçar. A humanidade renascerá para um mundo novo. Será que esse é o acontecimento que a história humana perde sempre? Uma nova ordem é criada? Um novo Adão e Eva, uma nova gênese? Uma coisa é certa: cada geração ou civilização tem seu próprio apocalipse. O planeta mostra sinais de sobrecarga, e mudanças no clima são anunciadas. O homem corre no dia a dia para se manter com sua vida simples ou luxuosa, sem se aperceber dessas coisas. Os países ricos corroem o planeta, o povo adora tudo que é fácil, trivial, não lê e não escuta nada inteligente, e prefere as idiotices das redes sociais, e a usam para divulgar até quando vão ao sanitário, postando e lendo besteiras o dia todo.

O mundo financeiro bateu no teto, intolerância religiosa por toda parte, guerras à vista, e a gente não evolui na política porque não sabemos escolher homens dignos para isso. Passamos a necessitar de muitos artigos para viver em sociedade. Até o índio, que vivia da natureza, passou a querer demais os itens da moda e da tecnologia, e se entregou ao vício do consumo industrial. INDIÉRA, meu novo trabalho, é uma denúncia não só das agressões ao meio ambiente do Amapá, mas do estranho silêncio das autoridades perante os projetos que vêm das soluções desesperadas de um país que há muito tempo é um barco que faz água na área da energia. A mensagem é: volte aos santuários, diminua o desperdício de tudo, olhe mais ao seu redor, cultive o belo que vem do espírito, plante e colha, volte a ser índio. Aqui ainda é turva a resposta sobre o nosso destino. Esses projetos pagarão pelo prejuízo ambiental do Amapá? Ou ficaremos assim? Afinal, custou caro o rio Araguari, e custarão caro também nossos campos de cerrado.

O pinho e a soja, quanto emprego há nisso? Quanto investimento social e cultural para o Amapá? Então mando, através de clips, uma carta denúncia poética para chamar a atenção do mundo para o que está acontecendo aqui com os santuários ecológicos, com nossos rios, com nossas tribos, campos e reservas, com nosso espírito índio. Os institutos brasileiros de meio ambiente se calam diante do governo federal e o povo idem. Com os políticos calados vamos rumo ao pecado que fará do Amapá uma terra devastada, volto a dizer que o progresso só é viável com equilíbrio ambiental, com sustentabilidade e respeito aos povos que vivem aqui. Meus clips irão para as redes ainda neste ano. São pequenas cartas que fazem da música algo que pensa e ajuda a mudar pensamentos, ou simplesmente canta essas coisas. Estou tentando fazer no meu quadrado a minha parte como músico, semeando uma ideia de vida mais natural, já que se muda o mundo mudando o pensar do homem que esqueceu sua origem e a importância de viver em harmonia com o planeta.

Somos observados e julgados. Se formos nocivos e incapazes de conter nossa ambição materialista, não passaremos no teste e vamos desaparecer.

Assim também a terra, a mãe, nos rejeitará e de alguma forma vamos pagar por essa ignorância. Devido ao egoísmo latente no homem não aprendemos a respeitar outras vidas e não amamos nem a nossa própria natureza.

É isso que diz INDIÉRA.

Na intolerância, uma palavra

– O que há de novo na fé religiosa?
A oportunidade de mudar o rumo da história. Se somos imagem e semelhança de um Deus tão poderoso e tão misericordioso, por que aceitar a incapacidade humana de viver a paz?
Ora, se alguém me apresenta uma ideia de fim de mundo, por mais que seja inevitável, farei alguma coisa para mudar tudo. É o que faz Francisco. O homem se aproxima de mim e me pergunta se já aceitei Jesus, respondo que sim, sou católico, e ele diz com a maior autoridade, e cara de decepção, que eu estou enganado, isso acontece todas as semanas por pequenos evangelistas, talvez mal discipulados. Tudo bem, não é só desrespeito a mim como cidadão, e também com a Igreja de meus pais na qual fui batizado. O sinal de um tempo de intolerância religiosa e cultural embaixo da mesma fé, a cristã.

O papa Francisco viaja o mundo para tentar aproximar chefes de estados, porque sabe que não pode simplesmente aceitar o rumo das guerras sem fazer nada; sabe que precisamos deste planeta e seus recursos, sabe que na juventude e na família mora a esperança de um tempo melhor, sabe que as riquezas são mal distribuídas, dai a miséria da fome. Não há espaço para divisões, nem chaves, nem códigos, e nem compras de bens nesse dom, só ha preocupação com o destino da humanidade, a idade das trevas não pode voltar, e teremos que marcar um encontro entre a ciência e a religião para poder enxergar em Deus.

Sei que essas congregações mudam a vida das pessoas para melhor, trazem paz. Mas precisam trazer também uma boa relação entre as culturas para alcançarem seus objetivos em qualidade ou quantidade de fieis ou seguidores. O que importa é o que vai acontecer de bom entre os pensamentos baseados na harmonia dos povos que vivem nessa casa que Deus em sua forma gloriosa fez para todos nós, os seres vivos. E se alguém que ler isto perguntar quem eu sou para colocar meu pensamento aqui, respondo logo que sou um ser humano imperfeito, uma criatura de Deus que pensa e fala por si, e tem um sentimento diário por Cristo, um amor exercitado pela Igreja Católica. O papa Francisco escreveu em sua encíclica; Deus criou o jardim e o homem. Por que desprezar o que Deus criou? Então continuarei a cantar o nosso meio ambiente.
Bom domingo.

O louco e o anjo

Há dias que conversamos e não tenho certeza de sua existência, mas acho que isso não faz diferença pra você , pois se seus poderes forem os tais poderes de criação, amor e justiça, minhas incertezas permitirão que eu te busque, mesmo às vezes achando que é um lado do meu cérebro conversando com o outro.

Mas não vou desistir de falar com você. Isso seria desconstruir dentro de mim uma antiga relação ou ideia. E as ideias se ligam no plano dimensional, como foi ensinado por Jesus. O que liga embaixo, liga em cima.

Sou motivado um pouco por vícios humanos, algum materialismo e outras coisas medíocres que esse corpo pede. É insignificante o que faço diante da loucura do mundo. Eu acho que não posso saber de toda verdade sobre as suas verdades, mas vou acreditar naquilo que meu coração sente, e chamar por você sempre que me sentir em desgraça ou quando eu ficar feliz e grato.
Dentro de mim imagino você, fora de mim te vejo nas árvores e nos pássaros, na música e nas estrelas. Às vezes creio na saudade, e ela fala em voltar pra você. Pedacinhos, mil pedacinhos de Deus somos. Seria ideal ou no minimo divino se fosse assim.

Nem todo mundo entende as mensagens, sinais, gravuras, acontecimentos. Sua linguagem além de midrash pra mim é puramente arte, e está em duo na fala das pessoas. Consigo ouvir você e consigo infelizmente ouvir outros que são sarcásticos.

Não quero ficar feito louco por aí achando que minha verdade é a única. Só quero uma fórmula de viver e morrer levemente, e quem sabe ser feliz com você até o fim dos tempos, se é que o tempo tem fim.

Bom domingo.

O louco e o anjo

Há dias que conversamos e não tenho certeza de sua existência, mas acho que isso não faz diferença pra você, pois se sua missão for de proteção, amor e justiça, minhas incertezas permitirão que eu te busque, mesmo às vezes achando que é um lado do meu cérebro conversando com o outro.

Mas não vou desistir de falar com você, isso seria desconstruir dentro de mim uma antiga relação, ou ideia. E as ideias se ligam no plano dimensional como foi ensinado por Jesus, o que liga embaixo, liga em cima.

Sou motivado um pouco por vícios humanos, algum materialismo e outras coisas medíocres que esse corpo pede, é insignificante o que faço diante da loucura do mundo. Eu acho que não posso saber de toda verdade sobre as suas verdades, mas vou acreditar naquilo que meu coração sente, e chamar por você sempre que me sentir em desgraça, ou quando eu ficar feliz e grato.

Dentro de mim imagino você, fora de mim te vejo nas árvores e nos pássaros, na música e nas estrelas. Às vezes creio na saudade, e ela fala em voltar para o Sol. Pedacinhos, mil pedacinhos de Sol somos, seria ideal, ou no mínimo divino se fosse assim.

Nem todo mundo entende as mensagens, sinais, gravuras, acontecimentos; sua linguagem além de midrash, pra mim, é puramente arte, e está em duo na fala das pessoas; consigo ouvir você e consigo infelizmente ouvir outros que são sarcásticos.

Não quero ficar feito louco por aí achando que minha verdade é a única; só quero uma fórmula de viver e morrer levemente, e quem sabe ser feliz com você até o fim dos tempos, se é que o tempo tem fim.
Bom domingo.

O que é cultura para anos de gestões indiferentes a ela?

Não quero ser de opinião injusta, sou testemunha como Homero o foi em tróia, esse é o papel do poeta. Travamos uma luta politica para estabelecermos uma fundação de cultura em Macapá, que era um dos últimos estados do Brasil sem uma pasta cultural.

A gestão de João Alberto Capiberibe nos deu essa oportunidade em um prédio histórico perto do antigo cine Macapá, cine esse que também poderia ser nossa fundação atual, ta lá abandonado, então foi criada a FUNDECAP após o Barcelismo, governo que inclusive construiu o teatro das BACABEIRAS, após isso nos tomaram o prédio e transformaram o que nos foi dado em outra coisa. Hoje a cultura vive em prédios alugados, sem historia, sem simbolo, vazia. Afinal o que é cultura pra quem não a entende? ou não a gosta, ou não a tem.

Cultura hoje, move uma progressão de idéias que vão alem da ossada dos currais eleitoreiros de partidos políticos, essas idéias lembram aos povos que existe algo alem do capitalismo vazio, algo que em parceria com o turismo move as mais belas e desenvolvidas cidades do mundo gerando uma economia informal e virtuosa.
Muitas vezes nossas autoridades vão lá fora ver e comprar cultura, e talvez achem que tudo aqui é pobre demais, mais eles é que fazem tudo parecer tão pobre, tão sem indentidade.

De uma vez por todas, nossos gestores não estão nem ai pra cultura, para os homens públicos cultura é apenas uma mobilizadora de pleitos, ou emblemas de boa vontade politica, são cadeiras de mandatos, promotoras de eventos, alguns até querem fazer politica cultural mais eis que chega a roda viva e carrega a cultura pra lá, e há quem faça cultura de má fé, somente para abocanhar recursos, criando ONGs, grupos e institutos, e isso vicia, mata a esperança de um tempo melhor para um estado tão longe do Brasil, onde se ganha dinheiro para gastar com as diversões turísticas de outras cidades.

Turismo ecológico e arte em Macapá é algo meio alienígena, já me chamaram até de cigarra sonhadora por eu ter a consciência que essa é a linguagem que o mundo quer falar, só não aqui, mais não podemos desistir, pois esses rios turvos vão passar esquecidos e mal sucedidos em sua passagem, como se não tivessem existido, e rogo a Deus que novas águas apesar de estarem sendo bombardeadas por uma chuva de sujeira nacional nos tragam novas correntes cristalinas.

Enquanto isso no Brasil milhões foram desviados por uma quadrilha de ladrões de esperança, atingiram em cheio a maior fonte de fomentação da cultura nacional, a lei Rouanet do MINC. Algo estranho estava acontecendo mesmo, financiamentos “hollyoodianos” a quem só queria uma festinha, e como sempre pegar atalhos e atrasar o país, grandes nomes já bem resolvidos em todas as áreas da arte estavam recebendo desta verba, e pseudo produtores abocanhando esse bolo exposto a tantas moscas. Agora precisamos remediar e não perder o ministério da cultura para não aceitar de vez a decadência deste país.

Aqui no meu micro universo sobrevive uma musica que talvez desapareça entre as arvores do tempo, tento resistir a essa corrente negativa, insistindo em contagiar mais e mais artistas de que somos capazes de escrever nossa própria historia de forna bonita, que é a história do nosso povo, nosso maior patrimônio cultural, minha alma amapaense preservacionista e também libertária permanecerá e dira sempre sim ao nosso jeito tucuju.
Osmar Jr

Desiderata aos loucos que amam

Abro portais na minha mente, ando por aí falando com espíritos maus e bons, porque em qualquer plano todos precisam de algum diálogo. Aproximo-me de fé com obras e não preciso que leiam a Bíblia por mim; não vou apagar meus pecados, vou abrandá-los, eles serão lidos em voz alta no dia da minha morte, pois o coração de um homem é o livro das suas verdades. Existem verdades no coração daqueles loucos que não abandonaram o amor, inclusive o amor próprio.

Tenho que aprender a ser mais paciente em casa, no trânsito e dentro de mim, pois sou um mar revolto e procuro águas calmas.

Crio dentro de mim uma nova religião chamada desideratismo, da qual os mais lindos profetas têm parte; não destruo a origem dessa ordem, que é um poema que vem dos ensinamentos de todos os mentores de todas as religiões, embora descrito por Max Ehrmann…

Poetas são loucos que acreditam no amor, em um mundo melhor; a poesia é escrita com os pés, com sangue, com revolta e coragem, e assim chega um dia a ser vadia, vivida em beira de rio e em praças, pois já passou pelas calçadas entre vômitos e os pássaros da manhã; já chorou de dor e de prazer; perseguida, foi crucificada, morta e sepultada, e ressuscitou, está sentada na terra ao lado dos corações que ainda se surpreendem com a vida. O poeta quer paz entre as religiões para a construção de um único mundo, de uma só religião – o amor.

Se a palavra não passar, a poesia também não passará; arcas e corpos desapareceram para dar sentido à religião, o amor do poema, não, ele não morrerá, seu espectro ficará vagando entre o céu e o inferno musicalmente sem medo – será água aos transeuntes.

Quem tem medo do demônio é porque não tem amor no coração, o escudo, a espada, a inteligência dos anjos, não o poder, mas a inteligência que vem da sabedoria que Deus permitiu existir em nós.
Neste domingo de tanto eu, perdoem-me e ouçam Desiderata.
Tudo que se deseja é amar, então siga tranquilamente…
By Osmar Jr

Por que os pássaros cantam?

– Sob o pesado sol do deserto caminharam os homens pela fé, dizem que perdidos por 40 anos, enquanto caminhamos aqui sob o ardente sol do equador, perdidos também.

Caminhar é preciso, fundamental para a busca da vida, mas muita gente nem caminha tanto, são necessários agora mais que os pés; os automóveis e os aviões nos levam; as espaçonaves levam os homens, seus olhos e seus sonhos pelo universo, e vamos caminhar pelo céu qualquer dia desses. Lembro de meu irmão que numa cadeira de rodas ia longe, muito longe em seu pesado caminhar. Mas olhe para o ar e veja os pássaros em voo leve; deitam-se no vento, mas dormem nas árvores do chão, e nos fazem pensar o que é voar, o que é ser leve. Não posso falar que sou leve se explodo à qualquer discussão de trânsito; qualquer agressão me deixa pesado, caio por terra se topo nalguma pedra do destino; o tempo passa e fica cada vez mais difícil caminhar com a velhice.

Então cismei que o mais próximo de voar é cantar, e vou para qualquer lado cantando, pra cima pra baixo, vou até a outras dimensões.

É que ontem fizeram uma releitura de um poema de Nietzsche na TV; é que ontem vi que o beija flor não canta, só beija as flores lhes tirando o néctar e voa, voa… vai ver que beijar é voar também; é que ontem vi que alguns homens voam no atletismo superando seus corpos, o corpo; este sábio, este rebanho que a gente tenta guiar; é que eu fiquei cansado numa escadaria, e percebi que não ando muito pássaro, não posso ser leve com meus pesados vícios, com meu pesado fardo de coisas que o corpo quer, exige. Vamos partir, e espero um voo de luz, de corpos luminosos, solto e sem infernos, só o céu e o vento, e que haja vento no além daqui.

O poema de Nietzsche dizia no final “Agora a coisa mais doce em ti deve se tornar a mais dura, subir pisando em ti mesmo, mais alto, até que as tuas próprias estrelas fiquem para trás , os próprios anjos choram pois é belo demais o teu sorriso. Assim fala a sabedoria do pássaro, não há acima nem abaixo, vai para qualquer lado homem leve, não fala mais, canta”.
Osmar Jr.

Uma cantiga de amor para as flores do norte

Foi dia desses que me alembrei de quem sou, ou quem eu era.

Corria no meio dos açaizais atrás das cabocas, era um cheiro de mato e piché , agora me lembro, na beira da praia Ivone era branca, nua, encima dos aturiás, ou rolando na lama arenosa da praia, nunca esqueço os olhos verdes numa menina do norte, era filha de marinheiro estrangeiro com uma marajoara.

Vera era boa, farta, gemia nada, mais gozava tudo, Nice chupava manga e sugava meu olhar me olhando lá de cima da mangueira só de saia. Devo a elas meu jeito seguro de sugar e sorver o doce das frutas, da vida, da música… as cantigas andam sempre comigo, se vejo teus olhos, eu canto, se sinto teu cheiro declamo, quero morrer de amor por qualquer mençãozinha de carinho delas, por isso sou cantante e levo comigo pras estradas quanto amor eu puder, sou intenso e saliente, eu proclamo meu amor pelas mulheres do norte, aquelas que sobem em arvores e tomam banho de rio, aquelas que andam nuas pelas matas, índias, morenas, alvas, as ilhanas… como são belas, fortes, fogosas.

Não vou desistir desses meus olhos musicais, já me falta energia mais me sobra desejo, e vou libertar o coração por mais preso que ele esteja, não quero ir sem viver tudo que tenho de amor.
Não arrisque ser campo perto de mim moça bonita, pois logo sou vento, e vou embalar tuas campinas, sou desejo querendo teu sim, e minha mão é tua, entre tuas coxas e teus seios de ubre, sou doido pelo cheiro brasileiro, pelo traseiro, nunca guardei meus elogios e desejos, sempre vivi essas paixões.

Quero nesses tempos que ainda me resta viver mais um desses “xodó de amor” , pra morrer sentindo o cheiro da peste quando molhada, o perfume das suas madeixas e das suas entranhas, rosa do meu tempo, nova, quente e apaixonada, cantiga de amor do norte, amor vadio, amor sem fim.

Osmar Jr

A cápsula milagrosa

– Se o tal comprimido para ajudar na cura do câncer funcionasse seria um mero e artesanal recurso no tempo, cortando a garganta da indústria farmacêutica, momentaneamente, porque não há quem me convença que essa cura já não possa ser praticada há muito tempo com mais eficiência. Mais será que Deus quer?

Através de nós e da natureza, Deus existe, fala e inventa soluções para os males que nos atinge. Mas somos nós que criamos as doenças.

O mercado de armas que chega até às facções criminosas é uma invenção de Deus? A droga que anestesia as dores, mas também entorpece o homem é uma invenção de Deus? Penso que sim, mas o pobre homem se perde e nada sabe sobre limites.

Sei que o dinheiro que comprou Judas era de César, e que o dinheiro dos corruptos é do povo – dai ao povo o que é do povo, corruptos.
Quem inventou o desamor? Esse representado pelas filas de gente tão doente, ainda sofrendo sem ajuda suficiente, água em Marte, será que cura o câncer? Temos que aprender o Tempo de Deus no tempo da dor.

A Justiça só faz aumentar seus ganhos, assim como o resto dos poderes, assunto cansado, mas será que não há um despertar do maior partido do mundo? A consciência.

A consciência junto com a revolta pode pressionar essa turba de estúpidos a dar saúde ao povo.

Saúde megera! Brindo a senhora, você é cega e não pondera mais o sofrimento que nos causa, executa suas correções salariais, se é que são correções. O correto é fazer essa gente feliz num país desenvolvido; não vou me furtar de dizer ao povo que no fim somos todos culpados.

A cápsula milagrosa é uma mentira ou algo que uma conspiração não quer que seja verdade?

Bom domingo.

Estrelas caídas #

Nas ruas enlameadas caíram estrelas em mágoas, solidão, perdição. Caiu Betoven, caiu Mozart, como caiu Jesus de joelhos amando a Deus na via suja com aquela cruz pesada, com o peso do mundo em suas costas, como caiu Hendrix no próprio vomito, ainda caem estrelas do céu.

Eu também caí uma vez como se fosse estrela, e sei que o que eu sentia era um peso enorme, e fui ao chão.

O feito índio Herivelton, genio das resinas do açaí, pinta em tela o Amapá e cai também. Mais quem não caiu um dia? Caímos em desgraças, caímos em armadilhas, e caímos em depressão.

Mais indiscutível é o talento e o amor que esse pintor tem pela arte, ele traz as imagens da alma humana em seus grandes quadros com pinceladas requintadas em tons opacos ou de cores fortes da amazônia, traduz algo que não está lá em sua alma angustiada, esta muito longe dali, está lá onde suas asas lhe levam enquanto ele adormece em sono profundo, embriagado, enquanto o mundo briga, treme, explode, rouba, fuzila, ele sonha cores e universos sóbrios, deitado num banco de praça.

Neste mundo onde a violencia animalesca é diversão na tela da televisão em noticias viciadas , nas crueldades das torcidas de futebol e no pouco valor da vida mediante a mente de um garoto bandido ou um policial assassino.

Se você se deixar pensar na morte vai entrar em desespero, pois ela ronda as ruas e os quartos, e a fina parede da sua casa que é o que te separa do mundo lá fora, é frágil como papel de seda. O pintor dorme dentro do seu quarto ao ar livre chamado mundo sem medo.

Sento na mesa de jantar com a familia e vejo os guarás inacabados que ele pintou na parede de minha casa pra que eu veja onde estou. Eu me pergunto, estou em casa?
Osmar Jr,
bom domingo.