Osmar Júnior
A verdade sobre os corações
Neste exato momento milhões de corações se ritualizam para amar, e não venha dizer ao meu coração que o amor é só isso, compromisso e filhos, a fidelidade é um espelho, você é fiel ou quase fiel aos seus sentimentos, ou mesmo ao seu medo de amar, o amor é um ser pensante e espiritual, ele pode estar escondido dentro de você esperando o momento certo.
O amor vai por ai como o vento, como a luz de Deus, vai por si mesmo e entra no seu coração sem ser convidado. Agora mesmo, em algum café em Paris, num bistrô em Londres, num barzinho da ilha de Marajó, numa peixaria de Icoaraci, ou as margens do rio amazonas em Macapá, os amantes se encontram, e se encontram também os olhos dos distraídos que nem percebem que o amor é o mestre do disfarce, e que pode a partir de um olhar se tornar inesquecível.
Então perguntaram a Billy Paul, cantor de ” Me and Mrs Jones”, musica que fala de um encontro secreto de amantes num café todos as tardes, porque essa musica se tornou um eterno sucesso mundial? _ ele responde , “as pessoas quiseram colocar a coisa da infidelidade como marca nessa canção, mais os amantes existem e são de verdade. E fez tremer os moralistas, e salvou os corações ocupados com seus pares fieis.
Bom, mon cherie amour, tenha uma boa noite, ou bon jour. E escutem “Amado”, da Vanessa da Mata, ela diz tudo, “quero dançar com você”, ou seja, quero fazer amor com você.
Sobre musas e poetas
Claro que as musas fazem parte da construção com a qual se compõe uma canção ou texto poético, mas elas podem nunca ter mantido contato com o autor, ou nem terem existido, assim como podem ser a mais pura verdade.
Na antiguidade, dizia-se que eram as musas, deusas celestes, que enviavam melodias para os músicos.
Explicar isso aos pares é fundamental para a atividade artística e a convivência, caso você seja um ser da arte.
Mas é duro você ver alguém ignorar um processo de criação e comportamento e se transformar no principal bloqueador de trabalhos artísticos. Dependendo das limitações mentais, há quem queira simplesmente matar a arte dentro de um artista e transformá-lo num pastor evangélico, se bem que grandes religiosos foram grandes poetas, como Augusto dos Anjos, por exemplo, e ainda temos hoje o belo padre Fábio de Melo, o padre Zezinho e muitos cantores pastores evangélicos muito bons.
Os artistas omitem sobre muitas coisas, musas, ideias, revoltas, angústias, como em um país sem liberdade de expressão, uma prisão; simplesmente camuflam sentimentos em metáforas estapafúrdias, mas também podem chutar o pau da barraca, e se tornarem solitários inimigos de muita gente.
Por isso na história desses homens tinha tanta solidão, amores perdidos, cartas a amantes guardadas em velhas gavetas, paixões, romances secretos, versos sobre governantes, reis, líderes hipócritas desmascarados através de canções de escárnio em suas verdades já tão conhecidas do povo silencioso.
Como o poeta Gregório de Matos Guerra em Salvador que escandalizava o governador conhecido como braço de prata. Sempre lembro dele mais do que dos poetas amigos do rei.
Alguns poetas declaram seus vícios, suas orgias, e todos os pecados por eles cometidos; sabem que mesmo os homens mais arrependidos vão gritar alto seus pecados no dia de sua morte, e esse mal, a hipocrisia, poetas não querem levar para o túmulo, e se levarem vão doer mais que a morte e suas agruras; vão doer em suas obras, por isso procure ler as entrelinhas de grandes poetas, é mais divertido que videogame, garanto.
Essas histórias de poetas, pintores, músicos que tinham casos de amor proibido com marquesas, duquesas e outras damas, e que nunca poderiam ser vividos por conta das diferenças sociais e sanguíneas, ou por conta dessas mulheres serem casadas com nobres homens da corte, deram origem a grandes obras.
Nos dias de hoje tento não mentir, mas acaba me custando algumas desavenças em casa, mesmo que eu cante alguém que simplesmente é distante, fictício, alguém que faz parte somente dos meus olhos ou dos meus sonhos.
Sou um pretenso poeta trovador que canta esta terra e esta gente, mas o amor cruza meu caminho de uma forma ou de outra, e a minha reação é cantar, escrever as linhas da minha vida e descrever essas musas; todas são deusas nesta ou em outras dimensões, são fontes de inspiração as quais agradeço pela divina beleza e poesia.
Bom domingo
A profecia da cobra mundiada
Ela é Honorato, é Sofia, é Madalena, espia no centro da floresta misteriosa com suas narinas para fora do pântano; ela sabe de tudo lá de longe, porque de tão velha e gigantesca, é parte desta terra, mãe da mata, atrai o que quiser.
Ela é com um hacker, um poder que percorre as mentes, hipnotiza, atrai, come e se satisfaz com a vida natural, traduzindo para o mundo digital que os poderes de Deus é que ficam.
Não ficará pedra sobre pedra, computador sobre computador.
Somente um assovio de vento soprando no deserto, carcaças em silêncio, ferro retorcido. Depois do caos a mata volta a dominar.
A serpente sabe que se a humanidade não estiver no rumo certo, vai ser extirpada; não pode ser nem muito mística nem muito tecnológica. Tem que ser na medida de Deus.
A cobra renasce e olha o reinício; ela é kundaline, morde a própria calda e mostra que tudo é um ciclo, tudo se acaba, civilizações desaparecem. Essas entidades também estão sendo mortas em seus santuários.
A bela num programa da televisão subestimava a sucuri enorme que para os índios é sagrada, que para as lendas é mistério. A mulher e a serpente, novamente, uma brincadeira entre seres com o poder nos olhos. Se uma bela mulher te olha, você esta perdido, mundiado.
E nos projetos que estão invadindo as reservas onde esses animais têm o direito de viver, as sucuris são desmistificadas e assassinadas.
Agora é a serpente que está mundiada, está perto das cidades, porque as cidades estão invadindo os mundos, invadindo as almas, por isso as selvas de concreto e ferro desaparecerão, a serpente não, nem a mulher, Deus queira.
A humanidade pensa sincronizada quando as divindades liberam ideias. Parece que um caos se aproxima, água, energia e emprego faltarão; a violência e a corrupção são um câncer que se espalha a cada tempo. A droga, a saúde pública e novas pragas e doenças são grandes nuvens negras formando tempestades.
Entre tudo isso, o amor pelo qual Jesus foi pregado.
Tudo isso viu a cobra, e me disse.
Ótimo domingo.
O livro dos desejos
Luíza é uma mulher que não é feia, mas a herança temperamental do pai a transpassa como uma lança; pouco sorri em verdade, assim escondendo sua beleza.
Dentro, ela tem alguma generosidade, e um grande coração, contanto que a vida esteja dando-lhe dinheiro para que ela se sinta segura. Dinheiro é o que move seu humor; o orgulho faz parte de sua vida apedrejada por causa de uma gestação prematura, aos 16 anos um filho e muito desafio pela frente; ela tem que prover o sustento do lar. Ela sempre foi assim. Provedora, teve que se virar desde menina. Aqui falo de coisas do dia a dia, amor e vida, onde um universo se encontra com outro e segue.
Um ser humano para funcionar precisa de todas as virtudes, mas também de todos esses temperos: ambição, raiva, tristeza, preocupação, enfim… Fogo! É isso que o ser humano precisa, de combustão. A fera que você alimentar sobreviverá dentro de você, gentil ou grosseiro, bom ou mau, sábio ou ignorante. Alguém que seja só amor é débil, penso que nem Deus seja só amor, pois sua ira já dizimou cidades e civilizações, e sacrificou em altares, e sangrou.
Mais a crença no espírito nos perturba. Às vezes me pergunto se é um distúrbio. Acreditamos em um Deus vivo, oramos e pedimos misericórdia a Ele em nome de milhares de anos de cultura judaica, mas não acreditamos em uma vírgula das probabilidades fantásticas da ciência, como a volta no tempo, por exemplo.
Mas voltando ao assunto, o universo de Tomaz, um músico louco, encontrou-se com o universo de Luíza, e foi uma colisão desastrosa. Eram opostos e ela quis se transformar nele para estar por perto. Foi um desastre. Ninguém pode transformar-se em alguém, principalmente alguém como Tomaz, cheio de combustão, infiel, egoísta, viciado, amante e, pra sua salvação, artista. Tomaz era um rapaz novo, bonito, certeza de um bom parceiro sexual – a mulher procura por isso; algumas vieram só pra ter filhos e depois esquecem o homem, realizam-se e se transformam em mães fanáticas, e os filhos viram reféns.
E assim Tomaz e Luíza foram às aventuras. Muita onda rolou. Foram ao fundo do poço e voltaram juntos.
O tempo passou, a vida foi amargando e Tomaz já maduro era recusado todas as noites pelas mágoas de Luíza. Depois, aquele apelo por sexo cansou, acalmou, seu desejo ficou em silêncio. Lembrou do dia que começou a tratá-la como esposa, e não rolava mais as invenções na cama, o sexo libidinoso. Na verdade ele queria agora a parte mais bonita, o carinho, o diálogo, companheirismo, mas ela não tinha tido tempo de aprender a beijar por amor. Tudo era líbido demais no começo, e os amantes se acalmam. Ela por opção se transformou em uma esfinge de gelo, ele a observa, acha que ela é sutilmente bela, tem corpo de esposa, isso é interessante nas mulheres. Então ele resolveu esperar, esperar por uma noite mágica, onde tudo acontecerá como nunca. Vive esperando, enquanto os cabelos ficam grisalhos, sabe por quê? Porque ele a ama, lembra do sofrimento que causou a ela, e de como ela o perdoou tantas vezes.
Ela entregou sua alma ao diabo pelo amor de Tomaz, no início, e ele a salvou com a ajuda dos seus guias, anjos, amigos, psicólogos, sabe lá, eles queimaram o livro do feitiço, e ela está salva e nem sabe. Mas não está salva das suas verdades, pois escreveu a própria história e a familia é um objetivo necessário para qualquer homem ou mulher. Ela o fez acreditar em uma família, e agora quer tirar isso dele, um homem com meia idade, filhos e conforto.
Agora, Tomaz pede a Deus que a cuide, pois ela está amargurada, religiosa e doente, e se automutila por influência da herança genética ou por não perceber que viveu verdades, e que ele a ama, já que pode viver sem seu sexo libidinoso, esperando seu beijo de namorada ou esposa, um beijo e um abraço de amor verdadeiro, e um boa noite.
Ótimo domingo.
A mente coletiva é uma conspiração
Contemplo agora as folhas e suas pequenas veias, enquanto formigas as carregam.
Ao mesmo tempo sinto o vento em meu rosto, e o lavo com a água que já estava aqui quando o Espírito de Deus chegou; vejo a jaqueira e seu fruto enorme, o açúcar e o sal necessário estão aqui, quero dizer, sobre todas as coisas vivas existe uma arte única, que é a semente e o embrião, o criador a criação e sua simples ação de desenvolver uma ordem e deixar tudo se expandir pelo mundo, da ordem dos vegetais até a ordem do bicho homem, estranho homem, que também cria da madeira uma imagem, do caroço um colar, do diamante um anel, e pegou o que aprendeu com o dom da palavra o amor e o som de um instrumento e fez uma canção inteligente.
Mais é essa mesma mente que, coletivamente, cria coisas ruins, uma corrente de corrupção e vícios, de mortes e doenças, uma fábrica de coisas estranhas sempre criada pela mente coletiva.
Claro que Deus quer acabar com essa humanidade, que já está virando uma máquina fria, e não foi pra isso que fomos criados.
E agora país dos artesãos? Daremos um jeito na corrupção? Deixaremos em paz a máquina pública? Vamos consertar os desastres ecológicos e desmascarar a máfia que é a indústria farmacêutica? Criaremos soluções informais para a crise e consumiremos menos bosta musical?
Desse mar de literária lama teremos que colher flores, e teremos que ser justos com a justiça que também é injusta, e vamos para as ruas, um exército de artesãos desconstrutores descontentes com as suas últimas criações políticas.
Esse coletivo é um ser pensante, parecem dois, um positivo outro negativo, então temos que ter fé que um vai suplantar a ação do outro e salvar o Brasil.
Que coletivo é esse que fez a juventude ficar tão distraída a peso de marcas que a televisão e os outros meios divulgam? Uma música de merda, umas atitudes burras, e não adianta falar, eles estão surdos, só ouvem o que esse coletivo diz, e esse coletivo diz: Sigam por ali, continuem rumo ao abismo capitalista que vai deixar vocês igual a robôs obedientes e medíocres sem consciência política, nós não queremos gente inteligente por aqui, queremos novas doenças de laboratório espalhadas por aí, através de comidas, vacinas e sexo; temos a cura , mais ela é cara, enriquece o coletivo.
Conheço um menino que fez de restos de madeira seu próprio violão.
Conheço gênios saídos da tal falida escola pública, e não das marcas educacionais caríssimas que distribuem diplomas atropelados.
Eu faço canções das quais não tenho as virtudes e nem a glória, sou falho, acordei cedo, mas mesmo assim fui preso pela corrente; tento me soltar, soltando a voz, enquanto um homem velho rouba do país mais do que se pode gastar em uma vida inteira.
Bom domingo.
Rios do interior
Quanto ao grande rio Amazonas suportar entulhos e dejetos, é uma longa história de incompetência em gestão ambiental pública, há décadas. O esporte praticado nele é saudável e pode ajudar na educação ambiental. Já era previsto. A juventude cumpre sua parte, o kitesurf, a canoagem, lanchas, jets, etc… Esse rio ao conduzir grandes navios com certeza pode ser transitado por todo tipo de máquinas aquáticas. Tem até motocross na maré seca. Tudo bem, até aqui, penso eu. É um rio poderoso.
Mas o que acontece nos pequenos rios do interior do Amapá, onde o bioma é bem mais delicado, é no minimo uma exibição de pobreza de espírito, pois a riqueza, segundo a visão de alguns frequentadores de casas de veraneio às margens desses santuários, ainda são músicas de mau gosto em alto volume, e jet skis em alta velocidade que já levaram inclusive pessoas pra morte; lixo plástico e lanchas caríssimas só vistas em mãos milionárias. Uma visita da Sema e uma pesquisa da universidade federal fariam muito bem para ver qual o impacto ambiental dessas atividades.
A organização dessas lindas vilas pode trazer benefícios econômicos e turísticos importantes aos moradores dessas localidades.
O clima de interior é uma dádiva da natureza e pode servir para intenso descanso, mas a algazarra e o barulho parecem ser nossa principal cultura. Isso deve acontecer de Angra ao Marajó, mas nós não precisávamos copiar tal insensibilidade.
São rios que têm suas próprias canções, a música suave do Ariri, rio Flexal, Igarapé das Almas, Maruanum, Matapi… Isso, sim, é riqueza. Peixe, açaí, farinha, são modestamente vendidos pelos moradores ribeirinhos tão cristãos, de olhos puros e gentileza inigualável da qual tenho tanto orgulho em meu povo.
Se esse cuidado com o saneamento e a preservação do ambiente começar agora vamos desenvolver no futuro vilas com qualidade de vida formidável e condições sonoras aceitáveis, um cuidado com esses rios que precisam da sensatez do comportamento humano mediante a natureza.
No fim desses dias barulhentos, a algazarra se vai, e a natureza volta ao silêncio, e dá graças a Deus. Os homens foram embora, as máquinas silenciaram, ficando só o lixo. Então volta o canto do adormecer dos pássaros, o burburinho das águas, o rebujo dos peixes, o quiriri da mata. Tudo serena! Agora tudo é poema na paz do som da natureza.
Osmar Jr.
Bom domingo
O pó dos Sonhos
– Poeta angustiado, pretenso escritor de sucesso, autodidata, boêmio, viciado em tudo, do sexo as drogas, mais inexplicavelmente firme, matutino, e assíduo em suas atividades de conquistador de almas, figura muito popular.
Era José Razo de Castelo, um desses homens importantes da literatura que a humanidade perdeu de vista, como milhares e milhares de outros.
O que contarei sobre esse poeta é especifico, pois não posso biografa-lo.
– Carmem Teresa o conheceu, o seduziu e o conquistou com suas facilidades sexuais e sociais, além de algum e ilusório dinheiro.
Castelo , como era conhecido nas noites e também nos meios intelectuais, tinha o desapego que a maioria dos homens da arte tem, caminhava pelo mundo distraído, cheio de sonhos, era simpático e fácil de atrair companhias femininas.
Daremos agora um salto, pois isto aqui é apenas um ensaio.
_ Era primavera em Veneza, e os recursos financeiros e de saúde da linda Carmem agora se esgotavam, eram os pequenos trabalhos de tradução e artigos arranjados com amigos boêmios ricos e influentes que Castelo sustentava a vida difícil do casal nesse tempo. Então como de praxe Carmem começou a despejar sua ira em Castelo, chamando-o de vagabundo , inútil, que aquele sonho com aquele livro que nunca saía era idiotice.
– Arranje trabalho de homem, dizia ela, e quanto mais a doença lhe consumia , mais ela se tornava uma megera.
O expediente de um escritor é o pensar, o contemplar, a pesquisa e o escrever, podem chamar de vadiagem, pois é uma forma de expressar aqueles que trabalham com o prazer.
Eram essas brigas advindas da estupidez que implodiram um bloqueio criativo na mente de Castelo, mais ele não desistia de criar uma familia com Carmem, algo completo com dialogo, filhos, problemas e risos.
Então Carmem foi internada com graves problemas pulmonares, ele ficou ao lado de seu leito enquanto escrevia desesperadamente o romance, mais ele tinha que pagar a conta do hospital. Então recebe uma proposta de venda do titulo, ou seja vender sua ideia para um pseudo escritor rico e famoso.
Já em casa, ela pergunta como ele pagou a conta da internação , ele responde , com o pó dos sonhos.
– Mais o pó dos sonhos era o nome do seu romance.
– Ele responde , pois é.
Bate a porta e some pela noite veneziana.
Osmar jr
Na intolerância, uma palavra
– O que há de novo na fé religiosa?
A oportunidade de mudar o rumo da história. Se somos imagem e semelhança de um Deus tão poderoso e tão misericordioso, por que aceitar a incapacidade humana de viver a paz?
Ora, se alguém me apresenta uma ideia de fim de mundo, por mais que seja inevitável, farei alguma coisa pra mudar tudo. É o que faz Francisco. O homem se aproxima de mim e me pergunta se já aceitei Jesus, respondo que sim, sou católico, e ele diz com a maior autoridade, e cara de decepção, que eu estou enganado, isso acontece todas as semanas por pequenos evangelistas, talvez mal discipulados. Tudo bem, não é só desrespeito a mim como cidadão, e também com a Igreja de meus pais na qual fui batizado. O sinal de um tempo de intolerância religiosa e cultural embaixo da mesma fé, a cristã.
O papa Francisco viaja o mundo para tentar aproximar chefes de estados, porque sabe que não pode simplesmente aceitar o rumo das guerras sem fazer nada; sabe que precisamos deste planeta e seus recursos, sabe que na juventude e na família mora a esperança de um tempo melhor, sabe que as riquezas são mal distribuídas, daí a miséria da fome. Não há espaço para divisões, nem chaves, nem códigos e nem compras de bens nesse dom, só ha preocupação com o destino da humanidade. A idade das trevas não pode voltar, e teremos que marcar um encontro entre a ciência e a religião para poder enxergar Deus.
Sei que essas congregações mudam a vida das pessoas para melhor, trazem paz. Mas precisam trazer também uma boa relação entre as culturas para alcançarem seus objetivos em qualidade ou quantidade de fieis ou seguidores. O que importa é o que vai acontecer de bom entre os pensamentos baseados na harmonia dos povos que vivem nessa casa que Deus em sua forma gloriosa fez para todos nós, os seres vivos. E se alguém que ler isto perguntar quem eu sou para colocar meu pensamento aqui, respondo logo que sou um ser humano imperfeito, uma criatura de Deus que pensa e fala por si, e tem um sentimento diário por Cristo, um amor exercitado pela Igreja Católica. O Papa Francisco escreveu em sua encíclica: Deus criou o jardim e o homem. Por que desprezar o que Deus criou? Então continuarei a cantar o nosso meio ambiente.
Bom domingo.
O midrash segundo a mesa das rosas
(A filosofia poética)
– Os princípios que estão escritos no testamento de Yeshua (Jesus) são verdadeiros.
Portanto a análise aqui feita é simples tradução a partir do elemento inspiração.
– O poeta crê na inspiração, e toda matéria transformada ao redor é fruto da rogacão a partir das necessidades do homem perante a própria natureza do planeta.
A rogacão nesse caso é a necessidade de meios para o convívio, defesa, conforto e agilidade do ser humano no planeta e no cosmos, tecnologia e alimento.
O homem está em valores acima da natureza porque tem a possibilidade do corpo luminoso, só é ligado a ela pela própria existência nesta dimensão, ele pode refazer com apenas uma partícula divina a matéria que origina a vida, acredite, isto está escrito no tempo ( a imagem e semelhança)
A maior pergunta do homem é se somos espírito, ou seja algo mais que matéria orgânica.
Sim, o invisível é matéria, a consciência é rogacão.
Portanto é a partir da consciência que o ser tem contato com seus princípios essenciais. Eu sou, o Deus, é a consciência viva.
Parece o cosmos algo grande demais para ser criado, é que a noção de tempo e espaço a partir da visão do homem atual ainda é limitada em seu desenvolvimento mental.
Não sabemos quantas vezes o universo proporcionou a vida inteligente.
Mas sabemos das possibilidades de corpos conscientes e suas adaptações a estados complexos através da matéria necessária.
Mas a resposta é , sim, o homem consciente pode voltar à luz.
Portanto o criador e a criatura convivem na matéria como um só.
Pois a linguagem midrash aqui é, “o que liga em baixo liga em cima”.
Em qualquer situação você tem o passado e o futuro , as dimensões conhecidas e as desconhecidas.
Olhe para o passado e entenda o futuro , olhe para baixo e entenda o alto.
Leia a bíblia com mais consciência científica porque Deus é a inteligência e a consciência suprema.
Osmar Jr .
A homilia da roseira
Respondendo, Deus falou, através da homilia do frei capuchinho Martinelo, na Missa de um domingo desses: “Cristo morreu em sacrifício por nossos pecados; com isso venceu a morte”. E é esse o sentido da vida, vencer a morte, a morte física é inevitável, certa, o destino do rico e do pobre, do branco e do preto, do belo e do feio, do Edir Macedo e do papa Francisco. Enfim, a bela e boa morte que nos livra do peso da velhice, das doenças, das dores do mundo – é um afago de Deus.
Há quem morra espontaneamente, como a moça americana que conseguiu na Justiça licença para o suicídio, pois não quis sofrer as dores do câncer. Existe morte prematura, acidental, morte por ladrões de vida, e há quem morra de amor.
Vivemos lado a lado, todo tempo com ela. Pode ser que continuemos esse purgatório quando passarmos para outra com nosso egoísmo, nossa frieza perante a vida, nossa pouca vontade de evoluir espiritualmente. Isso é o verdadeiro inferno na alma. O homem quer ser salvo com sua consciência de vida atual, não percebe que a maior parte dessa consciência é adquirida durante a vida vivida, ou seja, não vem conosco, não percebemos que o espírito em sua origem é como uma criança, puro. Então sejamos crianças, sejamos como nascentes de rios. Vamos fazer tudo pra ser feliz. Acredite na roseira, pois você é uma flor que cairá e dará lugar a outra flor, mas a roseira estará lá e devemos zelar por ela, fazer o melhor possível.
Outra forma de espiritualidade é o sangue, porque dentro de você mora todos os seus ancestrais, seus fantasmas, seus dons, pois seu dom e seu sangue vêm de longe e vão para longe no tempo. Converse com seus ancestrais, e você ficará maravilhado com as respostas.
– Será que vamos conseguir nos cultivar como em hortas? Será que vamos virar robôs e ver um pouco mais da vida? Ou temos um limite espiritual que não suporta viver mentalmente mais do que devemos?
– Quero lembrar que a consciência ecológica é uma espiritualidade importante para que esta “civilização” não seja extirpada deste planeta mais uma vez, porque a terra é um ser vivo e nós estamos mais para piolhos perturbadores do que para filhos de Deus. Somos uma praga, nós e nossos carros, nossas fábricas, nosso consumismo, nosso materialismo exacerbado. Todos os mistérios do mundo antigo dizem que precisamos evoluir socialmente, tecnologicamente e ecologicamente. Nossos foguetes caem, a religião é uma empresa de providencialismo, o fundamentalismo nos atrasa, não compreendemos a Bíblia a partir da evolução, só esperamos por bens e salvação, não fazemos nada pelo o amor de Deus, pobres de nós. Jerusalem é promessa de guerra. Não temos paz e não damos paz a esse planeta, e queremos um paraíso no céu, como? Temos paraísos na terra e os destruímos. O verde ainda queima aqui, que venha então a chuva, uma chuva de consciência ou para lavá-la, uma chuva paulista, uma chuva amazônica.
Precisamos diminuir a emissão de gases até o fim deste século, e colocar em prática as fontes de energia renováveis. O combustível fóssil é uma máfia, não nos deixa evoluir, e nós vamos sofrer as consequências disso. Podemos ser mortos por nossa ignorância, e essa é a pior morte, a morte do humanismo. Então, ouça essa canção: é o amor de Deus que toca em nossa alma o tempo todo. Porque eu não sei de nada melhor que o verde pra dar vida, simples assim. Ele vale a vida na terra. A roseira.
Bom domingo, Osmar Jr.