Osmar Júnior

O eu interior

Namaste, o Deus que mora dentro de mim, saúda o Deus que mora dentro de você. Essa sabedoria é muito antiga e verdadeira. Se você não entende isso, não vai fazer muita coisa pelo seu bem-estar nesta vida, suas realizações e até sua saúde.

Sem ignorar a entidade cósmica, o Deus criador, perceba o entrelaçado de energias que formam a teia do tudo, e os milhares de microorganismos que formam o seu corpo.

Você pode ativar sua fé no Espírito Santo, mas creia no seu eu interior. Sua mente pode dar ordens para seus anticorpos adormecidos, como dá ordens aos seus nervos.

O cérebro é receptor e emissor de forças. Quanto mais você o instiga, mais poderoso fica, daí a importância da busca pelo conhecimento. Einstein dizia que o ser que não busca pelo desconhecido está praticamente morto.

Mesmo sendo descuidado com minha saúde, noto que quando caminho, enquanto suo, oro a esse Deus interno com muita força e posso sentir males saindo do meu corpo intoxicado. Peço aos soldados anticorpos que levantem e combatam minhas doenças, e aproveito para abrir os chacras para o universo me transpassar de energias. Tiro dali alguma coisa boa pra mim, pois eu sinto. Se você pede, alcança; batei à porta e ela se abrirá.

Você ora para Deus? Seu Deus interno também lhe atenderá na medida do possível. Guiará você e inspirará – Creia!!!!!

Bom domingo, Namaste.

O eu interior

Namaste, o Deus que mora dentro de mim, saúda o Deus que mora dentro de você. Essa sabedoria é muito antiga e verdadeira. Se você não entende isso, não vai fazer muita coisa pelo seu bem-estar nesta vida, suas realizações e até sua saúde.

Sem ignorar a entidade cósmica, o Deus criador, perceba o entrelaçado de energias que formam a teia do tudo, e os milhares de microorganismos que formam o seu corpo.

Você pode ativar sua fé no Espírito Santo, mas creia no seu eu interior. Sua mente pode dar ordens para seus anticorpos adormecidos, como dá ordens aos seus nervos.

O cérebro é receptor e emissor de forças. Quanto mais você o instiga, mais poderoso fica, daí a importância da busca pelo conhecimento. Einstein dizia que o ser que não busca pelo desconhecido está praticamente morto.

Mesmo sendo descuidado com minha saúde, noto que quando caminho, enquanto suo, oro a esse Deus interno com muita força e posso sentir males saindo do meu corpo intoxicado. Peço aos soldados anticorpos que levantem e combatam minhas doenças, e aproveito para abrir os chacras para o universo me transpassar de energias. Tiro dali alguma coisa boa pra mim, pois eu sinto. Se você pede, alcança; batei à porta e ela se abrirá.

Você ora para Deus? Seu Deus interno também lhe atenderá na medida do possível. Guiará você e inspirará – Creia!!!!!

Bom domingo, Namaste.

Ditaduras do beisterol

Ainda menino, sem consciência política nenhuma, eu via os fantasmas da ditadura, aquela parte do hino nas escolas, que tinha que ser cantado obrigatoriamente. Era Educação Moral e Cívica, e os desfiles do dia 7 de Setembro. Muito emocionantes. Patriotismo à parte, eu não sabia nada e continuo não sabendo. Eu não sabia que por trás daquela lavagem cerebral pessoas estavam sendo assassinadas, tribos indígenas dizimadas, intelectuais exilados, torturados … enfim, tudo que vocês já sabem do coronelismo do período negro que insiste em viver.

 

Na descoberta do Brasil, Pero Vaz de Caminha escreveu carta ao rei Dom Manuel, dizendo, entre outras coisas, que na nova terra “em se plantando tudo dá”.

 

Conheci a força política da arte escutando as canções da época da chamada ditadura, principalmente a Tropicália, e depois passei a ler alguns autores estrangeiros comunistas. O Carteiro e o Poeta de Pablo Neruda me explicou a relação de um poeta com seu país Agora a poesia é uma rebelde sem causa. Agarrei-me à uma ideia regional porque ela é mais útil ideologicamente que qualquer lepo lepo da vida. A indústria midiática é quase uma máfia, ou você está dentro ou não sobreviverá. Em um despertar recebi a boa nova de que essa música que fazemos, tão desprezada por muitos, é nada mais nada menos que a nossa resistência cantante contra um regime que impera na mídia e nos limita o cérebro mais que qualquer religião. Por isso, boa parte da juventude ainda vive na infância intelectual, e assim era no meu tempo, ou seja, quanto mais besteira no ouvido do povo, mais corruptos no poder. Algumas bandas dos anos 80 se conscientizaram no fim da década e começaram a falar coisas que não entendíamos, tipo Capital Inicial com sua Música Urbana, Legião e Paralamas com Que País é Este, O Engenheiros do Havaí com Terra de Gigantes, O RPM com Juvenília, O Cazuza com Brasil Mostra a Tua Cara. Quero ver quem paga pra gente ficar assim… já vencidos pelo excesso de mídia e previsão de muita chuva ficaram sob o telhado. Aí apareceu um povo distraído. Será que pensam que tá tudo bem? Sou um animal do mato, mais tenho boa audição, bom alfato e sinto cheiro de merda no ar. Aos parentes musicais, não se frustrem, não mudem de religião por não terem ficado ricos falando em Amazônia, natureza, povo e amor… Deus está em tudo, e Deus não é ditador. Claro que carnavais são necessários, e alegria também, mas a mentalidade brasileira tomou uma overdose, e entrou em coma.

 

Então se você vier pro que der e vier, venha cantar esta ardente canção de amor junto com um povo anestesiado pela mídia, um povo que está querendo despertar e lutar pelos seus direitos nas ruas. Depois você dança por mais cem anos de inconsciência política.

A profecia de Jerusalém

Promessas e profecias.

Leis patriarcais foram cumpridas porque homens só querem deixar de ser errantes e escravos, e assim se tornaram escravos de suas religiões perseguidas pelo carma do seu DNA.

Mas que Deus é esse que sacrifica tanto?

É o Deus que segurou a mão de Abraão para que ele não tirasse a vida do filho ou o Deus que reluz salamaleico e paira sobre o deserto de Maomé?

O Deus que vê cabeças inocentes serem decepadas e mais, mais e mais mortes, mais sangue no altar, e há quem diga que tudo é efeito do Cristianismo sangrento da Idade Média.
Mas qual profeta voou sobre a vida do Oriente e é a essência da paz no Ocidente?

Jesus, que fala sempre que muitos seriam perseguidos e sacrificados.

Entre inquisições, cruzadas, modificações bíblicas pela corrida pelo papado e todo o sangue derramado, o mundo nunca precisou tanto de paz entre as religiões como agora, pois algum Armagedon começou no dia 11 de setembro e pode terminar em guerra religiosa.

Maomé descreva a paz. Ensina-nos a viver de amor.

Aprendi um pouco com aquele profeta simples e humilde que veio para ensinar a leveza de Deus. E ele concluiu sua pesada missão. Agora nos deixa em paz. Parem de o explorar. Tudo está consumado. Siga se for capaz porque sua principal mensagem é o amor e o reflexo dele na sociedade.

Saiam dos templos e preguem sob a luz do Sol e da Lua. Sem o mercado no templo quantos pregadores restariam?

A verdade é que não existe paz no fundamentalismo radical. Continua sendo guerra por ideal, onde nem um homem viverá em nome do amor.

Convenhamos, tudo já passou. E a guerra continua no coração humano.

Tantos inocentes partiram em explosão e aviões com destino ao nada, porque se existe um paraíso feito a partir da idiotice, esse será o inferno.

Jerusalém, Jerusalém, que desgraça mira no horizonte.

Me pediram pra fazer poesia…

Me pediram pra fazer poesia
Que fosse forte
Que falasse de outrora
Mas que fosse do dia
Tivesse dor
Não fraquejasse
Tivesse choro
Mas não humilhasse

Resolvi então
Dedilhar sobre o povo
Que vai às ruas
Pedir socorro
Gente que sofre
Mas não se importa
Arregaça as mangas
Mas se comporta

Me pediram pra falar de lutar
Com braços fortes
Gritos ferozes
firme em pisar
Com muito esforço Marchar
Incomodar
Governos podres
Com farpas no olhar

Dizer ao mundo
Tenho limites!
Não vou mais relaxar!

Waldo Santos

De Bob Marley à Costa Norte

Quando ouvi Bob, chorei. Sabia do que havia atrás da ideologia daquela música jamaicana. Ele me ensinou a real essência do compositor idealista, que foge dos clichês modistas, quer criar sua própria nave sonora, quer o sucesso e a liberdade pra si e pra sua gente, como remédio para a injustiça social, e faz música com paixão.

Os melhores sons são os afros, até porque tudo é afro, mas também quero dizer que os melhores sons são acompanhados de originalidade, de valores políticos e sociais, e servem de espada para um povo em guerra ou paz. Na nossa realidade imaginei junto com Amadeu, Val, Zé e tantos outros que fizeram o Movimento Costa Norte, uma ilha musical que pudesse enriquecer seu povo de bens materiais e imateriais, fizemos força, puxamos o marabaixo e o batuque para a popularidade, apontamos para nossos valores turísticos e culturais, fizemos intercâmbios com nossas fronteiras, através dos ritmos e das parcerias, ajudamos a mudar o panorama cultural de nossa época.

Mas precisávamos de mentalidades mais abrangentes na política e no meio empresarial para que nossa ilha fosse construída.

É…, a Jamaica é pobre, o Amapá também.

Se aqui tem milionários, eles são pobres de espírito, pois não vemos neste estado nem um sinal de riqueza; fachadas de empresa não valem, pois fachadas são apenas fachadas, iguais a quem investe uma dinheirama em propaganda para sua empresa e não incentiva os valores públicos.

Insisto: o turismo e a cultura precisam ser parte da economia do Amapá. Crescemos em população, expandimos Macapá, no entanto precisamos de um novo recurso econômico organizado. Das velhas cabeças, nada, eles não acreditaram o suficiente em seus valores materiais e imateriais. Será que seremos uma miniSão Paulo, que não aguenta mais?

Fiz uma pequena pesquisa entre os músicos e todas as classes culturais. Estamos mais interessados do que nunca em crescer. A velha e nova gerações estão a postos para acreditar em um novo herói na política.

Quanto a Bob Marley, continua vivo pra dizer que você precisa de uma ideia, e não somente de um som perfeitinho e sem sentido.

Bom domingo.

Mágica canção para a humanidade

Particularmente, acredito em uma bela canção que lapide o espírito humano, em pelo menos boa parte.

Criamos uma sociedade doente, exposta a um mix cultural de fim dos tempos, digo, o início de uma nova ordem, onde o caos social renova o pensamento. Afinal, temos que tirar a venda hipócrita dos olhos e ver a realidade de tudo.

A corrupção; a franquia religiosa; a tão antiga pedofilia; o culto à violência; o neonazismo das facções da droga; o consumismo da classe B e seus revoltados; a impaciência mal educada do trânsito; o estrago de alimentos nas refeições viciadas; a fome; o lixo; o roubo do céu por cristãos, muçulmanos e judeus; a fanática obsessão da mulher e do homem pelo culto ao corpo siliconado, anabolizado, atrofiado, seja o que for; o câncer; a Aids; o racismo e a homofobia; o vício e a irracionalidade animalesca dos black-blocs.

– Que água lavará o pecado de termos desejado o céu? Só um dilúvio ou muito fogo ou uma canção como a do flautista de Hamelin que leve os ratos e os afoguem no mar.

Uma canção magica, que entre pelos ouvidos da alma, e nos torne mais humildes, mais gentis, uns com os outros, uma receita social que nos salve do mal, que nos faça beber sem fanatismo e sem frescura do vinho de Kalil Gibram, profeta Gentileza e Jesus Cristo.

Bom domingo, Osmar Júnior

O episódio da colher de pau

Somos muitos seres durante a vida.

Somos feto, bebês indefesos e logo somos meninos traquinas, aí vem o adolescente e suas rebeldias, depois a linda juventude e suas querências por amor e liberdade. Então surge a maturidade e suas responsabilidades e finalmente a necessária e experiente velhice antes da partida.

Muitos não viverão todos esses capítulos da vida.

Meu pai dizia que desses estágios o mais iluminado é a juventude, é nela que se define o homem ou a mulher, muitos jovens realizam, outros ficam cobiçando artigos de luxo enquanto o tempo e as oportunidades passam por eles.

Meu pai um dia ao se preocupar com meus excessos falou que eu deveria me divertir com responsabilidade ou seja, não me matar e não matar ninguém, construir meu conforto espiritual e material, e principalmente não seguir os infernos dele, que eu construísse meu próprio paraíso pra que eu não achasse que podia viver no paraíso de alguém, e nunca, nunca tentasse justificar os meus erros com os erros dele, pois alguém assim não tem personalidade e apenas uma banana no cacho.

Lá uma noite eu cheguei bêbado em casa, ele pacientemente pra me ver melhor me ofereceu um bife feito na hora por ele. Aceitei e fiquei ali com aquela cara horrível que todo filho bêbado tem. Foi então que ele me lembrou que eu precisava mais que aquilo pra ser feliz.

Eu respondi, todos podemos pegar um porre algum dia, inclusive o senhor, lembra?… Referindo-me a vez que eu o carreguei do banheiro para o quarto, morto de bêbado. Houve um silêncio e uma colher de pau que ele usava para virar o bife naquele momento comeu em minha cabeça, quase me levando ao desmaio e me causando um galo enorme.

– Tanto que eu te pedi para não me apontares o dedo, porque sou teu pai e não precisas me invejares os erros; tens teu próprio tempo e tua própria estrada.

Ele passou a não fazer mais aquele bife gostoso, quando eu chegava em casa, e silenciou seus conselhos. Aquilo doeu muito.E era a dor do desprezo.

Até que um dia, não aguentando mais tal desprezo, ajoelhei e falei: – Pai, não é a falta da ajuda que me prestas e a falta da tua voz me guiando. Perdoa-me e fala comigo.

Ele me olhou nos olhos, depois de dias, e disse: Tu és um filho que eu gerei; enquanto me tiveres respeito serei teu amigo nos piores momentos, pois sou teu melhor amigo e quero que sejas feliz, portanto conte com meu amor, e não quero caias nas armadilhas que eu caí. Portanto, se fores um filho amigo seguiremos juntos até ao fim, com defeitos e virtudes, mas principalmente com respeito.

Aquela colher de pau não saiu da minha cabeça, ainda dói, e sabe que eu ouço aquela voz me guiando até hoje, e só sinto saudade daqueles olhos preocupados.
– Reata-me, agora, minha mãe, não sei por quanto tempo, mais quero reafirmar que não existe nada como o amor de pai e mãe.

Bom domingo.

Desiderata aos loucos que amam

Abro portais na minha mente, ando por aí falando com espíritos maus e bons, porque em qualquer plano todos precisam de algum diálogo. Aproximo-me de fé com obras e não preciso que leiam a Bíblia por mim; não vou apagar meus pecados, vou abrandá-los, eles serão lidos em voz alta no dia da minha morte, pois o coração de um homem é o livro das suas verdades. Existem verdades no coração daqueles loucos que não abandonaram o amor, inclusive o amor próprio.

Tenho que aprender a ser mais paciente em casa, no trânsito e dentro de mim, pois sou um mar revolto e procuro águas calmas.

Crio dentro de mim uma nova religião chamada desideratismo, da qual os mais lindos profetas têm parte; não destruo a origem dessa ordem, que é um poema que vem dos ensinamentos de todos os mentores de todas as religiões, embora descrito por Max Ehrmann…

Poetas são loucos que acreditam no amor, em um mundo melhor; a poesia é escrita com os pés, com sangue, com revolta e coragem, e assim chega um dia a ser vadia, vivida em beira de rio e em praças, pois já passou pelas calçadas entre vômitos e os pássaros da manhã; já chorou de dor e de prazer; perseguida, foi crucificada, morta e sepultada, e ressuscitou, está sentada na terra ao lado dos corações que ainda se surpreendem com a vida. O poeta quer paz entre as religiões para a construção de um único mundo, de uma só religião – o amor.

Se a palavra não passar, a poesia também não passará; arcas e corpos desapareceram para dar sentido à religião, o amor do poema, não, ele não morrerá, seu espectro ficará vagando entre o céu e o inferno musicalmente sem medo – será água aos transeuntes.

Quem tem medo do demônio é porque não tem amor no coração, o escudo, a espada, a inteligência dos anjos, não o poder, mas a inteligência que vem da sabedoria que Deus permitiu existir em nós.

Neste domingo de tanto eu, perdoem-me e ouçam Desiderata.

Tudo que se deseja é amar, então siga tranquilamente…

By Osmar Jr

A mesa

Há de chegar agora o tempo em que a espiritualidade e a ciência estabelecerão uma nova ordem, quase sem perceber, pois o mundo desbotou de tanto charlatanismo e capitalismo selvagem, sacrificou, corrompeu, amedrontou, ignorou. Esta nova luz descerá sobre a terra independentemente de qualquer vontade ou religião. Isso acontece na história terrena depois de grandes depressões – é o que chamo de luz verde.

Carrascos, reis, papas, colocaram heresias no fogo do passado, na forca, e ainda ardem as feiticeiras, os alquimistas, e até os templários, os infortúnios da cruz Deus sabe, nós os criamos, e ele nos criou a fé e medo, a ferro e fogo, à sua imagem e semelhança, a sabedoria era heresia, e ainda é.

Agora queremos um Deus que não nos exploda, não nos abata a tiros, não nos mande matar nossos filhos, nem atravessar desertos e oceanos embaixo de um sol abrasador, que não nos afogue, pois quem anda pela terra nesses tempos cruéis, sabemos quem é, e não direi seu nome, terá que ser derrotado pelo amor. Vem aí a nanotecnologia e tudo será possível; os antibióticos já eram, só um corpo mais robótico suportará a nova vida e as viagens galácticas. Sinto que preciso morrer, para renascer piloto de espaçonave; desejo viajar pelas estrelas em algo tão seguro quanto meu pensamento. Difícil, né?

Amor, mande-me uma carta quando eu não estiver mais aqui; diz que tem um cheiro que tu lembra de mim, e que ficou forte a paixão da poesia que eu te fiz querendo parar o mundo só pra te pedir perdão, perdão por ser poeta e viajar para o Cosmos só no pensamento, passar dias longe viajando sem sair do lugar. Sim, eu fui aos museus e às obras de arte, fui ver outros países, como Munhoz, assim o foi, fui ver a arquitetura das cidades, mais fui em pensamento, como uma paina de samaumeira ao vento, sobrevoando o mundo.

Fui porque tenho amor, o amor de Laurindo quando corria pela vida feito gazela com sua linda corrida, e ainda tenho tempo para escutar durante dias os ensinamentos do viajante mestre Raul Tabajara, generoso e cheio de sim, e decorei o decoro de Paulo César nesta sabedoria em mente suave que voa do norte. Mas quer saber? Em dias de ânsia bebo um tipo de cachaça e choro, lembro de amigos que foram antes da nanotecnogia chegar, foram alcançar a infinita esperança de rever o mundo; acho que estamos ficando velhos, Douglas Lima, pois me preocupo com você em noites de lua, quando uivamos em sincronia pros rumos da saudade de tantas coisas que nem sabemos o que é, e sabemos que escrever é cachaça, mas é cachaça boa de beber, é água que passarinho bebe, sim, porque bebo e canto meu amigo, canto em homenagem a um planeta que você sem perceber me ensina a escrever todas as manhãs nesta mesa de domingo na Rádio do Melo, que viaja para todo o Brasil; aqui eu desabafo junto com vocês as dores e os prazeres do mundo pra quem quiser ouvir.

Por mais que não sigamos ao pé nossas palavras, eu me sinto seguro e redimido todas as manhãs de domingo em que sua voz em religare entra em contato com quem nos ouve, pois é lá onde pulsam os corações que mora o Deus do amor que sabemos ser o caminho, a verdade e a vida, a Luz do Mundo.

Obrigado, amigos, nem só de pão viverá o homem, mas também de toda palavra divina. Feliz Natal!