Ulisses Laurindo
O Adeus das Olimpíadas
Hoje é o ultimo dia dos Jogos da XXXI Olimpíada da era moderna e o encerramento oficial será a partir das 19h15m, com a presença de todas as delegações, que seguirão aos moldes dos eventos anteriores, com discurso de despedida e a entrega da bandeira olímpica aos dirigentes japoneses, que a levarão para Tóquio, onde ficará até 2020, data dos trigésimos Segundo Jogos.
Apesar da solenidade, a programação esportiva faz sua derradeira etapa, começando às 8h30m, com o desfecho das lutas de todas as categorias. A maratona, tradicional no dia dos Jogos terá inicio às 9h30, correndo os 42 mil 195 metros pelas Zonas Sul e Oeste da cidade. Além da maratona, o último dia reserva grandes emoções, como as decisões do voleibol e do basquete, e de mais diversas competições na luta pelos terceiros lugares.
As Olimpíadas do Rio, a principio cercadas de grande expectativa, primeiro pela epidemia dos vírus Zika e Dengue, vão chegar ao seu final sem incidentes maiores, principalmente aquele de que mais se temia, que era a possibilidade da presença de terroristas no Brasil, como vinha acontecendo na França. Diante das suspeitas, os governos do Estado do Rio e o Federal disponibilizaram mais de 42 mil militares, cobrindo as diversas áreas da cidade e nos locais eventos. Salvo as primeiras reclamações da delegação australiana, denunciando as más condições dos apartamentos, as autoridades brasileiras resolveram a questões e a partir disso não houve mais atritos.
Hoje, o Brasil decide sua sorte sobre a possibilidade de chegar entre os 10 primeiros países na liderança de medalhas. Até ontem, a seleção contava com cinco de ouro e mais cinco de prata e bronze. A luta às aspiração brasileira corre por conta da Austrália, que ocupa a décima colocação com sete medalhas de ouro, que prevalece na contagem geral.
Praticamente o Brasil se saiu vitorioso na promoção dos Jogos na parte de organização. Depois de construir modernamente as instalações mais perfeitas, foi elogiado na construção da Vila Olímpica com 34 edifícios e 3 mil 400 apartamentos que serão vendidos para a população.
Mas o Comitê Olímpico Internacional está COI, está estudando que os futuros Jogos não tenham a grandiosidade dos atuais, pois o gigantismo está criando dificuldades para futuras cidades aceitarem a promoção.O exemplo maior foi o do Japão 2020, que só aceitou promover a competição mediante condição de não ter que construir novas instalações,aproveitando as que existem ainda dos Jogos de 1964. Na ocasião outras cidades recusaram, como Boston,Estocolmo. O problema maior é a deixa dos elefantes brancos.
Brasil e Alemanha, a bola do dia
O futebol compõe um das mais de 45 modalidades dos Jogos Olímpicos, mas na tarde de hoje ,no Rio, pelo gosto do torcedor brasileiro, o futebol vai ocupar o primeiro lugar, durante a partida Brasil e Alemanha, decidindo o título olímpico, inédito para os brasileiros. A seleção brasileira ,com Neymar pode ser apontada como favorita, embora o nível do futebol alemão sempre se pressupõe partida equilibrada. O Brasil começou mal a competição empatando de zero com Iraque e África do Sul, resultado que deixou dúvida sobre as condições da equipe, logo reaquecida com vitórias sucessivas, sobre Colômbia e Honduras. Enquanto a seleção brasileira se formou com jogadores pertencentes aos times mais fortes do país, os alemães vieram ao Brasil, com sua maioria de jogadores sem expressão.
Usain Bolt que apareceu para o atletismo e o mundo em 2008, depois de seu tricampeonato nas prova de 100 e 200 metros rasos, esta anunciando que não pensa em competir nos Jogos do Japão, em 2020, pois com 29 anos, considera improvável de manter em forma até aquele ano. Bolt é integrante da equipe de revezamento 4x 100m, da Jamaica, grande favorita para conquistar novo tri e somar ao todo nove medalhas de ouro.
Decepcionado por estar excluída da equipe russa nos Jogos do Rio Yelena Isinbayeva anunciou, no Engenhão, quando assistia as provas de atletismo, que vai se aposentar das pistas. Com 34 anos, Yelena foi campeão olímpica em 2008 e 2012 e não pôde competir no Rio/16, devido a problema da Federação Russa, envolvida em dopping. Ela recorreu, mas seu recurso foi negado mas sempre afirmou que jamais usou drogas durante seu estagio nas pistas.
Faltando ainda dois dias para o término das disputas dos Jogos, a delegação dos Estados Unidos já somou 100 medalhas, sendo 35 de ouro. A equipe norte-americana é forte em todas as modalidades,e quando não obtém o ouro, complementa com prata e bronze, nas primeiras com 33 e nas segundas, com 32. A grata surpresa na disputa é a Grã-Bretanha, que tirou lições dos Jogos de Londres, em 2012, e está na segunda colocação, com 23 de ouro 21 de prata e 13 de bronze. A China, tradicional força do esporte olímpico, é a terceira colocada com 21 de ouro, 17 de prata e 23 de bronze. Mesmo com sua equipe incompleta, devido a punição de dopping, a Rússia é a quarta, com 13 de ouro, 15 de prata e 19 de bronze. O Brasil ocupa a 13ª posição, com 15 medalhas, sendo cinco de ouro.
Revanche só em Copas
Está no ar a ideia de revanche dos 7 a 1 contra a Alemanha pela medalha de ouro, na partida final do futebol olímpico, amanhã, no Maracanã. O retrospecto das duas seleções indica flagrante favoritismo brasileiro para o inédito título. A diferença maior, no momento, está que o time de Neymar se reforçou com elenco de primeira linha dos clubes do país, enquanto os alemães, voluntariamente ou por dificuldade mesmo, formou uma seleção sem grandes astros dos clubes locais. Embora ainda permaneça na garganta dos torcedores a derrota na Copa o fato é que a diferença entre Copa do Mundo e torneio olímpico é muita grande. Amanhã, claro, vale a vitória como prova da qualidade atual das duas seleções e não como sentido de desforra raivosa, palavra incomum no esporte.
A perspectiva da décima colocação do Brasil entre os ganhadores de medalhas no Rio/16, está, aos poucos se tornando inviável, devido a baixa posição brasileira, até ontem, em 15º lugar, com 14 delas, sendo quatro de ouro e cinco cada de prata e bronze. A maior dificuldade é que os adversários mais próximos são Itália, França, Holanda e Austrália, este com sete medalhas , em décimo lugar, tornando dificil a subida do Brasil, porque nas finais restantes dos vários esportes são remotas a conquista de um número para se igualar aos países que estão na frente. Algumas modalidades tinham com certa a conquista do ouro, o voleibol feminino, bicampeão olímpico e acabou perdendo na semifinal para a China, depois de passar a fase classificatória invicta, sem perder um set sequer.
O desejo do Comitê Olímpico Brasileiro é válido, mas, ao mesmo tempo, precisava estruturar as diversas equipes nacionais para chegar ao objetivo almejado. Se não deu certo agora, a solução é ter o mesmo pensamento em relação a Tóquio, em 2020. Uma delegação que participa de competição com atletismo e natação juntos e que têm em jogos mais de 70 medalhas e, ao final, conquistar apenas uma, infelizmente, é não querer evoluir. O atletismo pode dar muitos campeões, por ser um esporte natural e aceito por todos so jovens. A natação tem campo para ser desenvolvida, pois o Brasil é um país costeiro e nadar é necessário.
Vale lembrar os medalhistas do Brasil até o 12º dia de competição do Rio/16: Ouro: Rafaela Silva (judô),Thiago Braz (atletismo),Robson Conceição (boxe); Martine Grael e Kahena Kunze ( 49erFx) Prata: Henrique WU( tiro), Diego Hipólito (ginástica), Arthur Zanetti (ginástica), Isaquias Queiroz (canoagem), Ágata e Bárbara (voley de praia); Bronze: Maira Aguiar (judô), Rafael Silva (judô, Arthur Nori (ginástica), Poliana Okimoto (maratona aquática) Isaquias Queiroz ( canoagem).
Futebol ajuda meta das medalhas
A seleção masculina de futebol com a vitória sobre Honduras, ontem, à tarde, no Maracanã, mostrou-se favorita para conquistar a medalha de ouro e ajudar o Brasil a chegar ao topo das 10 melhores colocadas no ranking das vencedoras. Para subir ao décimo lugar, os brasileiros precisam de , no mínimo, 23 medalhas, com prevalência para às de ouro, com peso maior.
Até o momento, faltando apenas quatro dias para o final dos Jogos, os atletas brasileiro ocupam a 16ª colocação, com 11 medalhas, sendo três de ouro, quatro de prata e quatro de bronze. Em seu encalço estão países com tradição no esporte olímpico, como França (8), Itália (8) Holanda (8),Austrália (7) Japão (7), todos com possibilidades de aumentar o número até agora conquistado. Para pretender chegar ao objetivo traçado antes dos Jogos, o Brasil precisará, no mínimo,de mais quatro medalhas de ouro, pois ainda tem duas chances, no voleibol de praia, no já visto futebol e voleibol masculino, ainda Isaquias, na canoagem, Taewondo, com Venilton Teixeira. Algumas modalidades coletivas, como o voleibol feminino, o handebol, masculino e feminino, futebol feminino não corresponderam e ficaram pelo caminho, encurtando o caminho do COB.
Uma estatística ainda pouco conhecida é o fato de que das 11 medalhas até agora conquistadas pelo Brasil nove delas são oriundas de atletas ligados às Forças Armadas. As três medalhas de ouro pertencem a representantes das Forças Armadas: Rafael Silva, Thiago Braz e Robson Conceição. O convenio com o esporte brasileiro surgiu em 2008, quando os militares disputaram o Mundial, no Rio de Janeiro. O Ministério dos Esportes aceitou o planejamento dos militares com a criação do pelotão de atletas, admitindo-os em suas fileiras no cargo de 3º sargento, com soldo de R$ 3 mil 200 reais brutos. Já em 2008, os militares brasileiros ganharam o mundial, partindo daí a idéia da manutenção dom projeto que, em, Londres já teve feito, com 17 medalhas, e agora, no Rio, com ouro e prata e bronze.
A grande decepção para o esporte brasileiro e, ainda mais, para a seleção foi a desclassificação da seleção feminina de voleibol, bi-campeã olímpica em 2008 e , e que de ampla favorita acabou eliminada pela seleção da China. O treinador José Roberto Guimarães que conquistou o título olímpico no feminino e masculino disse que não sabe o que vai ser do futuro da seleção, admitindo que grande parte das jogadoras estão se despedindo, com Sheila, Fabiana, Dani Lins Jacqueline, Thayssa. Quanto a ele, ainda não formulou seu próximo caminho
O herói do salto com vara
Thiago Braz, um jovem de 22 anos é novo herói do atletismo brasileiro com seu espetacular recorde olímpico, no salto com vara, com o índice de seis metros e três centímetros. O atletismo estava precisando resultado como esse já conquistado por Adhemar Ferreira da Silva, Joaquim Cruz e Mauren Maggi. Como os medalhistas anteriores, Braz também é produto de sua própria iniciativa de se tornar campeão. É um exemplo de que o atletismo brasileiro pode produzir muitos campeões.
Ao contrário, quem teve má sorte foi a Muerer, antes apontada como provável medalhista. Não foi feliz e nem se classificou, alegando problemas físicos, decorrentes da lesão da hérnia de disco que a afastou dos treinamentos durante alguns meses. Recordista sul-americano, Muerer anunciou aposentadoria das pistas.
O futebol feminino levava muito fé na medalha de ouro e, por isso, confiou demais e acabou caindo para a Suécia, nos pênaltis, na semifinal, ontem, no Maracanã. Depois do placar de 5 a 1, aplicado na mesma seleção durante os jogos classificatórios, o treinador Vadão e a turma comandada por Martha, jamais poderia imaginar qualquer tropeço diante de um adversário moralmente abatido. Mas guerra é guerra. Diante da inferioridade no jogo anterior, o treinador sueco comandou uma terrível retranca, objetivando a prorrogação e, finalmente, as penalidades. E não deu outra. A seleção brasileira, sem inspiração, acabou envolvida pelo adversário e não saiu do empate, perdendo nas penalidades. Agora a chance das brasileiras é esperar o resultado de Nigéria e Alemanha para tentar a medalha de bronze, retrocesso a disputas anteriores, quando conquistaram duas vezes a prata.
Não se deve misturar alegria com tristeza. Mas é dever anunciar a morte de João Havelange, ex-presidente da Fifa, ontem, no Rio de Janeiro, com 100 anos de idade. JH foi o responsável pela a expansão do futebol pelo mundo inteiro, principalmente no continente africano. Injustiçado no final de sua vida, João Havelange deixou grande legado ao esporte em geral.
O vasto programa horário olímpico obriga a sérias incoerências, como, por exemplo, fazer uma final dos 100 metros rasos masculino com intervalo de apenas uma hora em relação à semi. Foi o que aconteceu na vitória de Usain Bolt. No Engenhão. Ele protestou e os dirigentes corrigiram em relação aos 200 metros, com diferença de horário bem maior, ou seja, eliminatórias num dia, e finais noutro. O esforço de uma prova, sem recuperação pode provocar distensão muscular
Como sempre os Estados Unidos comandam a conquista de medalhas. Já tem 28 e até domingo, no final dos Jogos esse número será aumentado. O Brasil te esperança em aumentar o número de duas – Rafaela Silva e Thiago Braz – e esperar novos pódios mais altos.
Seleção feminina disputa semi
Aparentemente, a partida semifinal que a seleção brasileira feminina de futebol fará esta tarde, no Maracanã, hoje, a partir das 13 horas, contra a Suécia, pode parecer muito fácil, porque, na fase de classificação, o Brasil aplicou o elástico de 5 a 0, além de se manter invicta na competição. Hoje, também. em Belo Horizonte, no Mineirão, a Alemanha enfrenta o Canadá, para apontar a outra seleção para a grande final, no Maracanã.
A jogadora Marta, líder da seleção brasileira alertou às colegas de que a vitória de cinco gols sobre as suecas pode não ser parâmetro para a partida desta tarde, considerando a posição de vanguarda da seleção européia. A decisão masculina começa a ser definida também amanhã, quarta-feira, com os jogos Brasil e Honduras, às 13 horas, e Alemanha e Nigéria, às 16 horas, ambas no Maracanã.
A expectativa que cercava o atletismo na disputa destes Jogos no Rio Janeiro não era muito bem esperada, primeiro pela ausência dos atletas russos, que sempre rivalizaram com os norte-americanos. Mas isso não está acontecendo e o atletismo está enchendo de público o Engenhão e, melhor, oferecendo bons resultados e até recordes mundiais, em três provas. O primeiro foi da atleta etíope Almaz Avana, nos 10 mil metros, estabelecendo a nova marca de 29m17s,45; o segundo, foi o jovem atleta de 26 anos, da África do Sul, que detonou o tempo de Michael Jonhson, de 43s19, correndo agora para 43s08, numa das mais perfeitas corridas da distância, pela elegância e técnica.Por fim, outra marca foi quebrada, agora por intermédio da polonesa Anita Wlodarczyk, no lançamento do martelo de quatro quilos, na distancia de 82,29cm.
Para o atletismo brasileiro, que no quarto dia da disputa não conseguiu sequer colocar um representante entre os finalistas poderá a partir de agora medir a distancia que o separa dos centros mais adiantados desse esporte. A única esperança de medalhas, nos 47 eventos, é atribuída à saltadora Fabiana Muerer, que poderá figurar entre as três melhores no salto com vara, tendo, porém, que desbancar adversárias dos Estados Unidos e Cuba.
Outro temor que acompanhava o atletismo era a ausência de público. Pelo contrário, no domingo, dia da prova de Usain Bolt, o Engenhão está simplesmente lotado, para alegria de todos que militam no atletismo.
A medalha de ouro de Arthur Zanetti, muito esperada por todos, acabou não acontecendo. Entende-se que o espaço de quatro anos pode ser prejudicial à forma física de um campeão, principalmente quando tem 26 anos. Seu título olímpico foi conquistado em 2012, em Londres e período que possibilitou o aparecimento de novos valores.
Brasil longe da décima colocação
É cedo para se analisar o comportamento dos atletas brasileiros nos atuais Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, mas de uma realidade não se vai fugir do que aconteceu em disputas anteriores, quando o país com potencial de primeira se coloca como coadjuvante, vendo potências menores se conduzirem em situação melhor do que o Brasil.Foi com heroísmo que o governo brasileiro se colocou à frente de um evento de caráter mundial, sem, primeiro ter avaliado suas reais condições.
Não queremos comentar a parte política, porque ela está fora do esporte autêntico. O que é preciso frisar foi o quanto de despreparo que os dirigentes encararam a preparação das equipes nacionais para se medir em grande confronto. Algumas modalidades naturalmente não necessitam de melhor arrumação, porque vive em constante desenvolvimento, estando nesse caso o futebol, o voleibol o judô, que tem suas bases organizadas para grandes eventos.
Algumas áreas foram relegadas a planos secundários como, por exemplo, a vela que já deu grande número de medalhas ao país. É o caso do iatista Robert Scheitd, bicampeão olímpico da Classe Laser. O tratamento que deveria ser dado ao campeão deveria ter sido do mais alto grau e o resultado é que a medalha que seria quase certa, agora está na dependência de não vir, pois as colocações não são boa.
O atletismo grande atração dos Jogos nunca recebeu o apoio devido e seus atletas são produtos de esforços pessoais que tem um limite para avançar, porque os adversários têm estrutura na vida de atleta. A prova disso é a apagada presença nos principais eventos do esporte no mundo inteiro, culminando com Jogos Olímpicos, competição que o Brasil tem apenas quatro medalhas de ouro em sua história de 96 anos Duas delas pertencem a Adhemar Ferreira da Silva, no salto triplo, uma de Joaquim Cruz, nos 800 metros e a outra de Maurren Maggi, na distância. Através do atletismo é que se avalia o grau de desenvolvimento do esporte de um país, pois a partir do esporte base é que se forma todos os demais.
E o gosto pelo esporte e sua vocação estão presentes nos jovens brasileiros cuja vocação é grande. Repito que é cedo para um diagnostico do esporte brasileiro nesses Jogos, mas de antemão já se pode concluir que não será dos melhores, pois em disputa no oitavo dia de disputa, apenas três medalhas foram conquistas, de ouro, prata e bronze. Está claro que esporte é o maior passaporte para o progresso.
A vez do atletismo nos Jogos
Começou ontem e prossegue hoje com disputas até o dia 21, com a maratona, o atletismo, modalidade que reúne a maior atração dos Jogos, com mais 41 provas em destaque. Como acontece em todos os Jogos já se pode antecipar a participação fraca do atletismo do Brasil, em relação a perspectivas de medalhas, até mesmo as de bronze, porque às de ouro passam ser um sonho, devido a fragilidade dos atletas, muito abaixo do ranking mundial. Ontem, Geisa Arcanjo se colocou na classificação do arremesso do peso, e hoje disputa semifinal para obter vaga entre as oito finalistas. Nos 800 metros, Kleberson correu a distancia em 1m46,1 e sabe que, com esse tempo, terá dificuldade para figurar entre os finalistas.
A grande esperança de medalha para o atletismo é a saltadora de vara Fabiana Muerer,a melhor da América e também recordista do continente. Mesmo com a ausência de Yelena Ysinbayeva não facilita a colocação da brasileira, porque tem adversária nos Estados Unidos e em Cuba.
Robert Scheitd, bicampeão da Classe Laser, não está indo bem nas regatas deste ano, ocupando a 13ª colocação e com muita dificuldade para chegar às medalhas. O objetivo de Scheidt era permanecer na linha de frente nas primeiras regatas da série. Não aconteceu e em duas regatas chegou em 23ª e 27ª o coloca em séria dificuldade para chegar ao tri olímpico com se especulava.
Detentor de 22 medalhas de ouro em Jogos Olímpicos, sendo quatro delas no Rio de Janeiro, o nadador Mike Phelps pode ainda chegar a mais uma conquista, na prova de 100 metros borboleta, onde é especialista. Depois dos Jogos de Londres, em 2012, Phelps anunciou que poderia parar de nadar. Depois de um período afastado, com problemas de drogas,, afinal, desfeitos, o nadador objetivou as finais do Rio de Janeiro e, em grande forma, acabou ganhando quatro finais, aumentando sua estatística para 22 e próximo da 23ª.
A meta de se colocar entre os dez países vencedores de medalhas expressadas pelos dirigentes do COB está difícil de ser alcançada depois do baixo nível de conquista nas modalidades individuais, como a natação, por exemplo. Até agora, os brasileiros não subiram ao pódio o que torna a previsão longe de ser atingida. Ontem começou o atletismo, outra disputa que distribui muitas medalhas as chances são pequenas no máximo uma ou duas. Só agora é que o dirigentes avaliam o ocaso do atletismo do país, em comparação com as verdadeiras potências olímpicas.
Argentina na final da Copa América
o que parece, a seleção da Argentina está reencontrando seu melhor futebol, como foi visto na goleada sobre a seleção dos Estados Unidos, pela Copa América Centenário, pelo placar de 4 a 0, diante de 70 mil torcedores, que saíram decepcionados com o fracasso, pouco admitido. A decisão da Copa América terá os argentinos, jogando contra o vencedor de Chile e Colômbia, participantes da outra semifinal. Durante a partida, Messi se consagrou como o maior artilheiro da seleção, com 55 gols, um a mais de Batistuta.
Gabriel Jesus
Mais uma promessa do futebol brasileiro poderá ir jogar na Europa. Este é Gabriel Jesus, 19 anos, do Palmeiras, que está sendo observado pelo Barcelona, que ontem mandou emissário para observá-lo na partida Palmeiras e América Mineiro, pelo Brasileirão, vencida pelos paulistanos, por 2 a 0, com os gols do atacante. A vitória manteve o time do Parque Antártica na liderança do Brasileirão, com 22 pontos.
Eurocopa
A seleção da Espanha, uma das favoritas para conquistar o título da Eurocopa, atualmente disputada na França, sofreu ontem inesperada derrota para a Croácia que, depois de dominada durante quase o tempo todo, fez um gol no final da partida, por 2 a 1, obrigando os espanhóis e terem que enfrentar a Itália, na seqüencia. O treinador Del Bosque escalou a seleção com vários reservas e não esperava o resultado o ruím. Durante o jogo a Espanha foi melhor e acabou perdendo um pênalti .
30 anos
O famoso gol de mão de Diego Maradona, contra a Inglaterra, em 1986, na Copa do México, fez ontem 30 anos, e, ainda hoje, é lembrado como grande feito do jogador argentino que, num lance com o goleiro Peter Shilton, de 1m83 e ele com 1m65, disputou a bola no ar e, com a mão, desviou-a para o gol.Todo mundo testemunhou que o gol foi feito com a mão, e apenas, o árbitro tunisiano Al bin Nasser, não viu.Argentina ganhou o título. Nesse jogo ficou também a marca que, para alguns, foi o gol mais bonito do futebol em todos os tempos. Maradona passou por sete adversários e na pequena área completou para as redes.
Neymar
Não há novidade no caso da transferência de Neymar para o PSG, da França. O Barcelona quer renovar seu contrato que tem vigência até 2018 e diz que não cobre qualquer quantia vinda do time francês. A idéia de Neymar e sua assessoria querem a mudança, por acharem que na Espanha ele não ganha o Bola de Ouro, devido a presença de Suarez e Messi.
Vitória é vital no futebol
Qualquer que seja o resultado do jogo entre Brasil e Dinamarca, logo mais, em Manaus,mais uma vez ficará patenteado que o futebol brasileiro perdeu o brilho de outrora e, hoje, se apoia na ideia de que ainda é o melhor, deixando de lado o principal fator para se chegar à vitória, ou seja, responsabilizar quem de fato tem mérito e não indicar profissional amigos para as grandes decisões do país. Isso acaba de ocorrer na seleção olímpica, que hoje terá que vencer e, mesmo assim, depender do comportamento dos adversários, sob pena de ficar a ver navios, na fase final da competição. Micale, o nome do treinador não tem peso nenhum no futebol, mas foi indicado, provavelmente, por amigos e está dando no atual sofrimento.
O primeiro modelo que começou a afundar o futebol penta campeão do mundo é a maneira como treinam as equipes, como aconteceu agora nos Jogos Olímpicos. Devido a compromisso com seus clubes os jogadores se apresentam em períodos intercalados e, aí, o trabalho sofre desgaste, e, com o agravante, de que são chamados os preferidos dos dirigentes. Resultado, uma seleção que um dia já teve Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo Fenômeno, Romário e outros craques, hoje fica limitada a jogadores menores e com a pretensão de mostrar ao mundo um futebol exuberante. Em esporte não há castigo e sim mérito. O Brasil desaprendeu.
Desde há muito tempo que os dirigentes do Comitê Olímpico Brasileiro alimentam a ideia de colocar o país até o décimo lugar entre os vencedores de medalhas. Para isso contava com vitórias no voleibol, de quadras e praias, na performance do judô, da vela, da ginástica. Com apenas medalhas, uma de ouro, de Rafaela Silva e Wu, no tiro, o percentual parece ser dificil de ser atingido, porque o antes era tido como certo não parece tão afirmativo. O voleibol de Bernardinho e o voleibol de praia, pelo menos os dos homens, não estão assim tão à vontade. Mas para compensar, tem o handebol masculino e feminino e, quem sabe, ainda outra modalidade que pode surpreender. A ideia do COB parece que corre algum risco.
Antes de fazer qualquer prognóstico sobre medalhas, o COB deveria atentar para o valor da natação e do atletismo,ambos com chuvas de medalhas. O atletismo por exemplo, distribui mais de 40 medalhas individuais, o mesmo acontecendo com a natação. Por isso, os norte-americanos vencem sempre as olimpíadas, porque eles são imbatíveis. Usain Bolt, provável vencedor dos 100 metros rasos, faz jus ao premio igual a todo time de futebol.