Wellington Silva
O fanatismo político e religioso
Wellington Silva
Jornalista e Historiador
O fanatismo político e religioso atrofia a mente das pessoas, provocando propositadamente um distanciamento da realidade. Ambos deformam o Estado, a vida das pessoas e desgraçam o futuro de uma nação. Funcionam como anestesia, ou uma droga, a necessária “receita” de controle de poder sobre as massas.
Parte da massa crítica intelectual, os livres pensadores, neste sistema, passam a ser considerados como uma espécie de vírus letal que precisa ser contido, isolado, desmoralizado, e se necessário destruído, eliminado.
O fanatismo político visa sempre a promoção da imagem e a imposição pessoal e personalizada de seu pensamento. Inexoravelmente, em sua fase inicial, cedo ou tarde ou mais cedo do que se espera promove a ruptura radical com tudo aquilo que se opõe a sua corrente de pensamento.
Depois ocorre a imposição de uma corrente única de pensamento, gerando a aculturação das massas.
O fanatismo religioso utiliza as mesmas práticas!
Juntos eles representam uma séria ameaça as liberdades individuais e coletivas, a democracia, e historicamente sempre acabam em desgraça e atraso às sociedades.
Ambos são irmãos gêmeos de uma ignorância cega, o infeliz atraso moral capaz de empurrar pessoas ao abismo da intolerância política e religiosa, da desagregação, do ódio e da violência extrema.
Disse o Divino Mestre, no ápice de seu Sermão da Montanha:
“ Deixai-os! São cegos e guias de cegos. Mas se um cego guiar a outro cego, virão ambos a cair na cova.” (São Mateus 15-13:14)
“ Desabaram aguaceiros, transbordaram os rios, sopraram os vendavais, dando de rijo contra essa casa, e ela caiu, e foi grande a sua queda.”
(São Mateus 7-24:27)
Nossos Heróis
Eles não usam pistolas e não contam bravatas!
São médicos e médicas, técnicos de enfermagem, enfermeiras e enfermeiros e bombeiros socorristas!
Suas armas são a ciência, a intervenção médica necessária e inteligente em caráter de urgência no combate de enfrentamento ao covid-19 nestes tempos sombrios de pandemia mundial. Alguns destes profissionais, lamentavelmente, já sucumbiram nesta luta inglória, vítimas do implacável inimigo invisível:
O vírus circulante que está no ar com sua rápida capacidade de contágio!
O número de enfermeiros e técnicos infectados, afastados e vítimas do vírus já deu um salto preocupante no Brasil. A maioria destes profissionais afastados, principalmente da área de enfermagem, tem entre 31 e 40 anos, sendo a maioria, mulheres.
Em Macapá, capital do Estado do Amapá, a perda da grande profissional de saúde, Gracinete Espíndola Paiva, vítima de covid, até hoje é sentida por colegas enfermeiros, familiares, médicos e amigos.
Mas um dos casos mais comoventes foi o do médico anestesista Diamir Gomes, 74 anos, que relatou tudo ao filho, a começar pelo mal pressentimento. Alguns dias atrás já apresentava sintomas de gripe e logo percebeu a piora acelerada em sua respiração. Por intuição, manda um áudio postado por Whatsapp para seu filho Diego dizendo que “iria para o hospital e não sabia se voltaria: “Fique bem, é a vida”. Este foi o último contato do pai antes de morrer por complicações decorrentes do novo coronavírus. O médico morreu em Santos, litoral de São Paulo. Tinha sido dispensado há poucos dias após dar plantões no hospital onde trabalhava, em São Paulo, por pertencer ao grupo de risco.
Lamentavelmente, a situação dos profissionais de Saúde vem se mostrando crítica em cidades onde o sistema sanitário já chegou ao colapso tais como Manaus, Belém, Fortaleza, Recife, São Paulo e Rio, por exemplo. Com as unidades de tratamento intensivo quase todas lotadas, a situação já está ficando insustentável também em outras capitais.
Um grave problema enfrentado pelos profissionais da enfermagem tem sido a falta de equipamentos de proteção individual, os EPIs. E muitos afirmam que não se trata somente da escassez desses produtos, mas sobretudo a qualidade questionável do material. Outra questão, que sempre ressaltam, é o necessário treinamento das equipes para o uso correto destes equipamentos. Alguns revelam que muitos profissionais se contaminam pelo uso inadequado do EPI, ou na hora de retirada da máscara, luvas e avental.
E ainda temos de assistir na tv, boquiabertos, a agressividade do senhor Renan da Silva Sena contra o protesto silencioso de profissionais de enfermagem, em Brasília, na Praça dos Três Poderes. Eram mulheres, profissionais de saúde que salvam vidas, que foram agredidas!
Milhares de brasileiros, indignados, novamente tem de assistir mais esta aberração!
Mais uma vez, não merecemos tanto!
Não merecemos tanto!
Sinceramente, parece que o Brasil foi praguejado!
Tivemos o longo e demorado processo de impedimento da Dilma, com grandes problemas políticos e principalmente institucionais. Depois veio o escândalo da Petrobrás com políticos e empresários envolvidos, abertura de inquéritos, interrogatórios diversos e por fim o tão esperado interrogatório e a consequente prisão do Lula, que muita gente achava que jamais iria ocorrer, mas ocorreu. Hoje, parece que temos o sanatório institucionalizado no país!
O conselheiro maluco e sua cartilha alienante afirma na mídia eletrônica e para o Chefe e seguidores do Planalto Central do Brasil que a pandemia do covid-19 não existe. O senhor Edir Macedo, amigo do Chefe, afirma em vídeo aos fiéis “para ninguém se preocupar com o coronavírus porque essa é mais uma tática de Satanás”. Enquanto isso, em plena ascensão da pandemia, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, é afastado do cargo. Logo, na sequência, vem Sérgio Moro, da Justiça, com pedido de demissão da pasta e revelações bombásticas.
E dizem teólogos que o presidente se transformou em uma espécie de figura de “autoridade religiosa”, capaz de influenciar posicionamentos em pastores e fiéis. Guilherme de Carvalho, em sua análise, considera esse fator como principal motivação de grupos contrários ao isolamento social. Talvez venha daí a razão psicológica das expressões “ eu não sou coveiro” e o atual “ e daí!?”
Nestes últimos dias, uma das previsões mais preocupantes feitas por Mandetta mostra o horror previsível da realidade: o colapso do sistema de saúde! Enquanto isso, ainda temos de aguentar os absurdos do ministro Weintraub (Educação!!!???), com suas declarações racistas e preconceituosas contra o povo chinês, causando sérios problemas na diplomacia. Não bastasse, no momento em que o mundo luta contra o covid-19 e os órgãos de saúde e imprensa solicitam cuidado com aglomerações, manifestantes palacianos resolvem aglomerar-se em frente ao QG do Exército, em Brasília, para exprimir um claro atentado as liberdades individuais e coletivas e a democracia, deixando muitos generais profundamente irritados.
Bem antes da pandemia, a sociedade brasileira assistiu as absurdas declarações do senhor Sérgio Camargo, ex-Secretário Nacional de Cultura, o negador de si mesmo e das nossas raízes culturais. Tivemos também de assistir as aberrações do senhor Mantovani, felizmente afastado, e aquele outro simpatizante do ministro da propaganda de Hitler, também felizmente afastado.
Mais recentemente, novamente Weintraub (Educação!!!???) faz comentário, desta vez em seu twitter, em tom de ironia, a fala de um médico que lamenta a morte de sua sogra, vítima de covid-19, pelo fato de não ter podido fazer nada.
Escreve Weintraub no twitter:
“Mais uma morte suspeita”
Deputada Janaína Pascoal, indignada, escreve:
“ Cala a boca sem noção! Toma vergonha na cara e respeita as pessoas”.
A crítica absurda de Ernesto Araújo, ministro das Relações Exteriores, sobre o que ele define ser “o projeto globalista” ou globalização uma “agenda comunista globalista” é exatamente parte integrante do texto dos 17 Desafios do Milênio, documento assinado pelo Brasil e demais integrantes da ONU. Roberto Abdenur, do Centro de Relações Internacionais, considera um delírio ver a globalização como um movimento comunista. Bem sabemos que a globalização fez nascer o euro, incentivou o livre mercado mundial e os processos de trocas de tecnologias, a informação em tempo real.
Mas o que todas estas “figuras” ministeriais citadas tem em comum? São fiéis seguidores, indicados para tais cargos, pelo incendiário senhor Olavo terraplana.
Parece que o governo virou um campo experimental fértil de extremos e bobagens absurdas, em plena pandemia. O Messias tinha tudo para se tornar um grande estadista, o presidente que apoiou irrestritamente o combate a corrupção e o covid-19. Infelizmente e lamentavelmente, está fazendo tudo ao contrário.
PREVISÃO DE FUTURO:
Não será a saída de Mandetta e de Sérgio Moro do governo as causas ou fatores determinantes de alertas jurídicos ou de provável impedimento do presidente, muito menos a imprensa. O grande mal palaciano continua residindo nas maluquices de conselheiros malucos, meninos e seguidores fanáticos extremistas.
Sinceramente, parece que o país foi praguejado!
Não merecemos tanto!
O pesado ônus ao ignorar a pesquisa
Ao que tudo indica, pesquisas nos Estados Unidos, Europa e em outros países já estão adiantadas para se chegar a uma vacina que possa efetivamente imunizar a humanidade contra o Covid-19, já anunciando para breve os testes em um grupo de 500 pessoas.
E parece que o Brasil está bem na foto no ranking mundial quesito combate ao Covid-19. Isso evidentemente se deve ao trabalho do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e sua equipe técnica, assim como de governadores, prefeitos e equipes técnicas estadual e municipal.
Agora, infelizmente, anos atrás governos jogaram fora a possibilidade de avançar na produção de vacina para conter a Sars (síndrome respiratória aguda severa) e a Mers-Cov, a síndrome respiratória do Oriente Médio. Tudo começou em 2002, quando a Sars se espalhou em 29 países, infectou mais de 8 mil pessoas e matou cerca de 800. Após estudos, ficou comprovado que o patógeno causador da doença era um coronavírus que se originou em um animal e depois se espalhou entre humanos na Província chinesa de Guangzhou.
Em várias regiões do planeta, havia grande expectativa para saber quando uma vacina estaria pronta para combater a Sars. Na época, diversos cientistas da Ásia, Estados Unidos e Europa começaram a trabalhar febrilmente nessa busca, estudo que obviamente demandou tempo. Após a epidemia da Síndrome Respiratória Aguda ter sido controlada, vários protótipos surgiram, muitos prontos para testes clínicos. Diversos cientistas enfatizaram a urgência de produção de uma vacina contra esses patógenos, como prevenção. Infelizmente, não foram ouvidos, e os programas de financiamento ficaram abandonados.
Em 2016, uma equipe de cientistas em Houston, Estados Unidos, já tinha uma vacina pronta contra um coronavírus.
Maria Elena Bottazzi, Codiretora da Escola Nacional de Medicina Tropical da Faculdade de Medicina Baylor, e do Centro de Desenvolvimento de Vacinas do Hospital Infantil do Texas, revela o seguinte:
“Terminamos os testes e passamos a criação de um processo de produção em escala piloto para a vacina.Fomos aos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA e perguntamos: ‘O que fazemos para transferir rapidamente a vacina para a clínica?’ E eles nos disseram: ‘Olha, agora não estamos mais interessados’.
E enfatiza Bottazzi:
“Nós já teríamos um exemplo de como esses tipos de vacinas se comportam e, embora os vírus não sejam exatamente os mesmos, eles vêm da mesma classe”.
Mas esse não foi o único caso!
Dezenas de cientistas, em todo o mundo, tiveram de interromper seus estudos devido à falta de interesse e de fundos para continuar pesquisando os coronavírus, Brasil incluso na lista.
Susan Weiss, professora de microbiologia da Universidade da Pensilvânia, em declaração à BBC News Mundo, disse que“quando a epidemia de Sars terminou, depois de oito meses pessoas, governos e empresas farmacêuticas imediatamente perderam o interesse no estudo dos coronavírus. A Sars afetou a Ásia, com alguns casos em Toronto (Canadá), mas não chegou à Europa. Então, surgiu o Mers, o segundo corona vírus virulento, e ficou quase inteiramente confinado ao Oriente Médio”.
Para especialistas a Sars e a Mers foram dois avisos de fundamental importância sobre os graves perigos dos coronavírus, alertas que lamentavelmente governos não deram ouvidos.
Jason Schwartz, professor da Escola de Saúde Pública da Universidade Yale, é bem claro e vai logo direto ao ponto à revista americana The Atlantic:
“A preparação para esta pandemia deveria ter começado logo após o surto de Sars em 2002.Se não tivessem abandonado o programa de pesquisa de vacina para Sars teríamos muito mais bases prontas para trabalhar neste novo vírus intimamente relacionado ao anterior”.
Peter Kolchinsky, virologista e diretor da empresa de biotecnologia RA Capital explica que “o financiamento acabou porque não havia mercado para a vacina. A realidade é que, quando existe mercado, existe solução. “Hoje temos centenas de vacinas para coronavírus, mas são todas para animais: porcos, galinhas, vacas etc.Elas são vacinas para prevenir doenças que podem custar milhões de dólares à indústria avícola e pecuária. Pensava-se que os surtos de coronavírus em humanos poderiam ser controlados mais facilmente.O problema é que, para qualquer empresa, é uma péssima proposta comercial desenvolver um produto que, de acordo com as probabilidades, não será usado em décadas ou talvez nunca”, salienta.
Atualmente Maria Elena Bottazzi e sua equipe continuam trabalhando na atualização da vacina Sars de 2016 e em uma nova para a Covid-19.Ela e seus colegas buscam mais financiamento para suas pesquisas.
CONCLUSÃO: Se em 2002 tivesse ocorrido financiamento mundial para a vacina contra a Sars com toda certeza haveria elementos suficientes de informações científicas para a vacina contra o Covid-19 uma vez que os coronavírus estudados possuem aquilo que popularmente chamam de “parentesco” viral. E de pensar que a pesquisadora Maria Elena Bottazzi precisava apenas de três ou quatro milhões de dólares para efetivar a vacina.
A China que não conhecemos
Considerada o epicentro inicial que proporcionou o agravante epidemiológico para uma posterior pandemia mundial, a China que ainda não conhecemos totalmente vem ultimamente sofrendo grave retórica preconceituosa, com certeza promovida por cargas excessivas de sentimentos radicais, elevados ao extremo, evidenciando uma configuração de verdadeiro ato de insensatez e pré-julgamento contra uma sociedade onde residem 1,4 bilhão de habitantes, muitos em situação de pobreza extrema como vemos aqui no Brasil, África, ou no Brooklyn, burgo da cidade americana de New York, e Harlen, bairro de Manhattan, também na cidade de Nova Iorque.
Então pergunto:
O que você sinceramente seria capaz de comer para sobreviver?
Sobreviver em situações extremas sempre foi uma característica histórica bem típica do povo chinês. Na pré-história, a China foi habitada entre 550 mil a 300 mil anos antes de Cristo pelo Homuerectus, antepassado do Homo Sapiens. A cultura Majiabang, por exemplo, surgiu no sexto milênio a.C. sendo sua principal característica o cultivo do arroz, isso à cerca de 6.500 a.C, A agricultura chinesa tornou-se bem organizada e intensiva ao longo dos séculos seguintes, especialmente no sul.
Com o aparecimento dos chamados reinos combatentes, no final do século V a.C. houve grandes disputas por controle e poder: os reinos Quin, Qi, Zhao, Han, Wei, Chu e Yan, e depois as dinastias Ming, Song e Man Chu, sempre envolvendo massacre ou genocídio de populações para impor o poder pela força. Tempos mais tarde surge a segunda grande onda cruel da força mongol na China: Kublai Khan, destinado a realizar o sonho de seu avô, Gengis Khan, de conquistar o território chinês. Em 1.271, Kublai funda a dinastia Yuane domina os territórios atualmente ocupados pela Mongólia, Tibete, Turquestão Oriental, norte da China e boa parte da China ocidental e algumas áreas adjacentes, assumindo para si o título de Imperador da China. Em 1.279 as forças Yuan, com o apoio da genialidade de Marco Polo e suas gigantescas catapultas, aniquilam com sucesso a última resistência da dinastia Song meridional. Logo, Kublai Khan se torna o primeiro imperador não chinês a conquistar toda a China e o único khan mongol a realizar conquistas bem maiores que seu lendário avô, Gengis Khan.
Entre 1.839 e 1.842, com a expansão do poderio naval inglês, somado ao seu poder militar, após a queda de Napoleão Bonaparte, a China é colonizada pela Inglaterra, mais especificamente Hong Kong, na época considerada a joia do império britânico. Hong Kong só foi devolvida à China no dia 1º de julho de 1.997, após um século e meio de ocupação e aculturação inglesa.
Em 07 de julho de 1937, meados da Segunda Grande Guerra Mundial, o Japão invade a China, controla o país e proíbe terminantemente apresentações de artes marciais, treinamento e fabricação de armas tradicionais chinesas. O Japão impõe um estado de pânico e terror na população e provoca a guerra sino-japonesa, que durou até 9 de setembro de 1945, data em que o Japão finalmente se rende aos Aliados, leia-se americanos.
A partir do dia 1º de outubro de 1949, inicia a chamada onda maoísta (Mao TseTung). Logo, é proclamada a República Popular da China, resultado de sucessivas lutas entre o campesinato e o Partido Kuomitang, de Chiang Kai-shek. A idealização do socialismo chinês, pensado por Mao, seguiu o modelo soviético. Não demora o poder político de mal ocupa o Tibet com esmagadora força militar e trava uma luta desigual ao impor a dialética materialista maoísta sobre os conceitos espiritualistas tibetano, pisoteando assim os milenares ensinamentos de Buda e Confúcio. Portanto, para entender a arquitetura geopolítica da China do presente, condição ideológica, social e econômica no mundo, necessário se faz entender seu passado.
Atualmente, mudamos nós ou mudou a China ao realizar contratos comerciais importantes com o Brasil e o mundo, sempre inovando em tecnologias, tudo sob a liderança do carismático Xi Jinping, um gentleman no trato da diplomacia internacional desde 15 de novembro de 2012. Hoje, boa parte do mundo depende dos respiradores chineses como instrumento de defesa contra o Covid-19.
Deixa o Mandetta trabalhar!
Historicamente repetida tantas vezes, em vários cantos do planeta, a expressão popular “deixa o homem trabalhar” por vezes revela um sentimento de simpatia ou grande apreço do povo por alguém imbuído de espírito público, obviamente no ato de servir a coletividade em momentos de crise.
Evidentemente, em todo o Brasil é público e notório o grande apreço que o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, goza de parte expressiva da população. Pesquisa do Datafolha, realizada por telefone, mostra 1. 511 pessoas entrevistadas entre os dias 1.º e 3 de abril de 2020. Ela, a pesquisa, deixa evidente excelente percentual indicador de aprovação da gestão do ministro à frente da pasta do Ministério da Saúde, com 76% de aprovação nestes tempos terríveis de pandemia do Covid-19.
Observação: Do percentual de entrevistados, maioria são eleitores do presidente Jair Bolsonaro. Ignorar este cenário político e o excelente trabalho técnico que o ministro e sua equipe vem desenvolvendo seria no mínimo insensato e imprudente.
Jamais seria dispensável dizer que o ministro Luiz Henrique Mandetta possui excelente e dinâmica equipe técnica, podendo-se observar ao seu lado, nas entrevistas, Wanderson Kleber de Oliveira, omesmo que comandou planejado esforço de combate a pandemia do H1N1 em 2009, no Brasil. É ele que vez por outra dá a cara a tapa nas entrevistas coletivas do governo concedidas a imprensa. Em Porto Alegre, Wanderson Kleber de Oliveira conseguiu manter o controle da pandemia do H1N1 enquanto que outros ganhavam politicamente os louros da vitória.
Em 1990 Luiz Henrique Mandetta inicia sua carreira médica servindo como médico militar no posto de 1º Tenente do Hospital Central do Exército (HCE). Entre 1993 a 1995 atua como médico na Santa Casa de Campo Grande e também como conselheiro fiscal para a Unimed e Santa Casa. Em 2001, aos 37 anos, é eleito presidente da Unimed Campo Grande, o mais jovem a ocupar o posto na cooperativa.
Em 2004 tem um dos grandes desafios de sua carreira logo após assumir a Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul:
Controlar o preocupante surto de dengue no município!
Qual foi sua estratégia?
Focar o trabalho em grandes campanhas contra os vetores da doença. E deu certo! Tanto que logo depois é convidado a proferir palestras em vários estados sobre os métodos utilizados de combate ao H1N1, executados em todo o território nacional.
Nas eleições de 2010 conquista 78,7 mil votos pelo DEM (MS) para o cargo de deputado federal. Em 2014 é reeleito com 57,3 mil votos, sempre defendendo recursos para a saúde.
No dia 31 de janeiro de 2020, já como ministro da Saúde, reativa o Grupo de Trabalho Interministerial de Emergência em Saúde Pública, ato considerado de importância vital como estratégia de enfrentamento a pandemia do Covid-19. Sob seu comando o grupo passa a monitorar diariamente todos os cenários nacionais apresentados, sempre em conexão e sintonia com a Organização Mundial da Saúde, a OMS,diariamente atualizando informações na Plataforma IVIS para evidenciar números de casos suspeitos, confirmados e descartados, bem como definições de casos e eventuais mudanças em relação à situação epidemiológica. Pesou na indicação do ministro o apoio das associações médicas, santas casas de misericórdia e a frente parlamentar de medicina.
A Mãe Terra chora…
Imagens que chegam e são divulgadas no mundo, do Satélite Sentinel-5, da Agência Espacial Europeia (ESA), mostram uma sensível queda nos níveis de poluição na China e Itália após o isolamento social determinado pelas autoridades de saúde, por conta do coronavírus.
O Satélite Sentinel-5 possui a capacidade de rastrear diferentes níveis de poluição provocadas pelo homem, em especial a emissão de dióxido de nitrogênio oriunda do escapamento de veículos automotores e de centrais elétricas alimentadas a carvão.
Inicialmente, cientistas notaram enorme queda de poluição na China, cenário bem visível do espaço. Fei Liu, pesquisador da NASA e estudioso da qualidade do ar disse ser a primeira vez a observar “ uma queda tão dramática em uma área tão ampla para um evento específico”.
Na Itália, o mesmo fenômeno está ocorrendo na região norte, o que vem provocando atenção de pesquisadores do mundo todo.
Imagens feitas por Santiago Gassó, pesquisador de ciências atmosféricas da NASA evidencia a grande diferença entre o antes e o depois do surto de COVID-19 na Itália e China. As imagens mostram emissões de dióxido de nitrogênio em 7 de março e 7 de fevereiro para comparação visual e estudo. O pesquisador informou que os dados ainda precisam de mais análise, contudo, comunicou que colegas pesquisadores tem ultimamente postado tendências similares de outros sensores:
“ A ESA exibiu um vídeo confirmando o que eu apontei. Então, de fato, a tendência parece real”.
O vídeo apresenta uma queda extremamente rápida na poluição. Os dados do Sentinel-5, no vídeo da ESA,são de janeiro a meados de março. Ele mostra que a mancha vermelha e laranja de poluição sobre o norte da Itália vai diminuindo pouco a pouco depois do governo ter emitido as ordens de confinamento social.
Até os canais de Veneza, por onde as tradicionais “gôndolas” diariamente passeavam com turistas, está mais limpo.
Mas a que preço!?
Quantas vítimas o coronavírus ainda fará?
Mamãe, Laura Josefa, do alto dos seus 81 anos bem vividos, me deu mais uma lição de vida após comentarmos tudo isso e a sensação ruim e sinistra de que algo incomum e horrível está no ar!Ela me olhou em lágrimas e disse:
“ Meu filho, parece que a Terra está chorando…
O mundo todo está chorando…
Deus está chorando por nós”!
Então, que Deus tenha piedade da humanidade para que possamos construir um mundo melhor de paz, harmonia, respeito, limites, de liberdade com responsabilidade e de igualdade e fraternidade entre todos que habitam este planeta porque, a Mãe Terra chora seu lamento por todos nós…
Coronavírus: Reflexões sobre a pandemia e a crise
A grande discussão nacional do momento é:
Que providências econômicas tomar para enfrentamento durante e após a quarentena do coronavírus?
O governo federal responde com o chamado Pacote Emergencial Contra o Coronavírus, no valor de R$ 98 bilhões. Então, se fizermos uma matemática lógica ou de base de dados teremos os seguintes elementos para reflexão:
O que fazer com tanto dinheiro?
Temos uma população atual de 247.014.042 brasileiros (última leitura do Relógio da População do Brasil) e 11 milhões de desempregados, novamente se aproximando da casa dos 12 milhões.Levando-se em consideração os desempregados, arredondados para 12 milhões, daria R$ 7 mil reais para cada desempregado.
Se realmente for colocado em pauta e depois aprovada a proposta do Congresso Nacional de utilizar o Fundo Partidário para enfrentamento da crise, então teremos recursos para ajudar desempregados, trabalhadores informais, moradores de rua, doentes, ampliação de leitos hospitalares, melhoria e ampliação dos serviços do SUS. E ainda tem a proposta de instituição do imposto sobre grandes fortunas, já aberta no Senado Federal para apreciação e posterior votação. Evidentemente daria para fazer muita coisa com o Pacote Emergencial Contra o Coronavírus, o Fundo Partidário, e o Imposto Sobre Fortunas, isso se bem planejado, distribuído e rigorosamente investido em cada unidade da federação brasileira.
Lamentavelmente percebemos pessoas mais preocupada se predispostas ao discurso da economia e do capital do que com vidas humanas, o que no momento é fundamental. A estes, faço o seguinte questionamento:
Quais são os maiores legados de Deus a humanidade?
A vida, o direito à vida e a liberdade!
Como viver ou sobreviver nestes tempos sombrios de pandemia do Covid-19 se de repente todos renegarmos os cuidados devidos e pensarmos somente no capital, no dinheiro, na economia?
Logicamente, mais pessoas seriam contaminadas e a desgraça seria muito pior!
Portanto, não temos escolha e o mundo todo não tem escolha!
Ou seguimos as recomendações médicas de especialistas ou nos “lasquemos” todos abrindo fronteiras, aeroportos e todos comprando e vendendo, até vir o caos total.
Sabem porque Kublai Khan foi mais longe que seu famoso avô, Gengis Khan, em suas aventuras de conquista da China?
Porque apesar de cruel e teimoso, ele ouviu um homem inteligente e de profunda visão estratégica, obviamente forçado pelas circunstâncias políticas:
Marco Polo, com a engenharia de suas gigantescas catapultas, que derrubaram as monumentais muralhas do Império da Dinastia Song.O resto da história muitos conhecem…
O Covid-19 não é uma gripezinha qualquer que só enxerga idosos como alvo. Vários atletas no mundo, cada qual com seu depoimento, lutaram, estiveram à beira da morte e sobreviveram. Pega mal a um Chefe de Estado não dar a devida importância para a gravidade de uma situação tão divulgada e tão alertada por especialistas no assunto, nos quatro cantos do planeta Terra.
Agora, bem pior é pessoas darem ouvidos a afirmações absurdas do senhor Olavo, afirmadas em rede social e no Carta Capital, edição de 25 de março de 2020, declarando que “esta pandemia não existe”.Felizmente esta desgraça foi retirada do YouTube. Loucura perde. Caso para a Interpol!
Isso é incentivar pessoas a crerem que o coronavírus não é letal e não faz mal a ninguém. Até parece propaganda de Joseph Goebbels (ministro da propaganda nazista):Persistente na mentira para parecer verdade, a fim de atingir alvos políticos, não importando os meios e os fins.
Olavo é um crime contra a humanidade!
Coronavírus?
Todo cuidado é pouco!
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Covid-19: Dias em que a Terra parou!
A pandemia do coronavirus avança assustadoramente no mundo, e o mundo, governos, ciência, incansavelmente buscam a cura para debelar este vírus mortal que tem a rápida capacidade de impregnar qualquer ambiente, rua, bairro, avenidas, cidades, parte da população de um país.Importante observar que a Índia, com uma população de 1.391.064.870 (última leitura), apresenta apenas mais de cem casos de Covid-19. A República Democrática Socialista do Sri Lanka, país insular asiático localizado ao largo da extremidade sul do subcontinente indiano, apresentou bem menos: apenas 53 casos.O Cazaquistão, país localizado na Ásia Central, habitado desde a Idade da Pedra, tendo como vizinhos a Rússia, a China, o Quirguistão, o Uzbequistão e o Turquemenistão, apresentou somente 44 casos (Fonte: Wikipédia).
A pergunta é:
Quais fatores influenciam para que estes países não tenham altas taxas de contaminação do Covid-19 como as ocorridas na Europa?
Quase em todo o mundo, ruas estão desertas. Isso nos faz repensar a clarividência de Raul Seixas em O Dia em Que a Terra Parou. Ele não diz a causa, mas mostra na composição os efeitos “ no dia em que a Terra parou…”
Em As Profecias, Raul claramente é um instrumento do Plano Superior e dá sinais:
“ A fuga geral dos ciganos, os séculos de Nostradamus … Está em qualquer profecia que o mundo se acaba um dia …”
Mas não será hoje e nem amanhã que o mundo ou a humanidade acabará. Para piorar as coisas, malucos postaram na internet imagens de fim do mundo,com sons “arranjados” para criar um clima de terror apocalíptico, trombetas soando no céu da China e anjos aparecendo em suas nuvens. Isso é o absurdo dos absurdos! Maluquice tem limites!
Graças a pesquisas avançadas de cientistas brasileiros, no campo de combate contra a dengue, febre amarela e H1N1, por exemplo, abre-se janelas com grandes perspectivas de sucesso para a apresentação de uma vacina efetiva que imunize pessoas. Cientistas americanos diuturnamente trabalham e também seguem na ponta, cruzando informações com nossos incansáveis cientistas brasileiros. Uma luta inglória que exige vários testes e obviamente tempo. E o vírus não espera o tempo do relógio neste plano temporal terreno de vida. Ele, infelizmente age em meio ao descuido das populações e governos e espalha sua mortalidade. E, a bem da verdade, fronteiras já deveriam estar fechadas a muito tempo, fundamentalmente inserida na lista a nossa, que faz fronteira entre Oiapoque e Guiana Francesa.
Todo cuidado é pouco!
Grande aglomeração em transportes coletivos, metrôs, ambientes públicos, supermercados e shopping, por exemplo, deve ser urgentemente evitada.
Em todo o território nacional brasileiro apenas quatro laboratórios estão devidamente capacitados para análise e diagnóstico de pessoas infectadas por coronavirus:
A Fundação Osvaldo Cruz (Rio de Janeiro), Instituto Osvaldo Lutz (São Paulo), e o Instituto Evandro Chagas, em Belém do Pará. Em Goiânia, técnicos da vigilância em saúde e do Laboratório Central de Análises Clínicas fazem a coleta de amostra de secreção nasal e garganta de pacientes.
Preocupado com esta situação o poder público estadual ultimou providências para credenciar o Estado do Amapá e capacitar técnicos do Lacen (Laboratório Central do Amapá), sob a orientação e apoio do Instituto francês Pasteur, sediado na Guiana Francesa. Em contrapartida, laboratórios de grande porte do País já estão oferecendo apoio no combate ao Covid-19.
No Brasil, existem os seguintes laboratórios de excelência mundial:
Genoa Biotecnologia (especialista em genética molecular), Richet (fundado em 1947, da família Richet), Albert Einstein (referência em saúde na América Latina), CEDAP, DASA, Fleury, Hospital das Clínicas, Grupo LCA, Santa Luzia.
Na Austrália, cientistas declararam ter identificado pela primeira vez como o sistema imunológico humano combate a infecção do coronavírus.A pesquisa, publicada na revista médica Nature Medicine, mostra que pessoas estão se recuperando da infecção da mesma forma como se recuperam de uma gripe. Cerca de 80 mil infectados já se recuperaram. Para especialistas no assunto determinar quais células do sistema imunológico atuam no combate ao vírus pode ajudar no desenvolvimento de uma vacina. Outros especialistas afirmam que a pesquisa do Instituto Peter Doherty para Infecção e Imunidade, sediado em Melbourne, EUA, é “um grande avanço”.
Que Deus livre o mundo deste mal…
Porque naufrágios ocorrem no Amapá?
Nem é preciso ser especialista em acidentes náuticos ou perito para de bate-pronto logo perceber o que mostra o vídeo amador feito por um tripulante nervoso e preocupado, visto por muita gente de Macapá, da grave fatalidade a porvir com o Ana Karoline III:
Grande lotação de passageiros e excesso do excesso de cargas no porão e corredores, até o teto, quase sem espaço para a tripulação circular, e a água com suas correntezas já dando sinais para invadir e tombar a embarcação visivelmente desequilibrada por toneladas. Lamentavelmente, este era o triste cenário do inevitável sinistro, o que com certeza poderia ter sido evitado se houvesse o mínimo de bom senso, prudência e mais respeito as vidas humanas.
Evidentemente, o excesso do excesso de cargas colocadas no Ana Karoline III são cargas para transporte de balsa e não para uma simples embarcação antiga e mal desenhada para transporte de passageiros. De acordo com levantamento feito, já divulgado na imprensa local, tal embarcação começou a navegar nos rios da Amazônia em 1955, com outro nome do atual: Sobral Santos I.
Pelo visto, continuam mandando sucatas maquiadas para cá, “ guaribadas”, por assim dizer, com pinta de “nuvisco”, não importando o risco que pessoas possam correr nos caudalosos rios da nossa região. Não sabemos que tipo de cálculo fizeram para desenhar tal embarcação, entretanto, qualquer leigo e bom observador pode perceber que o improvisado andar acima, sustentado por um casco inadequado, ultrapassado e “fino”, não possuía capacidade para suportar muito peso e manter nivelamento nas correntezas inconstantes de nossos rios.
Isso está muito claro!
Tem mais:
Infelizmente, num momento delicado como este, pessoas acabam politizando a situação para apontar culpas em quem não tem nenhuma.
O poder público amapaense não deve ser responsabilizado pelos abusos, absurdos e excessos cometidos pelos proprietários e responsáveis diretos pela embarcação, muito menos, pela omissão da fiscalização marítima. Foi assim com Barcellos, em 1981, quando da ocorrência do naufrágio do Novo Amapá, e pelos mesmos motivos e razões óbvias: excesso de lotação, de carga e omissão da fiscalização. Na época, lembro que a situação foi extremamente politizada, acabando por criar uma certa cortina de fumaça sobre os responsáveis diretos e indiretos.
Quanto ao trabalho de içamento do navio muitos concordam que seria mais racional o poder público local, Ministério Público Federal, por exemplo, ter acionado a Petrobrás. A empresa possui equipamentos e know-how suficiente para trabalhos deste tipo e até muito mais complicados, em águas revoltas. Por se tratar de um trabalho altamente emergencial envolvendo famílias e vítimas o custo poderia ser zero para a região.
Agora, espera-se que a empresa responsável pelo Ana Karoline III dê o devido apoio as famílias e depois faça ressarcimento aos cofres públicos do dispêndio de R$ 2,7 milhões, pagos a empresa especializada, para içamento do navio.
Ao encerrar este texto vi fotos de outras embarcações conhecidas que sempre navegam em nossos rios, sempre lotadas de pessoas e carga.
Até quando !?